domingo, maio 30, 2010

sábado, maio 29, 2010

sexta-feira, maio 28, 2010

BR-040: sete mortos em 398 acidentes nos primeiros quatro meses do ano


É preocupante o número de acidentes no trecho da Rodovia BR-040 que passa pela cidade. Segundo balanço da Concer – concessionária que administra a rodovia, apenas entre os meses de janeiro e abril, foram 398 ocorrências entre os Km-100 e 45, abrangendo toda a área de Petrópolis, limite com Areal e parte de Duque de Caxias. Entretanto, de acordo com levantamentos da Tribuna, até o último dia 25 de maio, 23 casos de maior gravidade já haviam sido registrados. Nestes, sete pessoas morreram e outras 18 ficaram feridas.
De acordo com o arquivo da Tribuna, a maioria dos acidentes é referente a tombamentos de carretas, principalmente na pista de descida da serra, trecho em que foram contabilizados 15 casos. Entre eles, o caminhão placa GTR-6562, que transportava carga com blocos de motor e bateu, no dia 17 de fevereiro, na entrada do Túnel do Papagaio, depois que o motorista perdeu o controle da direção e se chocou com a parede de concreto. O motorista ficou gravemente ferido e, na época, teve que ser submetido a uma série de cirurgias.
Os acidentes de maior gravidade, no entanto, envolveram carros e motos. Além daquele que causou a morte do motociclista Pedro Aurélio, no dia 6 de fevereiro, que pilotava uma CB 400, as outras vítimas fatais, que viajavam num Voyage, com destino ao Rio de Janeiro, foram o engenheiro químico Richard Carl Johannes Schlosser, de 76 anos, e a cunhada Maria de Lourdes Boller, 73, no dia sete. Estes ocorreram nos Km- 56, em Itaipava, e no Km-74, altura da Fazenda Inglesa.
No dia 17 do mesmo mês, as vítimas foram o faxineiro José Cláudio da Silva Ferreira, de 20 anos, e o irmão dele, Heraldo Ferreira Granja, de 16 anos, que caíram da moto em que viajavam e acabaram sendo atropelados por vários veículos que passavam pela pista sentido Rio da rodovia, na altura do Km-64 da estrada, nas proximidades de Itaipava. Edison Felipe Dias Machado, de 25 anos, é outro que morreu em circunstâncias parecidas, na noite do dia 24 de abril. Ele pilotava uma moto e tentava acessar a rodovia, saindo da Comunidade do Vila Rica, e acabou atingido por uma carreta que seguia em direção ao Rio de Janeiro.
A série de acidentes teve início logo nos primeiros dias do ano, quando a Polícia Rodoviária Federal contabilizou onze pessoas feridas em 26 acidentes no retorno do réveillon. Logo no dia 19 de janeiro, uma carreta carregada com 27 toneladas de silício de aço, que seriam entregues no Rio de Janeiro, tombou na altura do Km-94. O motorista sofreu apenas pequenas escoriações, mas quem passou pelo local se assustou com o que sobrou da cabine do veículo, que ficou completamente destruída.
Fevereiro foi o mês com maior índice de acidentes, nove casos. março, foram apenas dois acidentes graves, e o primeiro aconteceu logo no dia 6, quando um caminhão carregado de cervejas tombou no Km-96 e interditou parcialmente a rodovia. No dia 31 de março, um caminhoneiro que transportava uma carga de miúdos bovinos, avaliada em R$ 40 mil, ficou ferido. O acidente envolveu um caminhão-baú, na pista de descida da serra, e o motorista ficou preso às ferragens.
No dia 9 de abril, um caminhão Mercedes Benz que transportava uma carga de farelo de trigo tombou em uma curva perigosa, na altura do Km-96 da pista sentido Juiz de Fora, e na manhã do dia 15 de abril carretas de grande porte tombaram nos Km- 78 e Km-94, na descida da serra. Cinco dias depois, na altura do Km-93 da pista de subida, foi a vez de um um caminhão que transportava mercadorias da empresa Casas Bahia.
Um dos acidentes que mais chamou a atenção dos petropolitanos aconteceu no último fim de semana. As vítimas foram a escrevente judicial Deise de Amaral Tavares, de 30 anos, que morreu no local, e o marido, o técnico em informática Elton Jones Tavares de Andrade, de 34 anos, que ficou gravemente ferido. O casal numa moto CBR 1000 e voltava para casa, em Três Rios, quando tudo aconteceu.
A série de acidentes, entretanto, não para por aí, e, na manhã de terça-feira, um caminhão que perdeu os freios na pista de descida da rodovia bateu em outros sete veículos, inclusive no carro da Polícia Rodoviária Federal, na altura do Km-93.
Segundo a Concer, entretanto, em toda a rodovia, o tipo de acidente mais comum é a colisão traseira de pequena proporção ou impacto. Já na serra, a ocorrência mais frequente é a saída de pista com colisão em objeto fixo, normalmente causada por excesso de velocidade. O limite de velocidade varia de acordo com o trecho da rodovia. Na Baixada, por exemplo, o limite é de 110km/h para veículos de passeio e 90 para ônibus e caminhões. Na serra, entretanto, a velocidade de segurança é de 70km/h.
Questionada, através de nota a concessionária destacou que “sempre que o usuário desrespeita o limite de velocidade, ele se coloca em uma situação de risco, independentemente do ponto da rodovia por onde ele esteja passando”. Acrescenta ainda que a BR-040 é dotada de sinalização vertical e horizontal que obedece às normas vigentes de trânsito, e painéis espalhados pela rodovia também orientam quanto aos limites de velocidade, ao uso de cinto de segurança e contra o consumo de bebidas alcoólicas por motoristas, entre várias outras mensagens. “No trecho da serra, tanto nas pistas de subida quanto de descida, recomenda-se prudência redobrada também em razão das condições de visibilidade, eventualmente prejudicadas pela neblina”, conclui a nota.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

quinta-feira, maio 27, 2010

quarta-feira, maio 26, 2010

Reativação de via férrea histórica para Petrópolis

Rio de Janeiro e Petrópolis estão próximos de resgatar uma das malhas ferroviárias mais lendárias e bucólicas do Brasil: a Ferrovia Príncipe do Grão-Pará, a primeira do país, que será revitalizada ainda em prazo a ser definido. Interesse não falta. Inaugurada em 19 de fevereiro de 1883, a via férrea que liga a Vila Inhomirim, em Magé, à Rua Tereza, em Petrópolis, está desativada desde 1964, privando adeptos do trem de um dos visuais mais bonitos entre a cidade e a serra.
A reinstalação se dará graças ao projeto de lei nº 2736/2009, do deputado estadual João Pedro Figueira (DEM-RJ). O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa como de relevante interesse turístico e econômico para o Rio. O custo estimado é de R$ 62 milhões.
– É um dos mais belos passeios turísticos do Brasil. Com a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, a região receberá mais 600 mil turistas por ano, com empregos diretos para 2 mil pessoas – entusiasma-se João Pedro, presidente da Comissão de Turismo da Alerj.
A Secretaria Estadual de Transportes, que adquiriu 30 novas composições na China por US$ 9 milhões (R$ 162 milhões), é favorável à revitalização da ferrovia. Mas avisa ser inviável ceder novos trens para o trajeto.
– A prioridade é o transporte de trabalhadores, mas podemos ajudar com mão-de-obra especializada como fizemos em Macaé e Angra dos Reis – disse o secretário estadual de Transportes, Sebastião Rodrigues.
Duas etapas
A extensão de toda ferrovia é de 55 quilômetros, sendo 49 da antiga Estrada de Ferro Mauá, que vai da Leopoldina à Vila Inhomirim – e que precisa ser recuperada – mais os seis do plano inclinado da Serra da Estrela até Petrópolis, que não tem sequer trilhos.
– O prefeito de Petrópolis é do PT, partido do Lula. O BNDES e os ministérios dos Transportes e do Turismo vão querer investir no projeto – entende João Pedro.
O prefeito de Petrópolis, Paulo Mustrangi, afirma que o município não tem como bancar o projeto.
– Precisamos de ajuda dos governos estadual e federal. Já tivemos contato com o Ministério do Turismo, que pediu a reavaliação do orçamento – disse Mustrangi.
Nos sites Manifesto Livre e Tudo é Turismo, abaixo-assinados virtuais com mais de mil adesões à revitalização da ferrovia foram encaminhados ao Gabinete Civil da Presidência da República, pleiteando a inclusão do projeto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os documentos relatam que, na década de 50, a malha ferroviária do Rio era de 3.800 quilômetros. Em 2003, restavam 1.250, ou seja, perda de 60% em trilhos.
Engenheiro aprova, mas pede cuidados na execução
Ex-diretor do Metrô do Rio, ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e um dos autores do plano ferroviário da cidade de São Paulo, o especialista em engenharia de transportes Fernando MacDowell, adverte sobre os riscos de se manter a malha ferroviária da Ferrovia Príncipe do Grão-Pará, que está desativada há 46 anos.
MacDowell argumenta que, para o empreendimento ser bem sucedido, evitando por em risco a integridade física de seus futuros usuários, será necessária uma avaliação criteriosa de toda a malha, que começa na Estação Leopoldina, no Centro.
– Dificilmente esses 49 quilômetros de malha ferroviária até o pé da serra vão estar em bom estado. Tem que ser feito um estudo multidisciplinar das condições desse material. Sem contar a parte da serra. Antes de serem instalados os trilhos, é obrigatório checar as condições do terreno – alerta o especialista.
Segundo MacDowell, os dormentes de toda essa malha ferroviária têm que estar alinhados, e os trilhos e fixadores, aparelhos que fazem as mudanças de via, precisam ser novos.
Por tudo isso, o especialista em transporte não acredita que o orçamento estimado para a reativação da Ferrovia Príncipe do Grão-Pará ficará em R$ 62 milhões.
– Acho que não, porque cada quilômetro de malha ferroviária teria de custar em torno de apenas R$ 1 milhão. Acho muito barato – estima. – Muito material teria que ser reaproveitado para ficar só nesse valor, e isso comprometeria o empreendimento na obra.
MacDowell, no entanto, é a favor da revitalização da ferrovia, por considerá-la um patrimônio histórico do país.
– O brasileiro é doido por andar de trem, ainda mais num trajeto bucólico e deslumbrante como aquele pela serra acima – admite ele. – É o tipo do cenário em que valeria até à pena, ao invés de um trem ou uma cremalheira, colocar uma locomotiva daquelas antigas, tipo maria-fumaça, para fazer o trajeto.
Memória JB | Ferrovia democrática
A Ferrovia Príncipe do Grão-Pará transportou desde a nobreza até a plebe. Na viagem inaugural, em 19 de fevereiro de 1883, entre os ilustres passageiros estavam D.Pedro II, imperador do Brasil, e o barão do Rio Branco. Anos depois, um garoto de 17 anos subia a serra de trem para jogar futebol: Garrincha, futuro craque, que morava em Pau Grande, próximo à estação da Vila Inhomirim.
Ele era juvenil do time da Companhia Têxtil América Fabril, onde trabalhava e disputava campeonatos contra o Petropolitano, Serrano e Cascatinha, de Petrópolis. Até Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação, fixou residência em Petrópolis, conhecida até hoje como "a casa encantada". Machado de Assis, Rui Barbosa, Oswaldo Cruz e outras personalidades também subiram a serra via trilhos. Nos concursos de beleza, misses se hospedavam no tradicional Hotel Quitandinha. Por mais de 80 anos a Estrada de Ferro deleitou os passageiros. Até que, em 5 de novembro de 1964, foi considerada economicamente inviável e desativada.
Fonte JB

terça-feira, maio 25, 2010

Pulseiras do sexo já têm substitutas


Depois de uma febre entre adolescentes, as pulseiras coloridas chamadas de “pulseiras do sexo” praticamente desapareceram das prateleiras de armarinhos e bancas de camelôs. Uma das causas é o decreto lei número 6.750, publicado no Diário Oficial do Município do último dia 5 de maio, proibindo o uso e comercialização do acessório que vinha sendo usado por meninos e meninas. O que muitos não sabem, mas que os pais devem ficar atentos, é que os jovens já encontraram uma forma de burlar a lei.
Pelo menos em Petrópolis, as antigas pulseirinhas lisas foram substituídas por outras, de modelo diferente, em forma de espiral. A finalidade, entretanto, seria a mesma: uma brincadeira sexual, atrelada a cada cor da pulseira de quem a estiver usando, principalmente meninas. Cada uma das cores representa um tipo de carícia, mesmo entre aqueles que não têm proximidade.
Os significados também continuam os mesmos. A amarela, por exemplo, sugeria um abraço, enquanto a preta significava fazer sexo com o rapaz que arrebentasse a pulseira. Havia ainda a laranja, que pedia uma dentadinha de amor, já a vermelha determinava que a menina fizesse uma Lap Dance, que é um tipo particular de dança erótica. Existem ainda as pulseiras roxas, azuis, verdes, rosa e dourada. Esta última era a mais audaciosa, pois era uma sugestão da junção de todas as outras coisas. A revelação da substituição das antigas pulseiras foi feita por um vendedor ambulante que é contra a proibição.
Ele acredita que o uso das pulseiras não tem o poder de influenciar na personalidade dos jovens. “Todo ano surge uma febre. Pode ser por uma caneta, por um lenço. Porém, da mesma forma que chegam, elas desaparecem. No caso das pulseirinhas, acredito que tudo depende da orientação passada pelos pais e não da simples proibição”, disse, acrescentando que “a partir da proibição, os adolescentes logo encontraram uma forma de substituir as pulseirinhas de silicone por outras de modelos diferentes. Agora, as vendas também estão fracas. Ou seja, a moda chegou, foi embora e quase ninguém percebeu”, garantiu.
As opiniões se dividem e, enquanto alguns comerciantes reclamam do prejuízo ocorrido no início de maio, a maioria concorda com a providência tomada pelo prefeito. Entre elas, a comerciante Alba Oliveira Silva, de 48 anos. Ela revela que a venda das pulseiras de silicone já havia caído antes mesmo da proibição. “Na época, o preço teve que acompanhar a queda na demanda e passou de R$ 1 para R$ 0,50. Na realidade eram vendidas 3 por R$ 1”, lembra a comerciante, completando: “Na minha opinião, a proibição foi uma providência acertada do prefeito. A brincadeira estava colocando as meninas em situações arriscadas”.
De acordo com Alba, com o passar da febre, que teve início em dezembro do ano passado, a procura estava sendo feita por crianças cada vez mais jovens. “Inclusive de 10 e 11 anos, que sequer sabiam direito do que se tratava”, revela. A opinião de Alba, entretanto, não é unânime. O vendedor Carlos José, de 24 anos, critica a proibição e reclama que além das pessoas terem parado de comprar, ao ver expostas as pulseiras policiais condenam a comercialização. Nas bancas de camelôs, a situação é a mesma, mas ambulantes afirmam que tão logo ocorreu a publicação da lei os acessórios do tipo foram retirados. “Assim que começamos a ouvir comentários e a intensa divulgação da mídia, paramos de comprar. É melhor do que ficar sem a mercadoria”. A lei 6.750 é clara e diz que “é vedada a comercialização de pulseiras coloridas com apologia sexual, denominadas “pulseiras do sexo” nos estabelecimentos comerciais bem como no comércio informal, no âmbito do município”. E também proíbe o uso de tais acessórios nas instituições da rede de ensino municipal e, inclusive, na particular. No mesmo documento, determinou que o corpo docente das instituições estimulasse reuniões com os pais dos alunos, para esclarecer e orientar com relação às situações envolvendo questões sexuais.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

segunda-feira, maio 24, 2010

domingo, maio 23, 2010

Dinheiro de dragagem vai para pavimentação

A transferência de verbas para desassoreamento dos rios, limpeza pública e manutenção de praças e jardins deixou preocupados ambientalistas e membros de entidades ligadas à preservação. Os recursos somavam em torno de R$ 800 mil e foram repassados para a pavimentação e manutenção viária. A planilha foi publicada no Diário Oficial do Município do dia 30 de abril. Para o presidente do Instituto Civis, Mauro Corrêa, as consequências serão sentidas nas épocas das chuvas, quando os rios transbordarem devido à falta de desassoreamento. “Vejo um empenho grande em tapar buracos, principalmente em períodos eleitorais, mas é importante cuidar dos rios e evitar que estragos aconteçam na época das chuvas”, comentou.
No Diário Oficial consta o acréscimo de R$ 807 mil para a pavimentação, dinheiro este que deveria ser destinado à contenção e reflorestamento (R$ 12 mil); dragagem, desassoreamento e drenagem de rios, córregos e lagos (R$ 45 mil); programa de materiais para aplicação em obras públicas (R$ 25 mil); operação para serviços de limpeza pública (R$ 100 mil); praças e jardins (R$ 200 mil); para obras de reabilitação, qualificação e requalificação urbana (R$ 232 mil); e saneamento básico (R$ 120 mil).
De acordo com Mauro Corrêa, se estas verbas fossem mantidas para sua destinação original evitariam um desperdício de dinheiro público todas as vezes que operações nos leitos dos rios são realizadas. Ele conta que todo o maquinário usado para o desassoreamento dos rios é alugado, o que custa milhões para os cofres públicos. “Como não há um serviço regular de dragagem e desassoreamento dos rios, existe esta prática de alugar os caminhões e máquinas. Isto vem acontecendo há muitos anos, não só nesta administração”, contou. Outra questão que também preocupa é a retirada de verbas para o saneamento básico. O que deveria ser uma das prioridades do município perde espaço para a pavimentação das ruas. “Parece que conseguir verbas para tapar buracos é mais fácil do que conseguir dinheiro para obras mais emergenciais”, concluiu Mauro Corrêa. Em alguns pontos da cidade, como no Palácio de Cristal e na Rua Coronel Veiga, o rio está tomado pela areia.
Em entrevista à Tribuna de Petrópolis, o possível candidato a deputado estadual pelo Partido Verde, Márcio Moura, falou sobre a falta de cuidados com os rios em Itaipava. Dono da empresa Grou, em 2008, devido às fortes chuvas que caíram sobre a cidade, sua loja foi inundada pelas águas do rio que transbordou. Na época, várias casas foram invadidas pelas águas, houve mortes e prejuízos materiais. Na entrevista, ele alerta que novas tragédias como aquela podem ocorrer na região, já que obras de desassoreamento e dragagem não têm sido feitas.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

sábado, maio 22, 2010

sexta-feira, maio 21, 2010

Ministério Público quer explicações da Concer

O procurador da República Charles Stevan da Mota Pessoa, que instaurou um inquérito no Ministério Público Federal para apurar a existência de risco para usuários da BR-040 por conta de um deslizamento de terra na altura do Km-78/RJ da BR-040, disse que vai encaminhar um novo ofício à Concer para que a concessionária apresente os laudos sobre avaliação de riscos naquele trecho da estrada. “Recebemos uma resposta da Concer na qual eles nos informam não haver risco de desabamentos naquele trecho, mas nessa resposta eles não enviaram o laudo, com assinatura de técnico responsável por esta avaliação. Dizem apenas que o risco não existe. O MPF quer saber quem poderá ser responsabilizado se aquela pista descer e alguém morrer ali. Vamos encaminhar um novo ofício à Concer, solicitando novamente que este laudo seja encaminhado ao MP. Também estamos questionando o porquê da demora em executar a obra, já que o deslizamento aconteceu no início do mês de abril”, disse.
No fim da semana passada, o procurador instaurou o inquérito civil público e encaminhou ofícios à Defesa Civil Municipal e à Concer, estabelecendo um prazo de 48h para que as respostas ao questionamento fossem enviadas ao MPF. Em resposta ao procurador, a Concer informou: “Entendemos não haver risco de desabamento naquele trecho da estrada”. Além disso, o departamento jurídico da Concer informa o cronograma das obras, explicando que o deslizamento aconteceu no dia 8 de abril e que no dia 12 foi feita a contratação de especialistas para visitar o local. Ainda segundo o documento enviado pela Concer, o projeto executivo está previsto para ser concluído em 9 de junho. Segundo o cronograma apresentado ao MPF, as obras devem começar no dia 26 deste mês e têm prazo de término em 120 dias. A concessionária informa ainda que já foram iniciados os serviços de sondagem, mas que a concessionária ainda não tem um relatório conclusivo.
Na última quarta-feira, durante sessão realizada na Câmara, vereadores criticaram a qualidade dos serviços prestados pela Concer e a demora da concessionária em adotar as providências quanto ao risco para os usuários. “Mais uma vez, a Concer teve que ser acionada pelo MPF, se não tudo ficaria do mesmo jeito. Fizemos audiência pública, fomos à imprensa, entramos com ação na Justiça, procuramos o apoio de deputados estaduais e federais, senadores, mas a Concer continua desrespeitando a população petropolitana. Enquanto eu tiver mandato, vou continuar denunciando os desmandos da Concer”, afirmou o presidente da Casa, vereador Bernardo Rossi.
O vereador Samir Yarak também criticou a concessionária, lembrando que a Concer disse que iniciaria as obras, mas até quarta-feira nada havia sido feito além da colocação de um conteiner e instalação de uma placa com informações incompletas sobre a obra. “Passando por lá, vimos que a placa não informa o valor da obra, a data de início, nem data de término. Não havia ninguém trabalhando no local”.
O vereador Marcelo motorista, que já enviou ofício à Concer pedindo melhorias, lembrou que existem outros pontos da via que também precisam de atenção por parte da concessionária, entre os quais o trecho na altura do Km-82 da pista sentido Rio (próximo ao Contorno), onde existem rachaduras. “Com o peso das carretas, a pista pode ceder de uma hora para outra. Os moradores já me pediram providências. O trecho com rachaduras é em uma curva, o que representa risco para motoristas e também moradores do Contorno”, denunciou o vereador.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

quinta-feira, maio 20, 2010

Carretas à espera da PRF atrapalham passagem de caminhões na BR-040

A necessidade de instalação de um ponto de apoio para caminhões pôde ser percebida mais uma vez ontem, na Rodovia BR-040. Três carretas de grande porte passaram a madrugada e todo o dia paradas num recuo nas margens da estrada. Sem banheiro e sem ter o que comer, a previsão era de que os motoristas só retomassem a viagem no início da madrugada. Caminhoneiros que passavam pelo local ficaram indignados e a situação também atrapalhou o acesso à oficina da Mercedes Benz, na altura de Itaipava. Esta não foi a primeira vez que o problema aconteceu.
Ontem, as três carretas, com 22 metros de comprimento cada, estavam carregadas com tanques de cerveja desmontados - uma carga que tem sete metros de largura e ocupa uma pista e meia de rolamento. Os veículos tentam seguir para o município de Sete Lagoas, em Minas Gerais, mas, até lá, será necessário o auxílio da Polícia Rodoviária Federal para que manobras, como para a passagem de outros veículos de menor porte, sejam realizadas.
De acordo com Fernando Giardine, gerente da área pós-venda da MB, diariamente o lugar recebe dezenas de caminhões para manutenção e, ontem, os próprios clientes tiveram que ajudar os motoristas das três carretas para que desobstruíssem a entrada do galpão. “Neste momento, os veículos estão acessando o local com dificuldades e, para voltar à estrada, têm pouca visibilidade. Na, vi clientes saindo pela contramão”, explicou, completando que, no fim de semana, novas carretas pararam no mesmo local e o vigia teve que deixar o carro na estrada porque não conseguiu espaço para passar.
Os motoristas das três carretas evitaram falar sobre o assunto, mas um deles garantiu que, em 10 anos, nunca passou por situação parecida. Para o caminhoneiro Jorge Lisboa, representante da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, o problema é de responsabilidade da Concer, porque para continuar a viagem a operação dependia do apoio da Polícia Rodoviária Federal, a qual também é responsável pela segurança da estrada. “Por isso, a empresa já deveria ter disponibilizado um espaço para o abrigo desses veículos, enquanto ficam aguardando o retorno da PRF”, explica Lisboa.
Segundo o caminhoneiro, o lugar é escolhido com frequência porque é o único em que cabem comboios do tipo. “Também é um descaso porque os veículos saíram do Rio de Janeiro às 22h30 e estão parados no local desde às 3h. Ali próximo não existe nenhum comércio”, completa Jorge Lisboa. “Em todo o trecho, falta um local apropriado para esse tipo de atendimento. A concessionária deve estar preparada”.
Para a subida das três carretas, a Concer preparou uma operação especial e teve que reverter a mão da pista de descida da serra. O trabalho começou à meia-noite de ontem, para que os veículos pudessem percorrer um trecho de 24 quilômetros, entre os Km 104 e 80. Durante a passagem das carretas, o tráfego ficou fechado no trecho aos demais usuários.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

quarta-feira, maio 19, 2010

Pressionada pelo MP, Concer inicia obras de contenção

Questionada no fim da semana passada pelo procurador da República Charles Stevan da Mota Pessoa, que instaurou um inquérito civil público no Ministério Público Federal para apurar a existência de risco para usuários da BR-040 por conta de um deslizamento de terra na altura do Km-78 da pista de descida da serra, a Concer disse que iniciou ontem as obras de contenção na barreira às margens da estrada. De acordo com a concessionária, as obras começaram depois que técnicos concluíram as investigações geotécnicas no local. Segundo informações da assessoria de imprensa, “a Concer iniciou ontem o trabalho de contenção do talude na margem direita da pista do Km-78, onde, no mês passado, uma barreira deslizou, deixando o acostamento e a faixa da direita interditados”. A barreira, no trecho próximo à entrada para o bairro Rocio, desabou em consequência das fortes chuvas que atingiram a região em abril.
Também oficiada no fim da semana pelo procurador da República, a Defesa Civil informou, através da assessoria de comunicação da PMP, que “a última vistoria no deslizamento de terra na altura do Km-78 da BR-040, sentido Rio de Janeiro, foi realizada nesta sexta-feira, dia 14, e que o laudo apontava que o deslizamento ocorreu por falta de contenção”. A Defesa Civil esclareceu ainda que o laudo já foi encaminhado ao Ministério Público Federal e à Concer.
O inquérito civil público nº 1.30.007.000069/2010-69 foi instaurado no MPF na quinta-feira, com base em notícias sobre um deslizamento de terra, com possível risco de desabamento, da pista no Km-78 da BR-040 (sentido Rio de Janeiro) e também possíveis rachaduras na mureta que sustenta aquele trecho da estrada, o que poderia colocar em risco os motoristas que utilizam a estrada. Na ocasião, o procurador da República Charles Stevan da Mota Pessoa encaminhou ofício à Concer e estabeleceu um prazo de 48h para que a concessionária explique que medidas estão sendo adotadas sobre o deslizamento. Além disso, a concessionária deverá explicar se há risco de novos desabamentos naquele trecho, bem como qual é o cronograma de execução de obras. A Concer deverá também apresentar ao MPF os laudos de avaliação do caso.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, Carlos Francisco de Paula, também foi oficiado pelo procurador a informar ao MPF se foi elaborada avaliação sobre o risco e deverá também encaminhar cópia desse relatório ao MP. A Defesa Civil também deverá informar ao procurador que medidas devem ser adotadas pela concessionária (Concer).
Fonte:Tribuna de Petrópolis

terça-feira, maio 18, 2010

segunda-feira, maio 17, 2010

Concer promete a nova subida da serra

Prevista para ser realizada desde a formalização do contrato de concessão assinado pela Concer em 1995, a construção de uma nova pista de subida da BR-040, Rodovia Rio – Petrópolis – Juiz de Fora, deve começar a sair do papel no ano que vem. Os valores e detalhes sobre o projeto ainda não foram divulgados pela concessionária, uma vez que ainda estariam sendo analisados por técnicos da empresa, mas a expetativa é de que a construção começaria a se concretizar em 2011. A previsão, no entanto, não é motivo de comemoração entre representantes de entidades que com frequência denunciam as deficiências na prestação do serviço e exigem que a concessionária que administra a BR-040 preste um serviço de melhor qualidade para os usuários. A maioria deles afirma que só vai acreditar na promessa depois que a construção da nova pista estiver concluída.
Entre estes está o presidente da Câmara de Vereadores, Bernardo Rossi, que se diz descrente sobre a concretização da obra no ano que vem. “A construção da nova pista é um investimento importante para o desenvolvimento da nossa cidade e vai trazer melhorias para todos os usuários da estrada, mas ainda estou descrente. Vamos continuar lutando até as obras serem feitas”, garante Rossi, lembrando que a Câmara vem cobrando que a Concer melhore os serviços. “A gente vem desde o início do mandato batalhando por isso. Encaminhamos ofícios para o Governo Federal, para a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), realizamos audiência pública na Câmara e, recentemente, ingressamos com uma ação na Justiça Federal contra a Concer e a ANTT exigindo melhorias para os usuários da BR-040, entre as quais a construção da nova pista, que já deveria ter sido feita, e também denunciando o valor abusivo do pedágio”, frisa. Unido aos demais vereadores na briga contra a Concer, o líder do governo na Câmara, vereador Wagner Silva, destaca que enquanto outras concessionárias vêm investindo em melhorias, na Concer as promessas normalmente resultam apenas em aumentos na tarifa para os usuários da estrada. “Estamos vendo a Concer sempre fazendo essas promessas, mas não vemos nada de concreto acontecer, ao contrário do que acontece com outras concessionárias. Na estrada que liga Guapimirim a Teresópolis, que é administrada pela CRT, por exemplo, as obras previstas para um trecho de 12 quilômetros já começaram a ser feitas. Já aqui na Concer, sobre a construção da segunda pista de subida na BR-040, eu só acredito depois que as obras começarem. Afinal, todas as vezes que ouvimos falar sobre esse assunto aqui, o que tivemos na verdade foram aumentos no valor da tarifa de pedágio”, afirma Wagner Silva.
Opinião semelhante tem o representante da Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCAM), Jorge Lisboa, que frequentemente denuncia as más condições da estrada e o preço abusivo na tarifa de pedágio na BR-040. “Se construírem mesmo a segunda pista, será uma surpresa, principalmente pra nós petropolitanos, pois a Concer não terá benefício algum com essa construção, apenas custos, e eles normalmente não se interessam por nada que não lhes traga algum benefício. Eu não acredito que irão construir realmente essa estrada no ano que vem, pra mim isso é apenas um pretexto que vão utilizar para daqui a alguns meses aumentar mais uma vez o pedágio”, disse, lembrando que como representante da ABCAM muitas vezes já denunciou as condições precárias da BR-040. “Há muito tempo lutamos por melhorias na estrada e denunciamos as péssimas condições de conservação e a sinalização precária dessa estrada. Tomara que construíssem mesmo essa segunda pista, mas eu só vou acreditar nisso depois de vê-la pronta”, afirma Lisboa.
O presidente do Instituto de Defesa do Cidadão e Consumidor, Márcio Tesch, acrescenta que a construção da nova pista já deveria ter sido feita há mais de cinco anos e lembra que, já em 2004, o Indeccon ingressava na Justiça para denunciar o descumprimento dos compromissos do contrato. “Em 2004, ingressamos com uma Ação Civil Pública. Fomos os primeiros a provocar, pois a Concer já devia ter feito isso desde 2003. Essa ação do Indeccon já questionava o preço abusivo do pedágio e também o cumprimento das obras previstas no programa de exploração da rodovia, assinado em 1995, junto com o contrato de concessão. Essas obras deveriam ter sido feitas até 2003, mas eles foram conseguindo ampliar os prazos e agora o prazo para que a Concer construa a segunda pista é 2014. A construção dessa nova pista é uma vitória da sociedade, do Indeccon, da Câmara de Vereadores de Petrópolis, dos deputados e de todos os políticos que trabalharam por isso”, finaliza Márcio Tesch.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

domingo, maio 16, 2010

sábado, maio 15, 2010

Vacinação contra raiva animal

A Coordenação de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de Petrópolis, dará início nesse sábado, dia 15 de maio de 2010, à 1a etapa da Campanha de Vacinação Anti-rábica Animal. Durante todo o ano, serão realizadas mais cinco (5) etapas em diferentes localidades do município. Os postos de vacinação funcionarão em escala de revezamento, aos sábados, das 9h às 17h, até o dia 18 de setembro de 2010, quando acontecerá a Campanha Nacional de Vacinação Anti-Rábica. Poderão ser vacinados cães e gatos a partir de 01 mês de idade. Fêmeas grávidas ou amamentando também poderão ser vacinadas. Os animais com menos de 12 meses de idade deverão ser revacinados após 06 meses. As fêmeas grávidas e as lactantes deverão receber uma segunda dose após 06 meses.

Segundo a médica veterinária Alba Valéria Dias, responsável pelo Programa de Controle da Raiva no município, em 2009 foram vacinados 36.282 cães e 4.989 gatos, atingindo 95 % da população estimada. Esse ano o objetivo é vacinar 48.212 entre cães e gatos. Com a finalidade de alcançar a meta de 100%, o prefeito Paulo Mustrangi determinou que a secretária de saúde, Aparecida Barbosa, organizasse, além das campanhas aos sábados, campanhas durante a semana em localidades diversas. Desta forma, as pessoas devem ficar atentas à divulgação feita por cartazes, que serão colocados nas comunidades indicando o dia, a hora e o local. O animal também poderá ser levado ao posto fixo, situado na própria Coordenação de Vigilância Sanitária, na Rua Almirante Tamandaré, 52 – Centro. Para evitar acidentes e brigas, os animais não deverão ser levados por crianças e deverão ser conduzidos até o posto com coleira e guia curta. Qualquer dúvida pode ser tirada pelos telefones: 2291-1594 / 2231-0841 / 2291-1797.

A escala de revezamento dos postos seguirá a seguinte ordem:

15/05/10 – Escola Municipal Salvador Kling, Pátio da Igreja Santa Rita de Cássia, Sede do Bingen Futebol Clube, Centro Comunitário Manoel Torres, Dias de Oliveira, Pátio da Secretária de Obras;

26/06/10 - P.S.F – Posse, Escola Municipal Oswaldo Costa Frias, Escola Municipal Felix Barros, Wildebrando de Carvalho, Beatriz Zaleski, PSF. Brejal, Albertos, Caboclos e Pilatos;

10/07/10 – Colégio Estadual Princesa Isabel, P.S. Alto Independência, Rua Getúlio Vargas, P.S.F. Vila Saúde, Rua Amazonas, Rua Ceará, Escola Municipal Odete da Fonseca;

31/07/10 - Vale das Videiras, Bela Vista, P. S. Malta, Quadra de Araras, Fazenda Inglesa, P. S. Itamarati, Alcobacinha / Bela Vista, Escola Municipal Josemar Contagem – Correas, Escola Municipal Marieta Gonçalves – Bairro da Glória, P.S.F.- Águas Lindas, Escola Municipal Jorge Amado (Estrada da Saudade), Igreja Meninos Jesus Praga (Floresta);

21/08/10 - Escola Estadual Rui Barbosa, Praça Pasteur, P.S.F.- Sargento Boening, P.S.F.- Alto da Siméria, Associação de Moradores de São Sebastião;

18/09/10 - Campanha Nacional - 22 Postos distribuídos pela cidade ainda a serem selecionados.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

sexta-feira, maio 14, 2010

quinta-feira, maio 13, 2010

Comércio e hotéis estão contra ideia de construir sambódromo em Itaipava

A ideia da construção de sambódromo no Parque Municipal, em Itaipava, proposta pelo presidente da Liga das Escolas de Samba e Blocos de Petrópolis (Lebop), Mestre Ivo, não agradou comerciantes e donos de hotéis e pousadas da região. Para o Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio) e o Petrópolis Convention & Visitors Bureau, a iniciativa poderá afastar turistas da cidade, que fogem do Carnaval dos grandes centros vindo para Petrópolis.
De acordo com o presidente do Sicomércio, Marcelo Fiorini, a iniciativa é absurda, já que a cidade tem prioridade em obras de melhorias da infraestrutura. “Seria a favor desta ideia se a liga tivesse dinheiro para sustentar o projeto, mas querem investimento público e Petrópolis tem coisas mais importantes para melhorar. A saúde pública, reformas de ruas de acesso ao município, que está um caos, e a própria revitalização da Rua Teresa são muitos mais importantes”, declarou. Com a aproximação da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, Fiorini destacou ainda a necessidade da construção de um centro de convenções. “No lugar de um sambódromo, devemos pensar na construção de um centro de convenções, que vai atrair eventos de negócios e assim pessoas que deixam dinheiro para a economia daqui”, completou o presidente do Sicomércio.
O Petrópolis Convention & Visitors Bureau também é contrário à construção do sambódromo em Itaipava. Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, a entidade diz ser totalmente contra esta ideia por não ser um evento turístico. Além de não ter sido debatido no Conselho Municipal de Turismo (Comtur) e analisados os transtornos de engarrafamento, logística e poluição sonora, que irão inviabilizar a vinda do público alvo para os distritos, como turistas e formadores de opinião, que fogem do carnaval das suas cidades, principalmente do Rio de Janeiro. A nota ressaltou ainda que a utilização do Parque Municipal deve ser colocada em pauta nas reuniões do Comtur.
Segundo o presidente da Liga das Escolas de Samba e Blocos de Petrópolis (Lebop), Mestre Ivo, a ideia surgiu pela ausência de um espaço fixo para a realização do Carnaval do município e que possa comportar um centro cultural para os petropolitanos. “Petrópolis é uma cidade turística e mesmo assim não tem um lugar para a realização de eventos. Durante o Carnaval, por exemplo, todos os anos, são montados e desmontados arquibancadas e banheiros químicos, o que degrada o Centro Histórico, que depois precisa sofrer reparos nas calçadas e jardins. Com a construção do sambódromo em Itaipava, o espaço seria fixo para a realização de eventos para angariar fundos para a Liga durante todo o ano. Além disso, abaixo das arquibancadas poderia funcionar um espaço cultural com aulas de capoeira, cavaquinho, balé, etc., tudo grátis para o povo. Desta forma, poderia existir um Carnaval organizado para o município, que atraísse a população em geral”, contou.
Diante da falta de aceitação do projeto pelos empresários da região, Mestre Ivo rebate argumentando que alguns dos críticos são vistos anualmente no Carnaval carioca e deveriam apoiar a sua cidade. “Esse grupo que não apoia a organização da data em Petrópolis é hipócrita porque todos os anos os vejo na Sapucaí acompanhando o Carnaval do Rio de Janeiro. O problema é que é feio dizer que gosta de Carnaval na cidade imperial”, completou o presidente do Lebop.
Com a necessidade de um local apropriado para os sambistas, a presidente da União Petropolitana das Entidades Carnavalescas (Upec), Mônica Santos, apoia a sugestão da Lebop. “Concordo que precisamos de lugar para a realização do Carnaval de Petrópolis, só não sei se Itaipava seria o melhor para isso. Preciso conhecer o projeto junto com a diretoria da Upec para ver se é viável e declarar o nosso apoio”, disse Mônica.
A Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis informou que não tem conhecimento deste projeto. De acordo com Mestre Ivo, está sendo agendada uma reunião com o prefeito Paulo Mustrangi ainda para este mês.

Fonte: Tribuna de Petrópolis

quarta-feira, maio 12, 2010

Disque entulho recebe 1,5 mil ligações em 120 dias

O Disque Entulho da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) já recebeu mais de 1.500 ligações, somente nos primeiros quatro meses do ano. O presidente da companhia, Anderson Juliano, disse que a empresa vem trabalhando firme no trabalho de conscientização.
Entre as ligações estão os pedidos de retirada de entulho e de lixo verde e também as denúncias feitas à companhia, que vem notificando quem joga o material nas ruas da cidade. A idéia, no entanto, não é multar, garante o presidente da empresa. “O número de multas é muito pequeno em relação às notificações emitidas pelos fiscais da empresa. A nossa ideia é corrigir o erro e não multar”, ressaltou.
O Disque Entulho oferece o serviço gratuito de recolher no domicílio o entulho e lixo verde. O prazo de recolhimento é de 48 horas e o lixo deverá ser colocado no local indicado pela equipe e ensacado conforme orientação da Comdep. Nos quatro primeiros meses do ano, a Comdep recolheu mais de 30 mil sacos de entulho e lixo verde através de solicitações e denúncias da população ao Dique Entulho. Neste período, apenas duas multas foram aplicadas. “Só a notificação já resolve o problema”, afirmou Anderson Juliano. “Estamos realizando esse trabalho para facilitar a vida da população no descarte desses materiais”, explicou.
Para solicitar a retirada de entulho ou fazer denúncias sobre o desrespeito à lei, o petropolitano pode entrar em contato com a Comdep através do Disque Entulho, pelo telefone 2243-7822.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

terça-feira, maio 11, 2010

segunda-feira, maio 10, 2010

domingo, maio 09, 2010

Dia das Mães !


Obrigado, ó Deus, pela mãe que me deste!
Sua presença serenainspira-me confiança;
Seu serviço constante ensina-me a amar;
sua vivência simples desperta-me para a fé;
Seu olhar profundo inspira-me bondade;
sua ternura leva-me a acolher;
seu semblante tranquilo fala-me do teu rosto materno, ó Deus!

Neste dia dedicado às mães, o Universo inteiro canta, Senhor,
as maravilhas que operaste nesta criatura maravilhosa
e boa: obra-prima de tuas mãos.

Acompanha, Senhor, minha mãe, nas alegrias e nas lágrimas, nos trabalhos e nas preocupações.

E quando suas forças dimiuírem e a idade avançar, que eu redobre a minha ternura para que a solidão não a possa alcançar.

Abençoa, ó Deus, minha mãe!
Abençoa também todas as mães!

sábado, maio 08, 2010

sexta-feira, maio 07, 2010

Vistoria de carro ainda é exigida

A vistoria para a retirada do Licenciamento Anual de Veículos continua sendo obrigatória, segundo afirmou ontem José Carauta, subchefe do Posto de Vistoria do Detran em Petrópolis. Até o momento, o projeto de lei que institui o Licenciamento Eletrônico de Veículos (LEV), do deputado estadual João Pedro, não foi aprovado na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
José Carauta afirmou que cerca de 30 proprietários de veículos já tinham faltado às vistorias por achar que a obrigatoriedade tinha acabado após lerem matéria publicada pela Tribuna no último sábado, referente ao assunto. O deputado João Paulo conseguiu uma liminar na Justiça para que o carro de sua propriedade conseguisse o licenciamento anual sem passar por vistoria, como acontece em outros estados. A informação causou confusão, já que o deputado é autor de um projeto de lei que trata do assunto e muitos motoristas acharam que não deveriam mais fazer a vistoria.
O projeto de lei número 1.190/2007, que dispõe sobre o licenciamento anual de veículos, se aprovado, deixará os motoristas desobrigados de fazer a vistoria, já que poderão retirar o Licenciamento Anual através da internet, mas o projeto saiu da pauta de votação em dezembro do ano passado, a pedido de alguns deputados, e agora João Pedro tenta novamente levá-lo à discussão na Alerj. Segundo o projeto, o novo Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) seria enviado pelo Correio, mediante o pagamento das despesas de postagem. Ao optar pelo LEV, o proprietário torna-se o integral responsável pela informação de que o veículo encontra-se em perfeitas condições de trafegar, para todos os efeitos. Na justificativa, o deputado aponta que cada estado adota normas próprias para o licenciamento, mas todos os estados exigem o pagamento da cota única ou da primeira parcela do IPVA do ano corrente, do seguro obrigatório, do licenciamento anual e das eventuais multas e os proprietários recebem um novo Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), documento de porte obrigatório que permite a circulação legalizada dos veículos pelas ruas e estradas de todo o país. Porém, o único estado que não adota o Licenciamento Eletrônico de Veículos é o Rio de Janeiro, obrigando os motoristas, anualmente, a comparecer a um dos 43 postos de vistorias, que atendem aos 92 municípios do Rio, com uma despesa média mensal com prestadores de serviços (mão-de-obra) de quase R$ 6,8 milhões.
O texto do projeto é de 2007 e, segundo José Carauta, agora, São Paulo também obriga os motoristas a fazer a vistoria nos postos do Detran. A medida visa trazer mais segurança para o trânsito, já que na vistoria é exigido que os veículos estejam em condições de uso e com todos os itens de segurança. “A vistoria exigida no Estado do Rio é um modelo e outros estado vêm buscando informações para implantar o sistema”, defendeu.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

quinta-feira, maio 06, 2010

Tribunal considera isenção inconstitucional

A expectativa de mais de sete mil idosos que há quase dois anos deram entrada no pedido de isenção do pagamento de IPTU, com base na Lei Municipal Nº 6557, foi frustrada nesta segunda-feira por uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que considerou inconstitucional a lei de 14 de maio de 2008. A lei de autoria do ex-vereador Márcio Arruda facultava a isenção do pagamento do IPTU para pessoas com mais de 60 anos, que tenham um único imóvel em seu nome, renda mensal inferior a cinco salários e que morem no mesmo. O presidente do Instituto de Defesa do Cidadão Consumidor, Márcio Tesch, explica que de acordo com a decisão do tribunal a lei deixou de existir, e com isso, legalmente, mesmo os idosos que deram entrada no pedido de isenção perderam o direito ao benefício.
“A ação de argüição de inconstitucionalidade provocada pelo Ministério Público Estadual, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça, julgou ontem por unanimidade a inconstitucionalidade da Lei 6557/08. Agora, a PMP poderá cobrar de todos os idosos o IPTU atrasado desde 2009, com multa e juros, desde a dia em que eles pararam de pagar aguardando o deferimento do pedido que estava engavetado desde o início do governo Mustrangi. Idosos esses que a duras penas pagaram por certidões e enfrentaram enormes filas para ingressar com o processo na Secretaria de Fazenda e não pagam o IPTU desde então, aguardando o deferimento com base na lei de isenção, que era clara”, disse o presidente do Indeccon.
Márcio Tesch considera que com isso idosos que chegaram a dar entrada no pedido e esperavam por uma decisão da Secretaria de Fazenda foram prejudicados. “Com essa decisão, será necessário que haja uma sensibilização do prefeito em relação à situação dos aposentados, pois 90% desses mais de sete mil idosos que solicitaram o benefício deixaram de pagar o IPTU, confiando na lei. O idoso merece nesse momento pelo menos um pouco de respeito por parte do Executivo, pois essa decisão acabou com a lei ontem (dia 3), mas os processos estavam engavetados desde o fim do ano de 2008 e já deveriam ter tido um parecer da Secretaria de Fazenda. Houve arbitrariedade por parte da PMP, que sabia que o julgamento seria pelo fim da lei e, mesmo assim, manteve todos os requerimentos na gaveta até agora, quando tal inconstitucionalidade foi confirmada pelo tribunal”, disse.
Segundo Tesch, pela regra de julgamento, em ações deste tipo a lei é extinta (como se nunca tivesse existido – efeito ex-tunc, e erga omnes, para todos). “Assim, é como se os idosos estivesse todos inadimplentes, mesmo porque os seus requerimentos estavam arbitrariamente engavetados somente aguardando o julgamento pelo tribunal”, esclareceu Marcio Tesch. O presidente do Indeccon lembra que a lei foi declarada inconstitucional por vício de iniciativa, dentre outros motivos. “No caso, a iniciativa do projeto de lei não poderia ter sido feita pelo vereador Marcio Arruda, como foi na época, pois caso aprovada, como foi, envolvia questões de ordem orçamentária do Município, contrariando assim a Lei Orgânica do Município e a própria Constituição. A iniciativa do projeto de lei deveria ter sido da PMP. Em vários outros municípios do estado e do país existem lei idênticas garantindo esse mesmo direito aos idosos, que foram feitas de forma correta. Em Petrópolis, se o Prefeito quiser resolver, pode dar iniciativa a um projeto de lei correto e salvaguardar os direitos desse idosos que, em tese, foram enganados”, sugere Marcio Tesch.
O autor do projeto, o ex-vereador Márcio Arruda, defende a legalidade da lei e critica a posição do governo, que não concedeu o benefício aos idosos que deram entrada no pedido de isenção há quase dois anos. “A taxa de renovação de alvará foi extinta no governo Fadel e não foi considerada inconstitucional. Fiz essa proposta, de isenção de IPTU para os idosos, com base em um aumento de 5% na arrecadação. A Prefeitura não quis conceder o benefício e, não querendo ficar mal com os aposentados, provocou o MP, que entrou com a ação em que o tribunal considerou a lei inconstitucional. Com isso, mais uma vez, o prejudicado foi o povo”, afirma Arruda.
Questionada sobre que providências serão tomadas em relação a esse caso, a Prefeitura de Petrópolis informou, por meio da assessoria de comunicação, que irá aguardar o voto do relator para poder se manifestar sobre o assunto em questão.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

quarta-feira, maio 05, 2010

"VOU VOLTAR PRA SACANAGEM"

BR-040 fica 36 horas em meia pista


Um trecho entre os Km 96 e 97 da pista de subida da Rodovia Washington Luiz - BR-040 ficou quase 36 horas em meia pista por conta do tombamento de uma carreta carregada com 31 toneladas de tampas de garrafa. Ninguém se feriu, mas moradores da região ficaram assustados e tiveram que ajudar o motorista a sair do veículo, com pequenas escoriações. Ele estava sozinho no caminhão.
Segundo a Concer, o acidente aconteceu por volta das 13h de domingo, quando o motorista, cujo nome não foi divulgado pela concessionária, teria perdido o controle da direção e, cerca de dez metros depois de uma casa de antiguidades, o veículo de placa LPL-2164 saiu da pista e subiu na mureta de proteção. Em seguida, o caminhão tombou no canteiro, nas margens da estrada.
A retirada do caminhão, com um container, só estava prevista para o início da madrugada de terça-feira, porque o trecho fica na faixa da direita é estreito e está dentro de uma curva. O objetivo era não causar retenções. Para o serviço, a previsão era de que o trecho fosse fechado para que o caminhão pudesse ser retirado da rodovia. Desde a tarde de domingo e durante todo o dia de ontem, o local ficou sinalizado e, além de um carro da concessionária, um veículo de escolta, com três seguranças, permaneceu na região para a proteção do material. No mesmo dia, um Ford Fiesta prata capotou na pista de descida. Uma mulher identificada como Andréa Alves teve que ser levada para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. Ela foi socorrida por uma ambulância da Concer e, de acordo com a concessionária, o acidente ocorreu por volta das 15h50. As suspeitas são de que a motorista tenha perdido o controle da direção, bateu na mureta de proteção e capotou em seguida. Andréa estava sozinha no carro e, segundo o boletim da concessionária, ela sofreu ferimentos moderados. O trânsito não chegou a ser prejudicado já que em poucas horas a empresa providenciou a remoção do veículo.
Recentemente, o caminhoneiro Jorge Lisboa, representante da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, explicou que os trechos mais críticos da rodovia se concentram, principalmente, em Petrópolis, a maior parte deles na pista de descida da serra. Ele conta que a área é a responsável por aproximadamente 80% dos acidentes ocorridos nos 180 quilômetros da rodovia administrada pela Concer. Segundo ele, uma das principais causas seria a falta de sinalização informando, principalmente, a quantidade de quilômetros em declive. Isso porque “a estrada é traiçoeira e, em muitos pontos, faz o motorista acreditar que já acabou de descer a serra, mas, de repente, é pego de surpresa por um declive ainda mais intenso”. Na opinião do caminhoneiro, uma placa dando essa informação deveria ser instalada na altura do Km-77.
Já em relação à pista de subida, ele explicou que o trecho é bastante sinuoso e, para evitar acidentes, os motoristas precisam ter atenção redobrada.

Carros batem de frente. Homem morre na hora

Pelo menos dois acidentes graves foram registrados na BR-040 no último sábado. O caso mais grave aconteceu no início da madrugada do dia 1º de Maio, quando dois carros colidiram na altura do Km-121 da pista sentido Rio de Janeiro da BR-040. Um homem morreu e duas mulheres ficaram feridas e foram socorridas pela equipe de resgate da Concer. No fim da tarde de sábado, um outro acidente envolvendo dois veículos, este na altura do Km-57 da pista sentido Rio, deixou feridas pelo menos quatro pessoas de uma mesma família. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o mais grave neste caso é o fato de que o motorista do veículo, que teria provocado o acidente, estaria aparentemente embriagado.
Segundo dados da PRF, a colisão envolvendo uma Nissan/Frontier e uma Volkswagen/Brasília aconteceu por volta de 18h30, na região de Itaipava. Os dois veículos seguiam em direção ao Rio de Janeiro quando a Frontier conduzida por um homem de 49 anos que, de acordo com a Polícia, estaria aparentemente alcoolizado, bateu na lateral da Brasília em que viajavam marido, mulher e três crianças, com dois, oito e 13 anos de idade.
Após o impacto na lateral, a Brasília pegou fogo, enquanto a Frontier teria rodado na pista e batido de frente em um barranco. Na Brasília, a mulher e o bebê de dois anos tiveram escoriações, enquanto o motorista e o filho de oito anos tiveram ferimentos leves. A família mora na região da Jacuba, em Pedro do Rio, e foi socorrida pela equipe de resgate do Corpo de Bombeiros. Os feridos foram levados para o hospital. Com o impacto, o motorista do Frontier também teria ferido o supercílio.
De acordo com agentes da 8ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, o motorista do Frontier, que é morador de Itaipava, estaria dirigindo sob efeito de bebida alcoólica e teria provocado o acidente. Policiais contaram que ao chegar no local os agentes constataram que se tratava de uma colisão em que o condutor do veículo Nissan/Frontier apresentava sinais de embriaguez, mas recusou-se a realizar o teste com o etilômetro. Após o socorro das vítimas, o motorista foi conduzido à 106ªDP, onde a ocorrência foi registrada.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

terça-feira, maio 04, 2010

segunda-feira, maio 03, 2010

União e Indústria continua abandonada

Expirados os prazos estipulados no ano passado pela Justiça para que a União e o Estado providenciassem a recuperação da Estrada União e Indústria, a procuradora da República Vanessa Seguezzi encaminhará no início desta semana um documento ao juiz da 2ª Vara Federal reiterando o pedido de que a União informe que medidas foram adotadas quanto ao cumprimento da decisão judicial que determinou em outubro do ano passado que a União recuperasse em um prazo de quatro meses a estrada.
No dia 21 de janeiro a procuradora já havia encaminhado um pedido semelhante ao juiz, mais uma vez que nenhum novo documento foi apresentado no processo pelo réu e os problemas denunciados pelo Ministério Público Federal sobre a falta de manutenção da Estrada permanecem, a procuradora decidiu encaminhar um novo pedido ao juiz. No processo, em curso na 2ª Vara Federal, a procuradora Vanessa Seguezzi denunciou o péssimo estado de conservação da rodovia e o abandono do trecho entre Petrópolis e a divisa com Minas Gerais. No ano passado o juiz da 2ª Vara Federal de Petrópolis, Fábio Nobre Bueno Brandão, acatou a denúncia e condenou a União e o Dnit a assumirem imediatamente a administração e gestão da rodovia. Na decisão, o juiz determinou que todas as medidas necessárias à recuperação e permanente manutenção da estrada fossem tomadas, enquanto não forem formalizados eventuais termos de transferência a outros entes federativos.
“A sentença reconhece que a estrada é federal e que a responsabilidade pela administração é do Dnit, pondo fim à indefinição que perdurou por mais de 20 anos e ocasionou o abandono de trechos nos municípios de Petrópolis e Três Rios”, afirmou na época a procuradora Vanessa Seguezzi.
Na decisão, o juiz determinou que o estado do Rio de Janeiro adotasse as medidas necessárias à recuperação e manutenção dos trechos da Estrada União e Indústria incorporada à sua malha viária por meio dos Decretos nº 41.056/2007 e 41.856/2009, sem prejuízo da necessidade de formalização da transferência por meio do ato administrativo competente.
Acolhendo o pedido da procuradora, o juiz deferiu a antecipação de tutela urgente e ordenou que o Dnit e o Estado entregassem em dois meses os projetos de recuperação emergencial de cada trecho da rodovia, com cronogramas de obras, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. Após a aprovação do projeto, as intervenções deveriam ter sido cumpridas em um prazo de 60 dias, sob pena de multa de igual valor. O juiz determinou, ainda, que a União deve assegurar o repasse emergencial de recursos necessários ao Dnit, até o início das obras, também sob pena de multa diária de R$ 10 mil, em caso de descumprimento.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

domingo, maio 02, 2010

sábado, maio 01, 2010

Bombeiros alertam para risco de queimadas

A proximidade da época de estiagem, que começa em maio, é motivo de preocupação para o Corpo de Bombeiros porque os incêndios florestais se tornam comuns nesse período, que se estende até setembro. O risco de grandes queimadas provocou o comando do 15ºGBM a fazer um alerta e pedir o apoio da população, com o objetivo de evitar que os índices alcancem grandes marcas, como aconteceu em 2007, quando foram contabilizados 397 registros de fogo em vegetação, o maior dos últimos nove anos.
Para o coronel Souza Vianna, comandante do 15ºGBM, pequenos cuidados podem evitar grandes tragédias. “Em Petrópolis, os casos provocados por balões são raros, mas a maioria dos incêndios é causada pela ação do homem, por negligência, imprudência e até criminoso”, revela o coronel, acrescentando que a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605, de 1998) estabelece que a pena para quem provocar incêndios em matas ou florestas é de dois a quatro anos de prisão.
O comandante da corporação lembra que a população não pode se omitir e deve denunciar pois, no futuro, pode ser prejudicada de alguma forma, como com a falta d’água provocada pelos danos nas tubulações que ficam nos morros, no meio do mato. “Além disso, em Petrópolis, podemos olhar para qualquer lado e veremos a vegetação. Ao contrário do patrimônio histórico, o patrimônio verde se renova, mas se não tivermos cuidado ele irá acabar”.
Por conta das chuvas frequentes, os níveis de queimadas deste ano ainda estão baixos, mas Souza Vianna conta que nos últimos dez anos as maiores estiagens aconteceram nos anos de 2004 e 2007, ou seja, de três em três anos. “Se estivermos certos, 2010 entrará para esta estatística. De qualquer forma, estamos preparados, mas nossa expectativa é de que não aconteça”, completou.
Em 2007, apenas no mês de setembro, aconteceram 133 incêndios florestais, mas naquele ano os índices começaram a crescer logo no início do período de seca. Março já havia registrado 20 casos. “Em junho, foram 26, e no mês seguinte foram 45. Já em agosto, 76 queimadas aconteceram, mas o ponto alto foi mesmo em setembro, seguido por agosto, com 80 casos”, enumera, lembrando que nos anos de 2008 e 2009 as estatísticas foram bem menores, com 73 e 106 ocorrências do tipo.
De acordo com a estatística do Corpo de Bombeiros, entre 2000 e 2009, o período mais crítico fica por conta do mês de agosto. Somando estes últimos nove anos, o estudo mostra que foram 264 chamados para combate de incêndios florestais. Já o mês de junho contabiliza 212 casos. “A demanda em Petrópolis é grande e é prejudicada por conta das condições de relevo. Em muitas situações, os acessos só podem ser feitos por helicópteros”, diz, explicando: “Se colocarmos um homem na mata, ele pode levar quase quatro horas para chegar ao local. Vale lembrar que, nessa caminhada, o soldado vai estar carregando o seu equipamento, que pesa 25 quilos”.
Conforme o coronel, embora seja frio, o clima da cidade também contribui para a ocorrência de queimadas, assim como a estiagem prolongada e o ‘veranico’, que é o calor inesperado em meses de junho e julho, por exemplo. Ele lembra que em 2007, alguns incêndios levaram duas semanas para ser totalmente debelados e que inúmeras vezes não conseguiu o helicóptero, o qual já estava empenhado no socorro de afogamento nas praias. “As aeronaves são destinadas para salvamentos marítimos e aeromédicos”, salienta.
O 15ºGBM é responsável pela cobertura de sete municípios do interior do estado, o que representa um total de 230 homens. Além de Petrópolis, que ainda tem um quartel em Itaipava, os atendimentos são feitos ainda em Sapucaia, Levy Gasparian, São José do Vale do Rio Preto, Areal, Paraíba do Sil e Três Rios. Apenas este último conta com um destacamento. Embora pareça pequeno, Souza Vianna garante que o efetivo é suficiente para atender todas as regiões, mesmo com a ocorrência de grandes incêndios florestais. “Nestes casos, podemos receber o reforço de dois Grupamentos de Socorro Florestal, situados em Magé e na Tijuca, o que dobra a nossa capacidade de pessoal”, garante.
O Disque-Queimadas funciona na Secretaria de Meio Ambiente e as denúncias podem ser feitas pelo telefone 2246-8963.
Fonte: Tribuna de Petrópolis