segunda-feira, janeiro 31, 2011

domingo, janeiro 30, 2011

sábado, janeiro 29, 2011

Meteorologistas destacam a importância da profissão: tragédias poderiam ser evitadas

Em meio à tragédia que devastou localidades inteiras das cidades da Região Serrana e deixou mais de 800 mortos, as previsões do tempo e a profissão de meteorologista ganharam destaque e importância. Nunca se falou tanto em alertas e estações meteorológicas, em sirenes, alarmes, radares e pluviômetros. Para o meteorologista do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, José Felipe Farias, “o profissional do tempo é pouco valorizado e só é reconhecido quando catástrofes acontecem”.
Graduado em Meteorologia pela Universidade de Pelotas (UFPEL) e mestre em Meteorologia pela Universidade de São Paulo (USP), José Felipe atua na área há quatro anos. Ele conta que a curiosidade pelos fenômenos meteorológicos o fizeram optar pela profissão e garante que os salários não pesaram na hora da escolha. “Antes de tudo é preciso estar realizado profissionalmente. Não que o salário não seja um fator importante, mas se o pessoa está feliz com a profissão que escolheu com certeza vale a pena”, ressaltou.
Além de fazer a previsão do tempo, um meteorologista atua em projetos científicos no que diz respeito à aplicação da meteorologia e nas diversas áreas de sua utilização e também na direção de órgãos voltados para a ciência – que podem ser públicos ou privados. A profissão é antiga, já que os estudos no campo de meteorologista foram iniciados há mais de dois milênios. Porém apenas no século XIX ganhou ímpeto mais significativo com o desenvolvimento de redes de intercâmbio de dados em vários países. As primeiras previsões numéricas do tempo tornaram-se possíveis com o desenvolvimento de modelos meteorológicos no início do século XX.
Hoje, as previsões do tempo são comuns e acessíveis a todos. Elas podem ser vistas em páginas na internet, nos jornais impressos e na TV. Ganham destaque especial quando trata-se da noite do reveillon ou se alguém quer passar o fim de semana na praia. Para José Felipe, apesar da “popularização” das previsões, a profissão ainda não é reconhecida. “Temos uma grande importância, não apenas para prever como vai estar o fim de semana”, comentou.
Para quem quer seguir a profissão, existem no mercado vários cursos técnicos, em nível de segundo grau, entre eles o Cefet, em Santa Catarina. José Felipe explica que o curso ensina todas as matérias do nível superior e a diferença está no grau de aprofundamento do conteúdo. “Quem estiver interessado pode fazer o técnico. Os cursos do Cefet são muito reconhecidos”, salientou. Já para quem quiser se graduar, o bacharelado em meteorologia tem quatro anos de duração e pode ser encontrado no Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Universidade Federal do Pará, na Universidade Federal da Paraíba, na Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Pelotas (RS) e Universidade Federal de Santa Maria (RS). Nos dois anos iniciais do curso as disciplinas estudadas são: Física, Cálculo e Computação. Depois, entram as matérias específicas do curso de Meteorologia.
José Felipe ressalta a importância do profissional no auxílio à população. Para ele, é gratificante poder prever as condições adversas do tempo que impactam diretamente na vida da população e da sociedade como um todo. “Podemos ajudar quem está no campo, prevendo secas ou períodos longos de chuva; também podemos auxiliar quem mora em áreas de risco, prevendo grandes tempestades. Infelizmente, nossa importância só é reconhecida em meio a tragédias. Seria bom se as autoridades percebessem como é importante a presença de um meteorologista que possa atuar junto à Defesa Civil em prol de medidas que diminuam o impacto das adversidades do tempo para a população”, concluiu.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Escritório da Invest Rio em Itaipava

Começará a funcionar hoje, em área cedida pela Subprefeitura de Itaipava, o escritório do Invest Rio, órgão estadual que vai operar a concessão de financiamentos para recuperação de empresas atingidas pelas enxurradas em deslizamentos do último dia 12, na Região Serrana, com recursos do BNDES.
O banco colocou R$ 100 milhões à disposição para o programa de Apoio Solidário (PAS), que oferece financiamentos de até R$ 100 mil, por empresa, com carência de 12 meses e 15 meses para pagamento, com juros de acordo com a TJLP, mais 6% ao ano. Esse dinheiro pode ser usado na aquisição de máquinas, equipamentos, reconstrução de edificações comerciais e recomposição de capital de giro.
O Programa BNDES Emergencial de Reconstrução vai oferecer outros R$ 400 milhões, para empresas e microempreendedores individuais. Os empresários prejudicados poderão obter crédito de até R$ 1 milhão, com juros de 5,5% ao ano e prazo de 120 meses, com 24 meses de carência. O programa prevê a renegociação de contratos já existentes, com o alongamento das operações para até 48 meses, sendo 12 de carência, a contar da data do refinanciamento.
A Caixa Econômica Federal vai oferecer créditos no valor total de R$ 20 milhões, para empréstimos de até R$ 50 mil por empresa, com juros da TR, mais 0,83% ao mês, com carência de seis meses e 30 meses para pagar. Também serão renegociados contratos existentes com a Caixa e com o Proger.
O Banco do Brasil vai oferecer R$ 60 milhões destinados ao agronegócio. Serão empréstimos com prazo de 10 anos, sendo três de carência e taxas de juros fixas variando entre 1,5% e 5% ao ano. Estes empréstimos devem ser negociados a partir do dia 31 próximo.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Moradores do Cuiabá reclamam de ônibus

Desde a enxurrada que atingiu parte da região de Itaipava no último dia 12 de janeiro, as linhas de ônibus que atendem as localidades do Boa Esperança e Vale do Cuiabá foram retiradas pela prefeitura. Apesar da Estrada de Teresópolis e parte da via principal dos bairros terem sido liberadas, os moradores que precisam de transporte público para ir até o trabalho sofrem com a escassez na locomoção.
O ônibus só está indo até a Madame Machado, que ainda é bem longe do Vale do Cuiabá. Há muitas pessoas aqui que trabalham próximo ao Centro e precisam do transporte público. Eu consegui um carro emprestado, já que o meu se perdeu na enxurrada, para conseguir ir trabalhar, mas a maioria não tem como se virar de outra forma. A estrada principal já foi liberada, a prefeitura poderia autorizar a passagem do ônibus até o Boa Esperança, pelo menos. Liberaram só alguns ônibus de duas em duas horas”, disse o morador José Quintella.
A assessoria de comunicação da prefeitura informou que dois ônibus da Secretaria de Educação estão sendo utilizados para realizar o transporte de forma gratuita dos moradores que moram na região do Boa Esperança e do Vale do Cuiabá e cumprem o mesmo horário dos ônibus da empresa que atendia a região.
O órgão acrescentou que assim que as vias do Vale do Cuiabá foram limpas e o acesso de veículos de maior porte foi liberado, o prefeito Paulo Mustrangi determinou que nenhum morador da região ficasse sem transporte público. Assim, os veículos estão sendo utilizados de maneira emerge. Os dois ônibus já realizam suas paradas no ponto final do Cuiabá. A entidade ressaltou ainda que em nenhum momento após as vias de acesso à localidade estarem com sua capacidade de tráfego normalizada os moradores ficaram descobertos em relação ao transporte público.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Especialistas prevêem depreciação dos preços no mercado imobiliário

Além do baixo movimento registrado pelo comércio da Rua Teresa e da perda que vêm sofrendo os hotéis e pousadas da cidade, as corretoras também sentem o efeito do desastre provocado pelas chuvas há duas semanas. Segundo o corretor Josias Francisco dos Santos, todos os imóveis em Itaipava e adjacências devem sofrer uma depreciação, mesmo que momentânea, de até 50%.
“Até os imóveis do Centro Histórico vão sofrer o reflexo desta tragédia. As casas que estão em local seguro, nas proximidades do local da tragédia, não estão livres da desvalorização. A gente torce para que esta situação não seja prolongada”, relatou Josias.
Ele ainda citou que as áreas de Ribeirão Grande, Manga Larga, Boa Esperança e Parque Santa Maria serão as mais afetadas pela redução de preço dos imóveis, até pela falta de informações precisas que pessoas de outras cidades acabam recebendo de Petrópolis.
“Algumas negociações continuam e nossa perda mesmo foi com os imóveis de temporada, principalmente para o Carnaval. Quem conhece a região sabe que não tivemos problemas e nossos imóveis não foram afetados. O problema foi bastante localizado”, disse Denise Brisson, gerente da corretora Júdice & Araujo.
Já a Lagos de Itaipava não teve nenhum registro negativo em suas propriedades, sendo que o mais sentido foi a diminuição no número de visitantes na unidade de Bonsucesso. “Não sofremos perda nas vendas”, afirmou Rejane Teixeira, gerente de marketing da Lagos de Itaipava.
“A mídia que não é da cidade não soube explicar corretamente onde ocorreu a tragédia. Sendo assim, até pessoas do exterior que têm imóveis aqui entraram em contato por e-mail para saber a real situação da cidade. Mesmo com esse problema, a procura pela locação de imóveis está grande. Atendi uma família de Areal que está se mudando para a cidade”, finalizou o corretor Josias.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

terça-feira, janeiro 25, 2011

PRECISO DE VOCÊ !

Itaipava tem disso. No momento da dor, alguém consegue escrever algo tão positivo.


Quando você me conheceu eu era linda, colorida, feliz e segura. E por isso você me quis. Embalei tantas noites suas com seu amor nos braços,quem sabe um amor nascido aqui. Você fugia para mim quando o sol da sua cidade fustigava seu rosto ou quando só queria dormir em paz depois de um bom vinho e um excelente jazz. Você caminhou pelos meus parques respirando o melhor ar do planeta escutand o meus passarinhos e sentindo o perfume de minhas matas em flor. Meu Deus, como isso me deixava feliz! Aqui comigo você fez grandes amigos, criou bons filhos,apreciou meus “chefs” que, sem modéstia, maravilhosos! Meus restaurantes sempre quentes e aconchegantes onde rolava boas conversas até a hora do seu sono chegar, quando a madrugada te reconduzia, sem medo das ruas, à sua cama gostosa, em frente ao crepitar da lareira. Você amou subir a serr a para ser feliz. Sempre para ser cada dia mais feliz. E eu fui sua, completa e entregue, docemente ensolarada para não sufocá-lo de calor, suavemente fria para que você tivesse pretextos para mais abraços e pés quentinhos até o amanhecer. Fui toda, inteiramente sua, sempre, sem nada exigir ou pedir. Eu simplesmente amava ver você chegar, ver você ficar comigo. Me sentia querida por você, amada...completa.Agora eu só te peço que não me aba ndone. Fui mortalmente ferida e estou muito, muito despedaçada. Porém, venha, não há nenhum perigo em minhas ruas, avenidas, em minhas lojas, bares ou restaurantes, pelo contrário, continuam aqui, ainda tenho música, tenho arte, tenho amigos esperando por você, mesmo que com meio sorriso porque ainda dói. Muito. Mais do que nunca preciso do seu conforto, preciso devocê! Não me abandone, eu te peço...
Preciso da sua presença, do seu a poio e do seu amor pra voltar a viver. Preciso do seu abraço, de você nas minhas ruas, nos meus parques, nas minhas noites e manhãs para que eu não me sinta só,abandonada, sem forças para renascer.Estou sendo cuidada com uma dedicação e um amor que pensei jamais existir tão grande nessa vida! Só me falta você... Então venha me ver,suba a serra com a mesma saudade de sempre, venha ficar comigo, me deixa sentir sua presença, sua aleg ria, sempre, sempre que você puder,para que eu possa voltar a sorrir outra vez.
Assim seremos, mais uma vez, você e eu. Continuando nossa história de vida, de alegrias, nossa eterna história de amor.
Não me abandone. Eu te prometo, vou voltar a ser linda, feliz e outra vez o cenário mais colorido e encantado que já existiu em nossa serra! Então, por favor, não me abandone...

Todo o meu amor,

Sua sempre,

Itaipava

Fonte: Leila Sá Peixoto

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Petrópolis se articula para ter os turistas de volta


Os turistas sumiram. Hoteleiros, donos de restaurantes e lojistas de Petrópolis, na região serrana do Rio, estão se organizando para tentar recuperar os prejuízos causados pelas chuvas que levaram destruição e morte ao Vale do Cuiabá, a área do município mais afetada pela tragédia do dia 12. Empresários articulam ações para mostrar que os desabamentos foram localizados nessa área e que outras regiões do município, como Araras, Correias, Nogueira e Secretário, além do próprio centro histórico de Petrópolis, nada sofreram. Segundo a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil, até ontem tinham morrido 808 pessoas na região por causa das chuvas.

No Vale do Cuiabá havia cinco pousadas, das quais uma foi arrasada. Mas mesmo as distantes dali, sofreram cancelamentos de 90% nas reservas. Em janeiro, a ocupação deve ficar abaixo de 20%, enquanto a taxa histórica média para o mês é de cerca de 70%. Para fevereiro e início de março, incluindo o Carnaval, houve muitos cancelamentos. Levantamento feito com 25 hotéis e pousadas de Petrópolis projetou perda de receita de R$ 1,6 milhão nesses três meses.
O comércio do centro de Petrópolis, como a consagrada Rua Teresa, onde trabalham cerca de 6 mil pessoas e há mais de mil lojas e confecções de malha, está convivendo com queda de 70% nas vendas, disse Carla Gonçalves, gerente-administrativa da associação que reúne os empresários da área.
As próprias autoridades pediram à população que evitasse as áreas de risco e solicitaram que não se deslocassem para a serra fluminense. É natural o turista ter medo de viajar para região sem saber o que vai encontrar, em especial no verão, quando chove forte. Mas mesmo no centro de Itaipava, distrito de Petrópolis, o ritmo do comércio é normal, apesar da consternação geral com o elevado número de mortes na região.

Para definir ações, na quinta e sexta-feiras, empresários do setor, reuniram-se em Petrópolis, a chamada cidade imperial. D. Pedro I comprou as primeiras terras na região na década de 1820. A região também foi muito frequentada por D. Pedro II e a família real. Vanda de Oliveira, dona da pousada Paraíso, em Pedro do Rio, distrito de Petrópolis, disse que foi criado um comitê anticrise. A ideia é contratar agência especializada para reconquistar os turistas e informar sobre as áreas não afetadas. "Temos que ser otimistas, mas agir rapidamente, porque a hotelaria não tem fôlego para esperar por uma recuperação só depois do Carnaval", disse Vanda.

Rogério Elmor, vice-presidente do Petrópolis Convention Bureau, entidade que reúne diferentes setores ligados ao turismo, disse que será pedido ao governo (nas três esferas) carência e isenção de impostos por três meses. A ideia é adiar o pagamento de tributos como ISS e IPTU até março e pagar apenas os impostos dos nove meses restantes. O IPVA já foi adiado para as cidades afetadas.

"Em contrapartida, nos comprometemos a não demitir", disse Elmor. A pousada do empresário, a Bomtempo Resort, em Itaipava, tem 34 alojamentos para hóspedes, mas na sexta não havia nenhum. "Em janeiro houve 100% de cancelamentos e para o Carnaval, 50%", afirmou. Segundo ele, o comitê anticrise vai definir uma agenda positiva, a partir do Carnaval, com a realização de eventos e shows para atrair turistas e a definição do "turismo solidário", pelo qual o cliente de um hotel, pousada ou restaurante teria direito a um desconto de 40%. O consumidor ficaria com metade desse desconto, repassando a outra parcela para a criação de uma escola de qualificação de mão de obra para o turismo no Vale do Cuaibá.

Essas e outras ações deverão ser detalhadas hoje em entrevista à imprensa do prefeito de Petrópolis, Paulo Mustrangi, empresário do setor. Há outras propostas. Bruno Wanderley, que assume em março a presidência do Petrópolis Convention Bureau, disse que foi levado ao Ministério do Turismo, via TurisRio, a secretaria estadual, projeto para recuperar a imagem turística da região serrana.

A proposta é que sejam destinados R$ 4 milhões, com verba do ministério, para aplicação em material promocional e mídia televisiva, entre outras ações. Wanderley disse que a proposta partiu de Petrópolis, mas poderá ser estendida aos outros dois municípios serranos atingidos pelas chuvas, Teresópolis e Nova Friburgo.

O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Costa, percorreu a serra na sexta. A assessoria do ministério informou que ele dará prioridade à análise do projeto assim que o receber. Esta semana deve ser realizada reunião, em Brasília, para definir plano de ação. Marcos Pereira, secretário estadual de Turismo em exercício, confirmou que está sendo montado um plano de emergência. "Em Friburgo, isto é impossível", lamentou. "Em Petrópolis temos 91% da capacidade hoteleira e gastronômica operando normalmente. Em Teresópolis, o percentual é de 85%", disse. "As rodovias estão desobstruídas, só há algumas obras de contenção."

No Le Canton, hotel na rodovia Teresópolis-Friburgo, a ocupação caiu de 95% para 25%. Ele fica em Vargem Grande, Teresópolis, área não afetada pela chuvas.
Fonte: Valor

domingo, janeiro 23, 2011

Lista de desaparecidos

1- Rosa Lisboa
2- José Lisboa
3- Roberto Lisboa
4- Marcela Mariano (mais ou menos 40 anos)
5- Maria de Lurdes André (mais ou menos 40 anos)
6- Felipe Barbosa Siess Jr. (5 anos)
7- Conceição da Silva Basílio (42 anos)
8- Solange Castelo Branco de Almeida (50 anos)
9- Procópio Castelo Branco (87 anos)
10- Rosa Rabello Castelo Branco (80 anos)
11- Manoel Francisco da Silva Filho (62 anos)
12- Carlos Henrique de Araújo ( 33 anos)
13- Ana Lúcia (30 anos)
14- Wagner Caldas Canela (35 anos)
15- Lucinéia Pereira (40 anos)
16- Daiana Mendes Chagas (29 anos)
17- Israel Mendes Telles (4 anos)
18- Maurício José Vieira (45 anos)
19- Maria Aparecida Vieira (61 anos)
20- Brenda Vieira (8 anos)
21- Vicente José da Costa (20 anos)
22- Irani da Silva Leite (66 anos)
23- Euclides (60 anos)
24- José Mariano (60 anos)
25- Fabiano da Silva (24 anos)
26- Maria Luiza da Silva (35 anos)
27- Francisco da Silva (44 anos)
28- Tatiana Bukowitv (32 anos)

sábado, janeiro 22, 2011

Cuiabá pode virar área de preservação

Após a tragédia que assolou a localidade Vale do Cuiabá, em Itaipava, por conta das chuvas que atingiram a Região Serrana na semana passada, a Prefeitura de Petrópolis estuda a possibilidade de transformar parte da localidade atingida em uma Área de Preservação Permanente (APP), evitando assim que outras mortes aconteçam naquela região, que foi a mais atingida na cidade. Na manhã de ontem, representantes da Prefeitura e do governo do estado, acompanhados por técnicos, sobrevoaram o Vale do Cuiabá para uma nova avaliação. “A geografia daquela região mudou totalmente depois dessa tragédia. O curso do rio mudou. Hoje, representantes do Inea, da Emop, do DNIT e das secretarias de Obras do estado e do município, acompanhados por geólogos, sobrevoaram aquela região fazendo uma nova avaliação. Uma equipe multidisciplinar foi montada. Este é um trabalho bem criterioso. Estudos e avaliações técnicas estão sendo feitos agora. Com base nesse material, vamos elaborar um relatório e tomar as medidas necessárias. A idéia é de que uma parte da rua seja fechada, para que seja possível a recomposição natural da área, que poderá ser transformada em uma APP”, afirma o presidente do Comitê de Ações Emergenciais, Luís Eduardo Peixoto.
Peixoto explica que algumas casas destruídas já começaram a ser demolidas pela prefeitura e diz que muitas delas não poderão ser reconstruídas naquela região. “Todo esse trabalho está sendo coordenado pelo prefeito Paulo Mustrangi, com o respaldo de técnicos e tem o objetivo de preservar vidas. A avaliação técnica da área atingida está sendo feita de forma bastante criteriosa. Este é um trabalho integrado, que tem o apoio dos Ministérios Públicos Federal e Estadual. Procuradores da República e promotores do estado sobrevoaram a área verificando qual a situação daquela região”, conta.
Utilizado como refúgio por pessoas de alto padrão, e conhecido por abrigar sítios e mansões, o Vale do Cuiabá foi totalmente devastado pela força das águas que desceram pelo Rio Santo Antônio na madrugada do dia 12. Uma semana após a tragédia, quem passa pela Estrada Ministro Salgado Filho encontra um cenário de guerra. No local até então tranquilo, tratores, escavadeiras, caminhões e outros equipamentos pesados circulam ininterruptamente, trabalhando na limpeza e liberação da via. Equipes de resgate continuam as buscas a possíveis vítimas. Em Petrópolis, pelo menos 64 corpos já foram localizados, a maior parte deles na região do Vale do Cuiabá, onde casas foram arrastadas e vítimas morreram dentro de suas casas, afogadas na parte baixa e soterradas na parte alta da estrada. Cerca de 25 pessoas ainda estão desaparecidas na cidade.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Estações meteorológicas desativadas poderiam ter alertado sobre o perigo

Moradores de áreas atingidas pela enxurrada que devastou a região do Vale do Cuiabá (Itaipava) e deixou um rastro de destruição ao longo de mais de 10 quilômetros do Rio Santo Antônio na madrugada do dia 12 poderiam ter sido alertados sobre o perigo, com cerca de duas horas de antecedência, se 19 estações meteorológicas que chegaram a funcionar em caráter de teste em Petrópolis (uma delas em Itaipava) estivessem funcionando. O sistema de monitoramento começou a ser implantado no município em 2006, foi ampliado em 2009 e funcionou por quase quatro anos em caráter experimental, tendo como base a sede do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Por conta da indefinição sobre a renovação de um convênio, entre o LNCC, o Ministério de Ciência e Tecnologia e a Prefeitura de Petrópolis, para custeio da operação do equipamento, que custa R$ 900 mil por ano, o serviço foi suspenso no segundo semestre do ano passado.
“Temos em diferentes pontos do município de Petrópolis 19 estações hidrológicas e pluviômetros e três estações meteorológicas. Com este sistema funcionando, os dados desses equipamentos são monitorados 24 horas por dia, 365 dias por ano, por meteorologistas e geólogos. Todos os dias, em dois horários, um balão que carrega uma sonda com sensores é lançado do aeroporto do Galeão. Por volta de 23h, as informações meteorológicas colhidas por esse equipamento já estariam disponíveis no sistema e certamente seriam observadas por nossos meteorologistas, que emitiriam o alerta para a Defesa Civil Municipal. Isso não evitaria as perdas materiais, mas poderia preservar algumas vidas”, explica o diretor do LNCC, Pedro Dias.
O prefeito Paulo Mustrangi explicou que o convênio foi firmado no governo anterior e afirma que a prefeitura desconhecia o fato de que teria que assumir o custo para manutenção do sistema – R$ 900 mil anuais. “Com o orçamento que temos, a Prefeitura não tem condições de assumir sozinha essa despesa. Fomos informados sobre isso em outubro e não havia como pagarmos essa conta. Entramos em contato com o Ministério da Ciência e Tecnologia e realizamos reuniões com o LNCC e ficou acertado que essa questão seria resolvida no início do ano, mas não houve tempo. Nossa cidade foi atingida por essa tragédia antes”, explicou Mustrangi.
As estações meteorológicas (estações de superfícies) são instaladas em torres de oito metros de altura, com sensores que medem temperatura, vento e umidade do ar. Pluviômetros e limpígrafos medem o nível do rio. Os dados são passados a uma central no LNCC, onde meteorologistas fazem o monitoramento.
A Força Aérea Brasileira disponibiliza desde ontem três Estações Meteorológicas Táticas, que captam em tempo real informações climáticas locais. Os equipamentos de última geração, embora não sirvam para fazer previsões meteorológicas, contribuem para maior segurança das operações e dinamizam a movimentação de helicópteros das Forças Armadas, da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros em Itaipava, Teresópolis e Nova Friburgo, que atuam nos locais.
As estações Meteorológicas Táticas, cedidas pelo Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (Pame-RJ) disponibilizam informações como direcionamento e velocidade do vento, temperatura, umidade relativa, pressão atmosférica e precipitação pluviométrica. “Essas informações em tempo real agilizam pousos e decolagens com segurança”, explica o suboficial Jari Marques da Silva.
Os dados emitidos pelas estações meteorológicas são enviados para terminais monitorados o tempo todo por controladores da FAB que coordenam os voos. “A operação funciona como uma corrida de bastão. A vitória depende do trabalho e empenho de todos”, compara o tenente Pedro Paulo Alves, especialista em Comunicações.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Prejuízo de R$ 10 milhões na rede hoteleira

A rede hoteleira de Petrópolis pode sofrer um prejuízo superior a R$ 2 milhões somente neste fim de semana, devido à tragédia ocorrida na última semana na região de Itaipava. De acordo com o vice-presidente do Convention & Visitors Bureau e diretor da Bomtempo Resort, Rogério Elmor, 99% das reservas para o próximo fim de semana foram canceladas e algumas reservas para o Carnaval também estão sendo desmarcadas. “Estamos vivendo um momento muito difícil. O Carnaval é só em março e mesmo assim as pessoas estão com medo de subir a serra”, comentou. Segundo dados da entidade, os prejuízos para o setor hoteleiro para este mês de janeiro podem chegar a R$ 10 milhões. “Estamos vivendo um esvaziamento econômico nunca visto antes. Os turistas estão aterrorizados e não querem mais vir à cidade”, lamentou. Em todo o município, existem quatro mil leitos, distribuídos em aproximadamente 100 pousadas e hotéis.
Rogério Elmor lembra que as expectativas para este fim de semana eram as melhores, já que os hotéis e pousadas estavam quase lotados devido ao feriado de São Sebastião (dia 20) na cidade do Rio de Janeiro. “Teríamos um ótimo fim de semana. Agora estão todos cancelando as reservas”, disse. Ele ressalta que a imagem da cidade está “manchada” e a situação não será normalizada em menos de um ano. “Apagar essa imagem de destruição vai ser um processo muito demorado. Serão meses ou até anos para que tudo volte ao normal”, ressaltou. Segundo o empresário, após o término da fase de resgate dos corpos, serão iniciadas campanhas para chamar o turista de volta à cidade. “Antes disso não há nada o que fazer. Temos que aguardar e amargar os prejuízos”, lamentou.
Para o presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Charles Rossi, a tragédia atingiu a todos. Ele acredita que serão momentos de recessão e ressalta que não há uma previsão para a normalização do setor. “A situação é muito preocupante, mas, infelizmente, é preciso ter paciência”, comentou. Segundo Charles Rossi, a prefeitura está em contato com os empresários petropolitanos, representantes do TurisRio e do Ministério do Turismo para a elaboração de uma campanha para resgatar a imagem do município. “A economia da cidade não pode parar, mas sabemos que atrair os turistas agora vai ser uma missão quase impossível, por isso estamos mantendo contato e elaborando uma campanha para ser veiculada assim que o resgate dos corpos terminar”, ressaltou.
O temor dos turistas em visitar a cidade pode ser verificado nos telefonemas recebidos pelo Disque Turismo – serviço de informações oferecido pela Prefeitura. Segundo as atendentes, mais de 80% das ligações são de pessoas solicitando informações sobre as condições da cidade. “São muitas dúvidas. Elas querem saber se a Rua Teresa foi atingida pelas chuvas e se os pontos turísticos estão funcionando. Querem saber também sobre as condições da estrada. Nós procuramos orientá-los da melhora maneira possível. Ressaltamos que as chuvas ocorreram em uma área específica de Petrópolis e que as estradas, pontos turísticos e polos de moda estão funcionando normalmente”, informou Rosália, atendente do Disque Turismo.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Carreta de grandes dimensões subirá Serra de Petrópolis pela pista de descida da BR 040

Uma carreta de grande porte subirá a Serra de Petrópolis, na BR-040, pela pista de descida a partir de zero hora de quinta-feira, dia 20. A operação especial vai interromper o tráfego aos demais usuários no trecho entre os kms 80 (Petrópolis) e 104 (Duque de Caxias). O percurso deve ser concluído pela carreta em até duas horas. Com 70 toneladas de equipamentos e 27 metros de comprimento, o veículo fará duas paradas nos kms 89 e 82 para que a Polícia Rodoviária Federal possa reabrir momentaneamente o tráfego. A carreta seguirá para Divinópolis, Minas Gerais. Durante a operação especial, a pista de subida da serra vai operar normalmente. A reversão de mão da pista de descida pode ser cancelada se houver mau tempo. Para mais informações, ligue para a Central de Atendimento ao Usuário, pelo 0800-2820040. Os portadores de deficiência auditiva e de fala podem fazer contato com a Concer pelo 0800-2810041.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

terça-feira, janeiro 18, 2011

Trilheiros usam sua experiência para levar ajuda para as vítimas das chuvas

A habilidade desenvolvida nas trilhas e pistas de motocross, por cinco pilotos de motos de Petrópolis, está sendo utilizada para ajudar as vítimas das chuvas, em Itaipava.
Geovani Labanca, um dos voluntários, conta que o grupo conhece bem a região que foi atingida, já que era um local usado por eles para fazer trilha.
A falta de acesso em alguns lugares impedia a chegada das equipes de resgate. Então decidimos utilizar nossa experiência para levar, pelo menos, água e pão para as pessoas que estavam ilhadas”, contou. A intenção inicial era de apenas levar mantimentos, mas acabaram encontrando pessoas que precisavam de atendimento médico, no Vale do Cuiabá.
Hoje (ontem) nós resgatamos sete pessoas, todas idosas, inclusive uma senhora de 89 anos. Elas estavam muito nervosas e não tinham condição de continuar no local esperando pelas equipes de resgate. Então, as trouxemos em nossas motocicletas”, diz.
Rodolpho Rizzo, outro piloto, garante que continuará ajudando as vítimas. “Ainda há muitas pessoas precisando de ajuda. Amanhã (hoje) vamos ajudar os moradores de São José do Vale do Rio Preto, porque aqui em Itaipava já estão abrindo caminho para as equipes de resgate”, garantindo que não vão parar de ajudar enquanto tudo não estiver bem.
Além de Geovani e Rodolpho, Igor Caputi, Luiz Felipe Furtado e Marcelo Campos formam a equipe de pilotos.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

segunda-feira, janeiro 17, 2011

domingo, janeiro 16, 2011

Cuiabá: cavalariços vivem drama em haras

Em meio à devastação que assolou a região do Vale do Cuiabá, em Itaipava, e que vem fazendo centenas de moradores abandonarem a região, assustados, levando poucos pertences que conseguiram salvar, funcionários do Centro de Treinamento Vale da Boa Esperança enfrentam o medo e, movidos pelo amor aos animais, preferem permanecer no local para não abandonar os cavalos que estão ilhados à espera de resgate. “Não temos como ir embora e deixar os cavalos para trás sem socorro. Só iremos embora depois que todos os cavalos forem retirados. Alguns se machucaram e precisam de tratamento. Oito animais já tiveram que ser sacrificados. Precisamos conseguir retirar logo daqui os que estão vivos”, preocupa-se o cavalariço Oscar Domingo Lino, de 26 anos.
No dia da enxurrada, 100 cavalos de raça estariam no haras, que fica na Estrada Ministro Salgado Filho 6.333 – Vale do Cuiabá. Entre os animais, sete pertenceriam ao humorista Chico Anísio e dois deles teriam morrido. “Estou preocupado, pois alguns cavalos estão feridos. Estamos mantendo as éguas soltas, mas os cavalos precisam ficar nas baias, pois se ficarem juntos eles se matam. Alguns estão com água e lama até a barriga, por conta da inundação. Abrimos buracos nas paredes das baias para escoar a água, mas não temos como retirar os animais da lama. Essa lama está gelada, se nós ficamos com frio, imagina o animal? Se eles ficarem muito tempo dentro d’água, os cascos vão descolar e outros terão que ser sacrificados.”, disse.
Funcionários relatam que naquela madrugada água subiu mais de três metros inundando baias. Toneladas de ração e remédios para o tratamento dos animais foram perdidos. Pelo menos cinco baias foram destruídas e animais foram arrastados pelas águas. “Chegamos a recolher cavalos mortos a 10 quilômetros daqui. Ao todo, perdemos 15 cavalos e apenas uma ovelha se salvou. Os cavalos só não morreram porque o nível da água subiu e desceu rapidamente. Nós também só sobrevivemos porque estávamos no segundo andar da casa, que tem uma estrutura forte e resistiu à força das águas”, contou.
No fim da tarde de anteontem, máquinas conseguiram desobstruir a Estrada Ministro Salgado Filho, que estava bloqueada por árvores e entulho trazidos pela cheia. A liberação parcial da via, no entanto, não possibilitou a retirada dos cavalos do haras, pois a estrada é estreita e tem muitos pontos críticos, onde veículos pesados podem atolar. Durante todo o dia de ontem, somente veículos oficiais tiveram acesso à região, tendo como prioridade o resgate de sobreviventes e a retirada de corpos. Barreira policiais bloqueavam o acesso de demais veículos à estrada. “Hoje a estrada foi aberta, mas não estão liberando a passagem dos caminhões que precisamos para retirar os cavalos daqui. Os veterinários tentaram subir, mas a passagem dos carros não foi permitida. Ficaremos aqui até que eles sejam retirados”, afirma o cavalariço Nelci Brandão Siqueira, de 35 anos.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

sábado, janeiro 15, 2011

Controle do volume de chuva para evitar desastres

No verão, a incidência de chuvas na Região Serrana sempre é grande. A orientação é para deixar a casa e procurar abrigo seguro quando a chuva forte ameaça as residências nas muitas áreas de risco da cidade. Para evitar desastres, a Defesa Civil de Petrópolis criou um programa que distribui pluviômetros feitos de material reciclável.
O Programa Vigilantes Pluviométricos, formado principalmente pelos agentes de Saúde, credencia pessoas em pontos distintos do município para ajudar a monitorar os índices das chuvas. Cada vigilante recebe um kit com um pluviômetro confeccionado em uma garrafa plástica do tipo pet, que é reutilizada.
São colados adesivos milimetrados nas garrafas, correspondendo a valores de 0 até 200 mm. Os Vigilantes entram em contato com a Comdec (Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Petrópolis) diariamente, sempre informando seu código de vigilante, sua senha e o valor registrado desde as 09h do dia anterior até as 09h do dia atual. Estes dados são armazenados pelo departamento de Engenharia da Comdec utilizados posteriormente em estudos de áreas de risco.
Além de contar com a participação popular na ajuda do monitoramento, a Defesa Civil já exportou a ideia inovadora para cidades como Campinas, Santo André e Valinhos, todas no estado de São Paulo. Teresópolis e Nova Friburgo também usam a tecnologia caseira. Na rede municipal de ensino, os alunos participam de palestras que têm o objetivo de implantar valores de cidadania e consciência ambiental. As crianças aprendem procedimentos corretos e curiosidades sobre como funciona o pluviômetro e como fazer um medidor caseiro utilizando garrafas pet.
Desde o fim do ano passado, a cidade ganhou mais um reforço na prevenção. Foi montada a Rede de Operações de Emergência de Radioamadores (Roer), que ajudará na comunicação para que as ações de emergência sejam realizadas de maneira mais ágil. O projeto de Rede Nacional de Emergência de Radioamadores (RENER) tem como objetivo suprir a falta dos meios de comunicação usuais quando os mesmos não puderem ser acionados, devido a desastres naturais como deslizamentos de barreira, situações de emergência ou estado de calamidade, para os radioamadores da região.
“Estamos reequipando todos os nossos fiscais e dando infraestrutura para nossos profissionais, o que dá mais agilidade ao trabalho realizado, como a prevenção e maior fiscalização. Com a implantação dos radioamadores, teremos maior agilidade nas ações, já que em um momento de emergência é o único meio de comunicação que continua podendo ser utilizado”, explicou Luis Eduardo Peixoto, do Comitê de Ações Emergenciais, na ocasião da montagem da rede.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

quinta-feira, janeiro 13, 2011

terça-feira, janeiro 11, 2011

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Lixo na encosta ajuda a provocar tragédias

O deslizamento de terra é um problema que afeta diversos pontos da cidade em função das construções irregulares e do acúmulo de lixo nas encostas, como na comunidade Vista Alegre, em Araras, onde a queda de uma barreira causou a morte de três crianças na última terça-feira. No local havia grande quantidade de resíduos orgânicos e sólidos e seriam necessários cerca de 200 caminhões para a retirada total do material. Mas, a própria população pode ajudar o poder público a desenvolver ações preventivas contra a questão, já que o lixo jogado nas encostas é um dos principais fatores que contribuem para os desastres naturais desta proporção. Apesar da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) realizar um trabalho incisivo na retirada do material das ruas e barrancos do município através do Disque-Entulho, o qual já retirou quase 10 toneladas de detritos nos cinco distritos desde 2009, ainda é grande a falta de conscientização dos moradores.
Além do lixo doméstico, como restos de alimentos que geram o chorume, resíduo que degrada o solo junto à erosão, até móveis e eletrodomésticos são coletados pelos funcionários da Comdep, que chegam a descer até 10 metros de altura para retirar o material. “Ainda é grande a falta de educação de quem não entende o perigo para o meio ambiente ao jogar lixo nas encostas e dentro dos rios. Alguns preferem lançar o material em local proibido a andar 30 ou 40 metros até uma lixeira adequada. Na Comunidade do Neylor, por exemplo, fazemos constantemente a limpeza de um terreno íngreme que serve como lixão para alguns moradores. Apesar da instalação de placas alertando sobre a proibição do ato, não é respeitada. Os trabalhadores da Comdep precisam descer de rapel para recolher objetos como guarda-roupa, sofá, máquinas de lavar, geladeiras, entre outros”, contou o presidente da Comdep Anderson Juliano.
O geógrafo e chefe da Reserva Biológica de Araras, Ricardo Ganem, alerta para a gravidade da ação irregular. “Jogar lixo nas encostas significa impermeabilizar o solo, com isso a carga sobre ele é elevada e acaba gerando os deslizamentos de terra. É incorreto praticar esta ação”.
Para o presidente da Comdep, a poluição das encostas em áreas de risco não é justificada, já que existe coleta regular em todo o município, o qual recolhe 7,5 mil toneladas de lixo por mês na cidade. “Todos os bairros contam com a coleta de lixo pelo menos duas vezes por semana, em outros locais a coleta é feita diariamente. Além disso, existem duas Estações de Transferência de Lixo disponíveis à população para despejo dos entulhos na BR-040, KM79 sentido Rio, e em Pedro do Rio, mas poucos utilizam o espaço. Alguns profissionais que fazem frete são pagos para recolher o material de um local e levar para o aterro, mas muitas vezes jogam o lixo em qualquer lugar mais próximo do seu itinerário”, disse.
Ricardo explica ainda como deve ser feito o tratamento adequado após a coleta do lixo. “Existem dois tipos de resíduos, o orgânico e o sólido, ambos prejudicam o meio ambiente, têm as suas particularidades e devem receber o tratamento adequado. Naturalmente a decomposição dos materiais de origem vegetal, como galhos, folhas e cascas de frutas, que apodrecem e são restabelecidos como matéria orgânica para jardinagem e paisagismo, são transformados em adubo. A segunda forma de tratar este tipo de resíduo é através de incineradores devidamente regulamentados pelos órgãos competentes, ou seja, depositá-los em caixas de concreto com chaminés e filtros que evitam a dispersão de enxofre e monóxido de carbono, soltando apenas uma fuligem branca com menos gases poluentes e rico em fósforo para também servir como adubo. Já quanto os resíduos sólidos, quando houver coleta seletiva, é separado o material de valor econômico, como garrafas pet e de vidro, ou seja, o que for passível de reciclagem. Na coleta não seletiva o lixo deve ser destinado a aterros sanitários licenciados”.
O Código de Posturas de Petrópolis classifica como ato gravíssimo quem desrespeitar a Lei nº 6.240 de 21 de janeiro 2005, que prevê multa quando ocorrer lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos municipais. Qualquer cidadão pode requerer o serviço do Disque-Entulho pelo telefone 2243-7822 ou através do site da Comdep www.comdep.com.br. O programa recolhe até 20 sacos de lixo verde ou entulho de obras, quando a quantidade de material ultrapassar o limite determinado pelo recolhimento gratuito, o depósito deve ser feito nas Estações de Transferência de Lixo na BR-040 e em Pedro do Rio.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

domingo, janeiro 09, 2011

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Mortes em Araras poderiam ter sido evitadas

A tragédia que se abateu sobre uma família em que três crianças morreram por conta de uma barreira que destruiu uma casa na comunidade Mata Cavalo II, em Araras, na madrugada de terça-feira, poderia ter sido evitada se medidas concretas tivessem sido tomadas por parte do poder público para resolver problemas apontados há mais de cinco anos pelo geógrafo e chefe da Reserva Biológica de Araras, Ricardo Ganem.
“Aquela é notoriamente uma área de risco, por conta da instabilidade geológica do terreno, que está dentro de uma Área de Preservação Permanente (APP). Aquela encosta começou a ser ocupada no fim da década de 80 (1988) e é alvo de crescimento desordenado há anos. Posso garantir que a encosta em que aconteceu esta tragédia já foi alvo de procedimentos por parte do Ministério Público. Eu já avaliei aquela área há uns 5 ou 6 anos. Na ocasião, emitimos um laudo informando que a Comunidade Mata Cavalo II está em uma APP, inserida na APA-Petrópolis, que é supervisionada pelo Instituto Chico Mendes (ICMBIO). É um terreno com instabilidade geológica, onde existe risco iminente para os moradores”, assegura Ricardo Ganem.
O geógrafo lembra que na região de Araras outras três comunidades estão em situação semelhante: Poço dos Peixes, Mombaça e Vista Alegre. Segundo ele, são áreas onde a ocupação desordenada cresce, desrespeitando a legislação ambiental. Ganem frisa que o problema não se restringe às comunidades na região de Araras. Ele avalia que Petrópolis possui grande parcela de construções em áreas de APP, ou seja, terrenos com inclinação superior a 45 graus, topos de morro e margens de rio, em uma área que varia entre 10 e 30 metros. São terrenos que pelo artigo segundo do Código Florestal são considerados áreas de APP, onde a mata nativa deve ser preservada por força da lei. “Essas construções estão em praticamente todos os bairros do município. Do Quitandinha à Posse, verificamos que existem construções com estas características. É importante frisarmos que isso é o resultado de décadas de ausência de ações por parte do poder público. É o que tecnicamente chamamos de passivo acumulado”, pontua.
Ricardo Ganen explica que em áreas de APP deslizamentos ocorrem normalmente, devido a fatores geológicos, e frisa que as intervenções humanas potencializam o risco. “A retirada da cobertura vegetal deixa o solo, que já é empobrecido, ainda mais vulnerável. Tudo isso associado a construções irregulares, chuvas e ventos fortes, favorece os deslizamentos e soterramento de vítimas”, esclarece Ganem.
Na avaliação do geógrafo, somente ações integradas, de curto, médio e longo prazos, por parte do poder público, podem conter o crescimento desordenado em encostas, que ano após ano provoca mortes em Petrópolis. “É preciso que haja um trabalho de consciência socio-educativo, de engenharia e de fiscalização, concomitantes e permanentes”, afirma Ganem.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por intermédio da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Petrópolis (Meio Ambiente), instaurou inquérito civil para apurar as condições que levaram ao desabamento da casa na Comunidade Mata Cavalo II, que resultou na morte da adolescente Suelen Cipriano Botelho, de 14 anos, e das meninas Lívia Dias Botelho e Jussara Botelho, ambas com oito anos.
“O MP vai investigar as causas do acidente e analisar as ações do poder público junto aos moradores em área de risco, para avaliar a necessidade de se ajuizar uma Ação Civil Pública. Estamos monitorando”, afirmou o promotor de Justiça Paulo Valim. A Defesa Civil de Petrópolis informou ontem que quatro casas no entorno do imóvel atingido pela barreira que vitimou as crianças foram interditadas devido ao perigo de novos deslizamentos. Os moradores destas casas foram aconselhados a deixar suas casas e procurar novas moradias.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Dia da Gratidão


Reconhecer o favor que alguém um dia nos fez, mesmo que essa pessoa nunca tenha nos cobrado, demonstrar um sentimento de reciprocidade quando algo de bom nos é oferecido são situações em que estamos sendo gratos.

Gratidão, nada mais é que ter a consciência de que alguém nos fez muito bem e querer retribuir de alguma forma tal bem. A gratidão compreende sentimentos de fraternidade e companheirismo, mesmo que momentâneos, mas nunca abrange a submissão. Ser grato é ter um sentimento horizontal e nunca vertical.
A gratidão é um sentimento que se frutifica, quando se quer viver em rede, é uma emoção espontânea, nem sempre ligada a favores. Mas é um sentimento reconhecido e pregado em todas as religiões.

Agradecer a vida, agradecer a saúde, agradecer a roupa, agradecer o carro, agradecer o motorista do ônibus, agradecer o dinheiro, agradecer o garçom, agradecer o lixeiro, agradecer o mecânico, agradecer o médico, agradecer o chefe, agradecer o colega de trabalho… Sempre existirá algo para agradecer. Porém, não da boca para fora. Agradecer de coração, de verdade, com verdadeiro sentimento de gratidão porque a vida nos serve através de infinitos meios que podemos não perceber.

Fonte: Planeta educação

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Chuva mantém petropolitano em casa e dá lucro para as locadoras de filmes

Com o verão chuvoso de Petrópolis, tem gente que prefere nem sair de casa enquanto curte um período de descanso entre o final de 2010 e início de 2011. Com isso, há um ramo do comércio que acaba se beneficiando, as locadoras, que têm registrado um aumento significativo nas locações de filmes no período, tanto no centro da cidade como nos bairros.
“Esse ano que passou foi surpreendentemente melhor. Em dezembro de 2010, tivemos um aumento de 40% nas locações em comparação com o mesmo período de 2009. No Natal e Ano Novo, muita gente deixou de viajar”, declarou Lu Maia, da Cult Vídeo, na Dezesseis de Março.
Para a empresária, as férias de julho costumam apresentar melhores resultados, mas o movimento de dezembro foi atípico. Já são 23 anos trabalhando em locadoras, e há 12 ela conserva a loja no mesmo endereço. Ela ressaltou ainda que na mesma galeria existiam oito estabelecimentos quando começou a atuar na área, e o último concorrente fechou há dois anos.
“Alugo filmes quase sempre. A maior parte é de suspense e terror, gêneros que prefiro. Com as chuvas dos últimos dias, acabei pegando um filme e ficando em casa”, disse Maya Braca.
No São Sebastião, a Petro Cine considerou dezembro como um mês muito bom e registrou crescimento de 100 locações sobre dezembro de 2009. O tempo ruim favoreceu a loja, que lucrou com as pessoas que não viajaram e assim alugaram filmes. “Um dos diferenciais do nosso comércio é a entrega dos filmes para os moradores do BNH, o que acaba cativando os consumidores principalmente nestes dias chuvosos”, informou Margareth Araújo, proprietária da locadora.
No centro da cidade, um outro fato chama atenção na Cult Vídeo. A loja ainda conserva cerca de 600 títulos em VHS em seu acervo e é constantemente procurada por amantes de clássicos do cinema que ainda não foram lançados em DVD. Todo fim de semana tem gente que faz questão de levar uma fita para casa, e pra quem já não tem mais um videocassete no mobiliário residencial a loja também oferece um aparelho.
“Um bom filme, um bom diretor e uma boa história ainda pesam para muita gente que nos procura. Os meus clientes nem ligam para Blu-ray, por isso vou demorar para aderir a esse formato”, destacou Lu Maia, mostrando parte do seu acervo de VHS, onde se destaca A Hora da Estrela, filme clássico brasileiro de 1985, baseado em obra de Clarice Lispector.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

terça-feira, janeiro 04, 2011

segunda-feira, janeiro 03, 2011

domingo, janeiro 02, 2011

sábado, janeiro 01, 2011