domingo, agosto 31, 2014

Moto faz uma vítima por dia em Petrópolis

Acidente na semana passada, na Treze de Maio / Foto: Alexandre Carius
O número de acidentes de trânsito envolvendo motociclistas em Petrópolis é preocupante. Em 2014,  entre os meses de janeiro e julho, 209 pessoas deram entrada no setor de emergência do Hospital Santa Teresa – HST, principal referência em atendimento, no que diz respeito aos acidentes de maior gravidade. Levando em consideração a média no período, pelo menos um motociclista deu ou dará entrada na unidade todos os dias, vítima de um acidente de moto.

As vítimas das colisões ou quedas de motocicleta superam as de outros acidentes de trânsito, como os feridos em colisões de carros (196 vítimas) e atropelamentos (59). Dos 209 feridos no período do balanço, 85% são homens, dos quais mais da metade possui mais de 25 anos. Apenas dois motociclistas morreram após da entrada na unidade, em casos registrados ao longo dos meses de maio e julho. Os dois eram homens.
Os números do hospital, claro, não são absolutos no que diz respeito ao volume de acidentes no município. Neles não estão incluídas as vítimas de pequenas colisões, que acabam não se ferindo, e as vítimas com ferimentos mais leves, que podem ser tratados nas Unidades de Pronto Atendimento – UPA de Cascatinha e do Centro, além dos hospitais da rede municipal Dr. Nelson de Sá Earp e Alcides Carneiro.
Este o caso do estudante Júlio Almeida. Vítima de uma queda de moto, no distrito de Cascatinha, em março desse anos, ele não foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, nem mesmo encaminhado para o Hospital Alcides Carneiro – HAC. “Meu primo, que vinha de carro logo atrás, foi quem me levou para a UPA. Felizmente, não tive nenhum ferimento grave”, afirma.
Mas basta olhar o número de vítimas que acionam o seguro DPVAT – seguro obrigatório, pago anualmente pelos proprietários de veículos – para se ter uma ideia do quadro em escala nacional. Segundo a seguradora Líder, a administradora do seguro no Brasil, em números divulgados esta semana, o número de indenizações subiu para 340.539 no primeiro semestre de 2014, o que representa uma alta de 14% ante o mesmo período do ano anterior. Deste total, acidentes com motocicletas significaram 75% dos pagamentos (256.387) e os com automóveis, 23% (67.906).
De acordo com a empresa, o número de mortes caiu 13%, mas o volume de indenizações por invalidez subiu 21% no mesmo período. O percentual de pagamentos por afastamento definitivo do 
trabalho é 76% do total (259.845).
Fonte:Tribuna de Petrópolis 

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