No último fim de semana, a Tribuna
flagrou a atuação dos flanelinhas em Itaipava próximos a uma casa
noturna. Os trabalhadores informais além de cobrar altos valores, ainda
exigem o pagamento antecipado. Aqueles que optam por não pagar saõ
intimidados sobre os perigos que o veículo será exposto, tendo ainda que
arcar com os danos sofridos pelo carro.
Um morador da cidade, que preferiu não
se identificar, relatou que teve que parar o carro em local proibido
para não dar dinheiro aos flanelinhas. “Me recuso a pagar essas pessoas.
No domingo parei meu carro próximo ao Palácio Cristal e quase fui
multado. Não quero estacionar em local proibido, mas me recuso a pagar
essas pessoas. Como faço, então?”, questiona.
A prática tem se tornado comum,
inclusive em áreas demarcadas como estacionamento rotativo pela
Companhia Petropolitana de Trânsito e Transporte (CPTrans), que somam
quase mil em toda a cidade. Nos fins de semana, em determinadas áreas
como nas proximidades da Catedral São Pedro de Alcântara, a cobrança dos
flanelinhas chega a R$ 10,00. Em alguns casos, no entanto, os
guardadores não sugerem os valores, mas chegam a ofender o motorista
quando não ficam satisfeito com o dinheiro recebido.
“Uma vez eu só tinha R$ 2,00 em moedas,
que achei dentro do carro, e foi o que dei ao flanelinha. Ele reclamou e
devolveu o dinheiro, dizendo que não precisava de esmolas. Fiquei
perplexa com aquela reação. Por isso, acabei indo parar meu carro em
outro lugar, com medo de que ele quebrasse o vidro ou coisa do tipo”,
relembrou a estudante de Relações Internacionais, Silvia Oliveira.
A major Mayla Vital, da Polícia Militar,
explica que quando houver flanelinhas, o motorista deve comunicar ao
policial mais próximo. “É importante fazer isso porque é uma
irregularidade. A pessoa que pratica a cobrança pelo estacionamento será
encaminhada até a delegacia para prestar esclarecimentos”, disse.
O crime cometido pelos flanelinhas pode
ser caracterizado como extorsão e usurpação de função. Denúncias devem
ser feitas à polícia pelo 190 ou à Guarda Civil Municipal através do
153.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
Nenhum comentário:
Postar um comentário