segunda-feira, outubro 31, 2016

Proximidade da estação das chuvas gera preocupação


O verão se aproxima e, com ele, a época de chuvas na Região Serrana. Nos últimos anos as tempestades, que ocorrem principalmente em dezembro e janeiro, tem causado mortes e severos danos materiais em comunidades inteiras, com a principal catástrofe ocorrendo em 2011. Foram 1.037 mortos, 90 desaparecidos e 30 mil desalojados na região serrana, sendo que 74 morreram em Petrópolis, no Vale do Cuiabá. Para evitar que o problema se repita, o Poder Público tenta minimizar vulnerabilidades, mas a população tem que colaborar com a prevenção.


O secretário de Defesa Civil do município, Rafael Simão, disse ao Diário que há duas principais precauções para os moradores: jamais construir sem um responsável técnico e não ignorar sirenes e outras orientações sobre os riscos das chuvas.


- Sempre contratem técnico – disse ele – O pedreiro não calcula, só repete uma obra que ele já fez. Depois a construção acaba não tendo como resistir. Contratar um técnico no fim é mais barato, porque se não a casa pode acabar interditada e colocando a família moradora e os vizinhos em risco.


Existem diversas ações que já ocorrem para orientar as pessoas e deixa-las mais preparadas para o caso de chuvas fortes. Segundo o secretário, a Defesa Civil já fez três mil vistorias a pedido da população ou de órgãos de governo, “principalmente por rachaduras e barrancos”. Nessas vistorias, os fiscais conversam com moradores e orientam como fazer para prevenir desastres.


- Ás vezes basta colocar uma calha para evitar que a água enfraqueça o solo. Quando o morador deixa de jogar lixo no rio ou na encosta, mantém as drenagens limpas, já está tomando uma ação de defesa civil.
Outras ações são integradas com a educação e a saúde públicas. A Defesa Civil faz visitas a escolas, onde crianças são orientadas sobre como identificar o risco e se proteger, e as escolas recebem sugestões de como se organizar para alguma ocorrência. Na Saúde, os profissionais de saúde da família, que visitam as casas de moradores, também foram treinados para dar sugestões de defesa civil em áreas muito afetadas.
- Se você mora em área de risco e começou a chover muito, saia de casa. Vale mais a pena um aborrecimento de ir dormir com parente do que a perda da vida – disse o secretário. As escolas municipais ficam sempre abertas em caso de chuva de alto risco, para receber qualquer morador que não tenha parentes ou amigos que cedam suas casas.


Todas as precauções estão sendo compiladas em protocolos de como o Poder Público deve agir em caso de catástrofes para prevenir mortes. Alguns protocolos petropolitanos já são copiados por outras cidades, o que, segundo Simão, é justamente o objetivo. Esses avanços são parte de uma cooperação do governo brasileiro com o governo japonês, através do Projeto Gides, parte da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jaica). O Japão, que sofre frequentemente com terremotos, maremotos e erupções vulcânicas, é um país especializado em treinar a população para resistir a catástrofes.


- Há duas formas de combater desastres. Uma é diminuindo a ameaça e a outra é reduzindo a vulnerabilidade. Não temos como impedir que chova, mas podemos fazer com que a população seja resiliente. Hoje, deixamos de ser coitadinhos e passamos a uma cidade que exporta tecnologia – finalizou Simão.

Fonte: Diário de Petrópolis

domingo, outubro 30, 2016

Multas de trânsito ficarão mais caras a partir de 1° de novembro

As multas de trânsito ficarão mais caras a partir de 1º de novembro. Com os novos valores, previstos a partir da alteração do Código de Trânsito Brasileiro, infrações gravíssimas, cujo valor de multa atual está em R$ 191,54, passarão a R$ 293,47; multas a serem pagas por infração grave passarão dos atuais R$ 127,69 para R$ 195,23.

As multas cobradas por infrações consideradas médias aumentarão de R$ 85,13 para R$ 130,16. As leves serão reajustadas dos atuais R$ 53,20 para R$ 88,38.

Também a partir de novembro serão reajustados os valores das multas aplicadas a motoristas suspeitos de dirigir alcoolizados, que se recusarem a fazer o teste do bafômetro. Nesse caso, a multa passará de R$ 1.915 para R$ 2.934,70. O motorista terá ainda a habilitação suspensa pelo prazo de 12 meses.
Fonte:Diario de Petrópolis 

sábado, outubro 29, 2016

Insegurança em Petrópolis


Uma pessoa alvejada, uma taxista assaltada e duas lojas invadidas.  Esse foi o saldo noite de quinta-feira e madrugada de sexta-feira (26 e 27). Esses crimes foram registrados pela Polícia Militar nas duas delegacias da cidade. Ninguém ficou gravemente ferido, mas nenhum dos criminosos foi preso.
O momento de maior tensão ocorreu durante um assalto a uma taxista em Itaipava na noite de quinta-feira. Ela pegou dois passageiros na Ponte de Corrêas, às 22h45 e seguiu para o distrito. Entrando no Parque Bom Clima, um dos passageiros encostou uma faca em seu pescoço e pediu dinheiro. Ele levou R$ 133 e o celular da motorista, depois deixaram o carro por volta das 23h58.
A mulher, que tem 52 anos, chamou a Polícia Militar. Uma guarnição chegou, tomou seu depoimento e fez uma busca no local, sem encontrar os criminosos. A vítima foi levada à 106ª DP (Itaipava), onde registrou a ocorrência.
Mais cedo no mesmo dia, a Polícia foi ao hospital Alcides Carneiro ouvir um homem alvejado na perna. Ele diz que estava na Avenida Ipiranga quando um carro branco passou em alta velocidade. Um ocupante do veículo teria efetuado o disparo.
A Polícia está investigando a história. O homem tem 40 anos e é gerente do restaurante Bordeaux. Ele deu entrada no hospital por volta das 19h e foi liberado algumas horas depois. O registro foi feito na 105ª DP (Petrópolis).
O Diário entrou em contato com o restaurante, mas foi informado de que o estabelecimento não comentaria o assunto.
Durante a madrugada, duas lojas foram invadidas e furtadas no Itamarati, na Rua Bernardo Proença, 147. Os dois proprietários das lojas Ciranda da Criança e Odontológico de Itamarati chamaram a PM às 10h20.
Na primeira loja, nada foi roubado, mas as portas e janelas foram quebradas. Já na segunda, foram furtados dois laptops e R$ 47. Portas e janelas também estavam danificadas. No local não há câmeras ou alarmes.
 Fonte:Diario de Petropolis 

sexta-feira, outubro 28, 2016

Inep faz plantão de atendimento para tirar dúvidas de participantes do Enem


A menos de duas semanas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os candidatos podem tirar dúvidas sobre a realização das provas pelo telefone 0800-616161, disponibilizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) das 8h às 20h (horário de Brasília), diariamente. O serviço funcionará normalmente no fim de semana e no feriado de Finados, na próxima terça-feira (2).

Este ano, o Enem será aplicado em 1.727 municípios e no Distrito Federal. No total, 8.627.195 brasileiros farão as provas – é a edição com segundo maior número de inscrições confirmadas, superada apenas pela de 2014, que registrou 8,7 milhões de inscritos.

 
Os locais de prova estão disponíveis na internet, na Página do Participante do Enem, e também no aplicativo do exame disponível nas plataformas Android, iOS e Windows Phone. O cartão de confirmação, além do local, data e horário de prova, traz o número de inscrição do estudante, a opção de língua estrangeira e, quando for o caso, a indicação de atendimento especializado e específico e a solicitação de certificação do ensino médio.

O Enem será aplicado nos dias 5 e 6 de novembro. Nos dois dias de prova, os portões serão abertos às 12h e fechados às 13h, no horário de Brasília. Os estudantes devem ficar atentos ao horário de verão e verificar na localidade onde moram a hora exata de início do exame. As provas começam a ser aplicadas às 13h30.

No primeiro dia, os candidatos farão as provas de ciências humanas e de ciências da natureza, com duração de quatro horas e meia. No segundo dia, os participantes terão cinco horas e meia para resolver questões de linguagens e códigos, redação e matemática.

A nota do Enem é usada na seleção para vagas em instituições públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu); bolsas na educação superior privada, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni); além de ser requisito para receber o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Para pessoas maiores de 18 anos, o Enem pode ser usado como certificação do ensino médio.

Fonte: Diário de Petrópolis

quinta-feira, outubro 27, 2016

BR-040 será debatida em seminário na FIRJAN com presença de Moreira Franco


Autoridades dos governos federal e estadual estarão na sede da FIRJAN, no Centro do Rio, na próxima sexta-feira, dia 28, para participar do seminário gratuito “Infraestrutura Fluminense – Desafios e Oportunidades”. O presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, receberá o secretário do Programa de Parcerias e Investimentos do governo federal, Moreira Franco; e o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos; entre outros executivos e especialistas. Os investimentos em rodovias federais, como a BR-040, serão debatidos no seminário.

As inscrições estão abertas pelo 0800 0231 231. Para conferir a programação completa acesse http://migre.me/vlxNy.

Fonte: Diário de Petrópolis

quarta-feira, outubro 26, 2016

Câmara cria Dia do Motociclista para conscientizar os usuários do veículo


Os vereadores aprovaram ontem (25) a criação do Dia do Motociclista em Petrópolis. Após sanção do prefeito, todo dia 27 de julho será dedicado a eventos de conscientização dos condutores de veículos de duas rodas. A lei, de autoria de Silmar Fortes (PMDB), serviu para os parlamentares debaterem o recente histórico de acidentes de motos, que já deixou várias vítimas esse ano.


O caso mais recente foi o do torneiro mecânico Rodrigo Medeiros da Silva Valério, que perdeu o controle da moto e bateu um carro, em Cascatinha, na noite de sábado (22). Nesse ano, apenas o Hospital Santa Teresa, que é referência em atendimento de traumas, 467 dos 802 pacientes que a unidade recebeu foi vítima de acidente de moto (entre batidas e quedas).


Silmar Fortes destaca na justificativa do projeto de lei que “sendo assim, é imperioso e urgente que se crie métodos para reduzir este triste quadro”. Ele lamentou a morte de mais um jovem por acidente de moto e classificou a situação como uma “epidemia”.


– Tem sido isso semanalmente, um jovem perde a vida e realmente a cidade precisa enfrentar esse grave problema de saúde pública. É um problema de saúde porque traz um transtorno para a vida da pessoa e do sistema de saúde. A maioria dos atendimentos do Santa Teresa são pelo SUS. E faz com que toda equipe, por exemplo, quando vai fazer uma cirurgia em um idoso e entra um paciente acidentado, o idoso vai ter que aguardar; eu tenho uma cirurgia de quadril e entrou um acidentado, essa cirurgia vai ter que esperar. Isso vai fazendo uma retenção das cirurgias de trauma e ortopédicas – comentou peemedebista.


Por isso, o Dia do Motociclista será dedicado a debater sobre redução de acidentes, pilotagem responsável, os riscos da combinação uso de álcool/drogas e direção, fiscalização sobre os equipamentos de segurança, além da promoção de passeios de motociclistas pela cidade para instruir sobre normas de trânsito e de boa conduta no trânsito.


Porém, o vereador Reinaldo Meirelles (PP) acredita que é necessário ir além. Para ele, é preciso intensificar a fiscalização “imediatamente” sobre documentação e uso de álcool e drogas.


– Sabemos, sem demagogia, que o que tem de motociclista nessa cidade se alcoolizando, se drogando, com o seu veículo irregular e empregando velocidade no município, expondo a sua vida e a de terceiros, que não tem nada haver com isso. O que se vê é um abuso com a motocicleta, como se fosse um instrumento de diversão, muitas vezes fazendo manobras arriscadas, como muitas vezes conduzir a moto sob uma única roda – afirmou Meirelles. Ele falou que vai pedir ao 26º Batalhão da Polícia Militar que intensifique a realização de blitz na cidade.


Luizinho Sorriso (PSB) pediu um envolvimento do Executivo, Legislativo e da sociedade em torno de campanhas de prevenção e também tratou de motoboys, dizendo que os profissionais que utilizam motocicletas precisam ter “prudência” no trânsito.


– Qualificar essas pessoas que vão trabalhar com serviços de entrega. Falta um pouco de prudência desses profissionais. A gente vê como eles andam na cidade, eles ultrapassam pela direita, passam direto no quebra-molas, em alta velocidade, às vezes em dia de chuva, em que a probabilidade de cair é muito maior – disse.


O dia 27 de julho já é considerado data nacional e internacional desse condutor.

Fonte: Diário de Petrópolis

terça-feira, outubro 25, 2016

Lions Clubes de Petrópolis, Instituto de Olhos e Clinica de Olhos Dr. Tanure realizam campanha contra o glaucoma


O glaucoma refere-se a um grupo de doenças oculares que provocam danos irreparáveis no nervo óptico. Este, por sua vez, é o nervo que carrega as informações visuais recebidas pelo olho até o cérebro.


Por razões que a medicina ainda não compreende totalmente, o aumento da pressão dentro do olho (pressão intraocular) é geralmente, mas nem sempre, associada à lesão do nervo óptico, que caracteriza o glaucoma. Esta pressão acontece devido ao aumento de um líquido chamado de humor aquoso, que é produzido na parte anterior do olho ou por uma deficiência de sua drenagem através de seu canal.


Quando há um bloqueio desse fluido do olho, este provoca o aumento da pressão ocular. Na maioria dos casos de glaucoma, essa pressão está elevada e provoca danos no nervo óptico.


Os médicos alertam para alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de glaucoma que pode levar a cegueira, se não tratados. Entre eles: pressão intraocular elevada; idade acima dos 60 anos ou acima dos 40 anos, para o caso de glaucoma agudo; afro-americanos são mais propensos a desenvolver glaucoma do que pessoas caucasianas, principalmente os acima dos 40 anos de idade; histórico familiar de glaucoma pode elevar as chances de um indivíduo desenvolver a doença também diabetes, problemas cardíacos, hipertensão e hipertireodismo também levar à doença doenças no olho, como alguns tumores, descolamento de retina e inflamações, aumentam o risco de glaucoma; fazer uso por muito tempo de medicamentos à base de corticosteroides.


Um exame ocular pode ser usado para identificar o glaucoma. O médico precisará examinar o interior do olho, observando através da pupila, que geralmente é dilatada. O especialista geralmente realiza um exame completo do olho para confirmar o diagnóstico.


Somente a averiguação da pressão intraocular (por meio da tonometria) não é suficiente para diagnosticar o glaucoma, pois a pressão ocular costuma mudar. Por isso, outros exames deverão ser feitos para que o médico possa diagnosticar o paciente com glaucoma ou não.


Não há como prevenir um glaucoma de ângulo aberto, mas pode-se evitar a perda da visão. Diagnóstico precoce e cuidados meticulosos com a doença são chaves para a prevenção da cegueira.
É muito importante fazer consultas frequentes ao oftalmologista e realizar sempre alguns exames de prevenção para evitar os sustos causados pelo glaucoma.


O Instituto de Olhos de Petrópolis, Clínica de Olhos Dr. Tannure, através de uma parceria dos Clubes de Lions de Petrópolis, estão criando esta oportunidade. No próximo sábado (29), será realizados exames gratuitos entre 9h e 13h. A clínica fica na Rua Dr. Miguel Detsi 35, esquina com a Rua Dr. Nelson de Sá Earp. O atendimento é por ordem de chegada.

Fonte: Diário de Petrópolis

segunda-feira, outubro 24, 2016

Justificativa eleitoral agora pode ser feita pela internet


O eleitor que não votar nem justificar no dia das eleições pode agora enviar a justificativa de ausência às urnas pela internet, no site do TRE-RJ. Para realizar o procedimento, é preciso estar inscrito em zona eleitoral do estado do Rio de Janeiro e preencher o requerimento de justificativa online, anexando documentos que comprovem o motivo da ausência, como atestado médico, por exemplo.


O prazo para a justificativa é de 60 dias após cada turno da eleição. Assim, o eleitor que faltou no 1º turno tem até o dia 1º de dezembro para dar entrada no pedido. Para quem não puder votar no segundo turno, o prazo termina em 29 de dezembro.


A justificativa será analisada pelo juiz eleitoral competente, que poderá deferir ou não a solicitação. O eleitor, então, será comunicado da decisão por meio do e-mail por ele cadastrado. Quem preferir, também pode entregar pessoalmente o requerimento de justificativa, em qualquer cartório eleitoral.

Consequências para quem não justificar

Quem deixar de votar e não se justificar incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral. Além disso, sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá, por exemplo, tomar posse em cargo público ou renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo, entre outros impedimentos.


O eleitor que não votar nem justificar em três turnos consecutivos e não quitar a multa devida terá sua inscrição cancelada e, após seis anos, excluída do cadastro de eleitores. As regras não se aplicam aos eleitores cujo voto seja facultativo (analfabetos, maiores de 16 e menores de 18 anos, maiores de 70 anos) nem aos portadores de deficiência física ou mental que torne impossível ou demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, que requererem, na forma da Resolução TSE nº 21.920/04, sua justificação pela ausência às eleições.

 Fonte: Diário de Petrópolis

 

domingo, outubro 23, 2016

Justiça autoriza multa a quem dirigir com farol desligado de dia em rodovias

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região liberou a cobrança de multas a motoristas que dirigirem em rodovias durante o dia com os faróis desligados.
A decisão, de 7 de outubro, é do desembargador federal Carlos Moreira Alves. O magistrado destacou que os órgãos de trânsito podem retomar a fiscalização somente nos trechos em que haja a devida sinalização.
"A decisão agravada não impede a aplicação de multas nas rodovias que possuem sinalização e que as indiquem como tais como as sinalizadas com placas características de identificação de se tratar de rodovia, sem possibilidade de dúvida razoável", escreveu o desembargador.
Nesta quinta (20), o Ministério das Cidades confirmou que, estando a rodovia devidamente sinalizada, o órgão de trânsito pode retomar a fiscalização, sem a necessidade de nova comunicação do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) ou da AGU (Advocacia-Geral da União).
Uma lei federal, em vigor desde 8 de julho, determinava que todos os carros estivessem com os faróis baixos acesos, mesmo durante o dia, ao trafegar em rodovias brasileiras. A multa era de R$ 83,15, uma infração média, com perda de quatro pontos na CNH do condutor.
Mas, em 2 de setembro, o juiz substituto da 20ª Vara Federal da capital, Renato Borelli, acolheu o argumento da ação movida pela ADPVAT (Associação Nacional de Proteção Mútua aos Proprietários de Veículos Automotores) e suspendeu os efeitos da chamada lei do farol, por considerar que as estradas brasileiras não possuíam a sinalização para alertar os motoristas sobre a obrigatoriedade.
Para a entidade, como as estradas não possuem sinalização suficiente, a penalização não poderia ser aplicada. A ADPVAT ponderava ainda que a legislação foi criada com fins arrecadatórios, em um desvio de finalidade. A decisão era liminar (provisória) e valeria para todo o país. Além disso, motoristas multados antes da decisão provisória da Justiça não teriam direito de obter ressarcimento dos valores cobrados por suas infrações.
Agora, o desembargador concordou com a suspensão da aplicação de multa onde houver dúvida sobre a sinalização, seguindo a decisão do juiz federal. Isso porque o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) estabelece que "não serão aplicadas sanções nos casos de insuficiência de sinalização".
HISTÓRICO
Antes da lei de julho deste ano, o Conselho Nacional de Trânsito já recomendava, desde 1998, que as luzes baixas do carro fossem acesas na estrada, independentemente da condição de luminosidade. "As cores e as formas dos veículos modernos contribuem para mascará-los no meio ambiente, dificultando a sua visualização a uma distância efetivamente segura para qualquer ação preventiva, mesmo em condições de boa luminosidade", afirma uma resolução do órgão.
Para especialistas, a medida pode trazer mais segurança, especialmente no começo da manhã e no final da tarde, períodos de menor luminosidade. Eles reforçam que é preciso investir na sinalização para distinguir as rodovias em perímetros urbanos de vias municipais.
No primeiro mês em vigor no país, a Polícia Rodoviária Federal aplicou mais de 124 mil multas a motoristas que trafegaram com farol baixo desligado nas rodovias federais. Essas infrações corresponderam a R$ 10,5 milhões em arrecadação. Para comparação, os dez primeiros dias de Lei Seca resultaram em somente 369 multas aplicadas pelo mesmo órgão nas estradas federais.
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Regras do Farol
Entenda a discussão
O que diz a lei? Que todos os carros devem andar com os faróis baixos acesos, mesmo durante o dia, em rodovias brasileiras. Antes, a prática só era obrigatória durante a noite e em túneis
Quando começou? No dia 8 de julho deste ano
R$ 85,13 É o valor da multa estipulada pela norma; a infração é considerada média, com penalidade de quatro pontos na CNH
124.180 multas foram emitidas pela Polícia Rodoviária Federal no primeiro mês da norma; no caso da Lei Seca, por exemplo, foram aplicadas 369 infrações em dez dias
R$ 10,5 milhões foram arrecadados com essas penalidades
Argumentos a favor Contran diz que cores e formas dos veículos modernos contribuem para mascará-los no meio ambiente, dificultando a sua visualização, mesmo em condições de boa luminosidade
Argumentos contra Para o juiz que barrou a lei, as estradas não possuem sinalização suficiente e, por isso, a penalização não pode ser aplicada. Ele diz também que é difícil saber quando se está passando por uma rodovia, já que muitas cidades brasileiras são cortadas por estradas 
Fonte: Diário de Petrópolis 

sábado, outubro 22, 2016

Justiça determina que empresas de ônibus cumpram o horário de sábado no 2º turno

Como consequência da denúncia feita pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), a justiça está notificando as empresas de ônibus para que cumpram o horário de sábado (mantendo 75% da frota em operação) no transporte coletivo no domingo, dia 30 de outubro, segundo turno da eleições. No primeiro turno, no dia 2 de outubro, as empresas não cumpriram a determinação da Companhia e os ônibus não circularam em horário de sábado, prejudicando eleitores que não conseguiram chegar aos locais de votação.

Segundo decisão do Tribunal Regional Eleitoral proferida no último dia 11, as empresas que não cumprirem a determinação da justiça responderão por crime de desobediência do Código Eleitoral, artigo 347, passível de prisão. No texto, os juízes eleitorais também solicitam que a CPTrans acompanhe em tempo real a operação dos ônibus.

– No primeiro turno, notificamos com antecedência todas as empresas de ônibus a operarem com o horário de sábado. Fomos pegos de surpresa quando as denúncias começaram a chegar informando que os coletivos não estavam cumprindo a nossa determinação. Essa decisão da Justiça Eleitoral é consequência das nossas denúncias e esperamos que as empresas de ônibus cumpram o que foi estabelecido. O importante é que os petropolitanos consigam sair de suas casas no dia 30 em direção aos locais de votação sem que haja transtornos no transporte coletivo – disse o presidente da CPTrans, Fernando Badia.
Fonte: Diário de Petrópolis 

sexta-feira, outubro 21, 2016

Concessionária realiza manobras técnicas para manter abastecimento


Os mananciais que abastecem a cidade tiveram uma queda de 25% na vazão, informou a Águas da Imperador, nesta quinta-feira (20). Por isso, a concessionária abriu os sistemas alternativos de Ponte de Ferro e Rio da Cidade, acionando 30% da vazão diária ao sistema. A empresa afirmou que esperava normalizar o abastecimento ontem mesmo. “O abastecimento das partes altas está sendo feito por meio de manobras técnicas, e esperamos que ao longo da noite o abastecimento esteja normalizado”, colocou, em nota.


De acordo com a concessionária, a combinação de calor intenso e falta de chuva é o motivo para a queda. De um lado, aumenta o consumo de água, de outro, não há reabastecimento dos mananciais. Outro problema foi o rompimento de uma adutora no Mosela, que é considerada a principal fonte de abastecimento da cidade porque atende a demanda do Centro. Esse rompimento aconteceu às 18h, da última segunda-feira (17) e o conserto foi encerrado à 1h, de terça (18).


Também foi nesse período, entre segunda e terça, que os problemas nos mananciais começaram a ser percebidos pela empresa. As partes mais altas da cidade acabaram sendo mais prejudicadas. Locais como Valparaíso, Coronel Veiga, Chácara Flora, e também no Mosela, Cascatinha e Rua 24 de Maio sofreram na noite passada. Houve moradores que relataram que não caiu uma gota na caixa d’água durante a noite.
A Águas do Imperador explicou que o abastecimento desses locais mais altos acontecem por bombas, que são acionadas automaticamente pelo volume e pressão de água nas redes. “Com a diminuição do volume e pressão, as bombas não são acionadas, e por isso Águas do Imperador realiza manobras técnicas, que consistem no fechamento da água para as partes baixas, para que se alcance volume e pressurização suficientes para abastecimento das partes elevadas”, esclareceu a empresa. Em toda cidade, são 196 sistemas de bombeamento de água, a partir de nove mananciais (sem contar os mananciais alternativos).
Além dessas manobras técnicas, a Águas do Imperador garantiu que reforça o abastecimento com caminhões-pipa em locais onde o acesso do veículo é possível. A concessionária não fala em racionamento, mas pede uso consciente da água. “Não faremos racionamento de água, mas é importante que nessas épocas especialmente as pessoas façam uso eficiente da água”, ressalta. Ou seja: não “varrer” calçadas com mangueira, não ficar com o chuveiro aberto enquanto se ensaboa, não lavar carros com mangueiras, não trocar água da piscina com frequência, não regar as plantas várias vezes ao dia, entre outras medidas que evitem o desperdício.


Caso o consumidor fique sem água, é possível entrar em contato com a concessionária pelos telefones: 115, 0800-024-1644, 3064-0000 ou 2103-5686.

Previsão de chuva amanhã

Segundo o Climatempo, a temperatura bateu a casa de 32 ºC no meio da tarde de ontem, com mínima de 20 ºC. O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espacial (CPTec/Inpe) prevê possibilidade de chuva de curta duração para esta sexta-feira (21), mas o dia terá predomínio do sol – as temperaturas vão variar entre 19 ºC e 26 ºC. Para amanhã (22), há previsão de chuva e uma queda pequena na temperatura, o que não se repetirá domingo (23).


Os meses mais quentes (entre o final de um ano e o início de outro) são os que mais chovem, exatamente o oposto do meio do ano.


No ano passado, a Águas do Imperador também teve problemas em outubro. O nível dos mananciais chegaram a ficar 30% mais baixos que o normal, naquela era, até então, segundo a concessionária, a mais severa estiagem na cidade em 20 anos. Petrópolis chegou a ficar 44 dias sem chuva em 2015, entre oito de setembro e 22 de outubro. A situação começou a melhorar próximo do fim do mês. O calorão deu uma trégua, o que ajudou a diminuir o consumo. Além disso, a empresa foi obrigada a adotar uma série de medidas emergenciais para garantir o abastecimento: instalação de reservatórios móveis, perfuração de novos poços, disponibilização de caminhões-pipa, entre outras.

Fonte: Diário de Petrópolis

quinta-feira, outubro 20, 2016

Preço dos combustíveis ainda não teve redução em Petrópolis


Mesmo com a redução de 3,2% no preço da gasolina nas refinarias, o preço do combustível segue alto nos postos em todo o país. Em Petrópolis, os preços continuam similares aos que eram praticados antes do desconto, com a gasolina variando entre R$ 4,09 e R$ 3,79 o litro.

A Petrobrás havia anunciado uma redução de cinco centavos no preço da gasolina e do óleo diesel. Mas a redução, que começou a valer no sábado (15), só afeta o preço nas refinarias. Quem se beneficia com a redução são as distribuidoras, que compram da Petrobrás e vendem aos postos.

Seria preciso que as distribuidoras e os postos de combustíveis repassassem o novo preço para que o consumidor sentisse a diferença. Os reajustes são o reflexo de uma nova política de preços aprovada pela empresa na quinta-feira (13), que quer diminuir o protecionismo aos combustíveis. O que a Petrobrás quer é rever os preços ao menos uma vez por mês para seguir o preço do mercado internacional.

A redução dos preços deveria ajudar a controlar a inflação. Nos últimos 12 meses, a gasolina subiu mais que a inflação oficial, encarecendo 9,77%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 8,48%.

Mas na prática isso não aconteceu, ao menos por enquanto. Para o consumidor, os preços continuaram iguais nas capitais. Nenhum posto de gasolina pesquisado pelo Diário reduziu os preços, e um deles ainda informou que a distribuidora nem chegou a repassar o reajuste ao posto.

Há motoristas que já perderam as esperanças sobre o preço dos combustíveis. O Diário falou com taxistas da cidade sobre o impacto da alta dos combustíveis, e encontrou uma categoria indignada com a situação.

- Isso nem anima mais a gente – disse Giovani Gouvêa, quando perguntado sobre o que pensava da redução prometida pelo governo. Ele também disse que gostaria que os taxistas tivessem algum desconto na compra de combustíveis.

- A gente presta um serviço. Acho que para utilidade pública deveria ser mais barato – afirmou.

O jeito de ganhar a vida é abandonar a gasolina. Os taxistas, em geral, preferem o gás natural veicular (GNV) e o etanol.

O que segura é o gás. Quem não tem gás está enforcado – disse o taxista Carlos Carvalho, que não se conforma com o preço dos combustíveis:

- O preço está um absurdo, não tem o que falar, uma pouca vergonha – reclamou.

Além do gás, o Etanol continua um pouco mais econômico que a gasolina. O Rio de Janeiro é um dos poucos estados onde o Álcool não ficou mais caro em outubro. Ao invés disso, os postos registraram queda de 2,53%. Até o dia 15 deste mês, os preços do etanol subiram em 18 estados.

Fonte: Diário de Petrópolis

quarta-feira, outubro 19, 2016

Rio Rural vai integrar avaliação internacional


O programa Rio Rural, da Secretaria de Agricultura, foi uma das iniciativas selecionadas pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês) para participar de uma avaliação sobre o impacto da iniciativa na solução de problemas ambientais no mundo. Este mês, a avaliadora Jeneen Reyes Garcia esteve no Rio de Janeiro, reunida com a equipe gestora do Projeto Rio Rural GEF, instituições parceiras e agricultores familiares.

 

Entre os projetos brasileiros selecionados para compor a avaliação, o Rio Rural GEF foi escolhido por ser uma ação multifocal, com resultados concretos na eficiência produtiva do setor agropecuário, conservação do solo, proteção da biodiversidade, dos recursos hídricos e formação de capital social. O projeto foi executado de 2006 a 2011, em comunidades rurais de 48 microbacias hidrográficas nas regiões Norte e Noroeste Fluminense.

 

Os resultados do Rio Rural GEF serviram de base para a expansão do programa no estado, abrindo caminho para novas iniciativas, como o projeto Recuperação e Proteção dos Serviços de Clima e Biodiversidade do Corredor Sudeste da Mata Atlântica brasileira.

 

Participação dos atores locais

 

A cientista ambiental Jeneen Garcia, que está conduzindo a avaliação do GEF, esteve com produtores rurais beneficiários do Rio Rural. Os encontros aconteceram com os agricultores nas microbacias Rio Cachoeira, em Magé, na Região Metropolitana, e Barracão dos Mendes, em Nova Friburgo, na Serra Fluminense.

 

Na ocasião, os agricultores puderam expor os resultados verificados no meio ambiente e nos setores sociais e produtivos.

 

– Com o programa, conseguimos melhorar nossa produção e comercialização, principalmente após as chuvas de 2011 – disse o produtor de Nova Friburgo, Hélio Muniz Cardoso.

O produtor Nei Araújo, da localidade de Rio Grande, acredita que a iniciativa fortalece o trabalho do Rio Rural.

 

– A avaliação permite saber como o programa está caminhando. E isso é bom para todo mundo: para nós, agricultores, para os técnicos da Emater-Rio e também para os próprios avaliadores – afirmou Nei.

Fonte: Diário de Petrópolis

terça-feira, outubro 18, 2016

Disque denúncia lança nova campanha de doação


No final de 2015 a crise havia chegado ao Disque-Denúncia. A instituição, sem fins lucrativos, que opera a base de contribuições de empresas e entidades, corria o risco de suspender as atividades e, através de uma campanha, solicitou ajuda à população. Com objetivo de continuar driblando a crise, o Disque-Denúncia pede novamente a ajuda direta da população. A contribuição é livre.

Em parceria com a Agência 11:21, foi criada uma campanha que começa a circular hoje na internet e nos próximos dias, em rádio e televisão, jornais e mobiliário urbano com espaço doado por veículos de comunicação, com o mote “O Rio de Janeiro precisa do Disque Denúncia e o Disque Denúncia precisa de você”. A expectativa é de que a campanha seja compartilhada pelos internautas e ajude a aumentar o número de doações. Os filmes foram produzidos pelas produtoras de filme Pixel e de som Nova Onda, além da gráfica MPV7.

Durante o início da crise econômica no Estado, a participação e ajuda da população foi fundamental. A instituição adotou um processo de contingenciamento, reduziu a carga horária de trabalho em 25% e houve diminuição no volume de recompensas. Com a participação da população e dos empresários o Disque Denúncia conseguiu os recursos necessários para continuar operando até agora.

Para o criador do Disque Denúncia, Zeca Borges, há 21 anos o apoio da população vem sendo fundamental no combate à violência. E neste momento mais uma vez ele espera que as pessoas façam a diferença: “O Disque-Denúncia é o canal de exercício de cidadania e de integração entre a população e as autoridades. Estamos sem recursos, mas não podemos desistir da nossa causa. Temos contado com ajuda de empresas e entidades, mas se a população acha que nosso trabalho é fundamental para o combate ao crime e à violência no Rio de Janeiro, gostaríamos de pedir mais uma vez que doassem o que puderem para nos ajudar na manutenção de nossos serviços, colaboradores e programas. Estamos sobrevivendo, mas ainda precisamos da sua ajuda”, comentou Zeca Borges.

No último ano, o Disque Denúncia recebeu mais de 107 mil denúncias de todos os tipos de crimes. Com essas informações recebidas pelo Disque Denúncia, a polícia conseguiu localizar um dos bandidos mais procurados do Estado, o “Fat Family”, morto durante operação policial em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Além dele, o Disque Denúncia, com informações repassadas à polícia, ajudou na captura de outros perigosos traficantes, como “Elias Maluco” (assassino do jornalista Tim Lopes), o “Peixe”, então líder do tráfico na Vila Aliança, “Fu” e “Claudinho da Mineira”, além do “Playboy da Pedreira”, que acabou morto em confronto com a polícia.

Entrando na era tecnologia, o Disque Denúncia passou a contar também com um aplicativo para que a população realize, de forma anônima, denúncias pelo smartphone, incluindo fotos e vídeos. O APP pode ser baixado nas lojas virtuais da Apple Store e Google Play.

Em 21 anos, mais de 2 milhões de denúncias levaram a polícia a apreender mais de 5 mil armas, mais de 15 mil quilos de drogas além de recuperarem cerca de 5 mil veículos roubados. O Disque Denúncia ainda conta com um núcleo que recebe informações sobre crimes ambientais, o Linha Verde, um núcleo de violência doméstica (que cuida especificamente de informações relativas à idosos, mulheres e crianças) e o núcleo de Desaparecidos. Segundo Borges, a chave do sucesso do serviço para ajudar a polícia a desvendar crimes é a informação diária. “Não se pode ter um policial em cada esquina, mas em cada esquina tem um cidadão que pode nos informar de um crime”, disse ele.

Para ajudar o Disque-Denúncia, a população pode doar online (http://disquedenuncia.org.br/doacoes), pelo telefone (21) 2518-1920 ou fazer um depósito bancário na conta corrente da instituição (Banco Bradesco / Instituto MovRio / Agência 3176-3 / CC 0421460-9/ CNPJ 043463480001/96)

Fonte: Diário de Petrópolis

segunda-feira, outubro 17, 2016

INTERAÇÃO COM ANIMAIS SILVESTRES PODE TRAZER RISCOS PARA HUMANOS


As recentes notícias sobre primatas encontrados mortos e/ou doentes na cidade do Rio de Janeiro trouxeram à tona a velha questão - sempre muito debatida - da interação homem x primatas, que muitas pessoas insistem em vivenciar.

Os primatas são os animais que mais se assemelham aos humanos. Muitos de nossos agentes causadores de doenças, atingem estes animais, assim como o caminho inverso. De acordo com o especialista em animais silvestres, Francisco Vilardo, que atende na Clínica Amigo Bicho, na Montecaseros, as herpesviroses são  apenas  uma das possibilidades de problemas que podem acometer tanto os humanos, quanto os macacos e saguis.

“Um agravante, em se tratando de herpesvírus, é que um tipo desse agente patológico pode passar do homem para o animal, se potencializar no bicho e voltar para o ser humano, causando uma doença letal”, explica.

Por isso, por maior que seja o amor e a compaixão pelos animais, não se deve - em se tratando de animais silvestres - tentar uma aproximação à espécies não domésticas. O simples fato de alimentá-los em parques, praças ou nos quintais, pode acarretar sérios prejuízos à saúde deles ou aos humanos. Sem contar a possibilidade de uma agressão, em uma tentativa de captura com intenção de socorrê-los. Somente pessoas treinadas e capacitadas para este fim, devem fazê-lo.

Mesmo com casos encontrados em alguns bairros do Rio de Janeiro, como Tijuca, Quintino, Jardim Botânico e Cosme Velho, a doença só chegaria em Petrópolis trazida por uma pessoa ou primata, que tivesse tido contato com esses animais.

“Entretanto, é preciso alertar que pessoas doentes daqui da cidade, também podem transmitir a doença para os animais daqui da região. Pessoas adquirindo animais de feiras clandestinas também podem introduzir a doença no município”, adverte Vilardo.

“É preciso deixar que eles vivam suas vidas sem interferir. O animal não procura contato, a não ser que seja estimulado. Pessoas que cismam em colocar alimento para animais (quaisquer que sejam eles) atraem os mesmos para o convívio estreito. Animal silvestre é para ser observado de longe”, orienta.

Animais têm  agentes patógenos em seus organismos em equilíbrio, sem causar doença. Alguma situação de stress pode levar ao aparecimento de um surto. Muitas vezes um animal, doente ou machucado, é encontrado desta forma pois é a maneira que a natureza encontra para fazer o controle das espécies. 

Fonte: Tribuna de Petrópolis

domingo, outubro 16, 2016

FMP/Fase promove 22ª Semana Científica

De 18 a 21 de outubro, a Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase) vai promover a 22ª edição da Semana Científica. Este ano, o tema central do evento levanta um importante questionamento da sociedade, que é discutido nos setores políticos, econômicos, nas áreas da saúde e acadêmica: Você tem fome de quê?
As atividades oferecem palestras, com variados assuntos relacionados à área da saúde, conhecimento, pesquisa, cultura, cine debate, cursos, exposição de artigos científicos, entre outros. A abertura do evento, no dia 18, às 18h, conta com a participação da antropóloga, mestre em Antropologia Social, Moema Miranda, que vai ministrar uma palestra abordando o tema da Semana Científica.
“Vivemos tempos desafiantes. As crises ambientais e sociais alcançaram dimensões inéditas. A ponta mais visível no aspecto ambiental vem, certamente, dos dados sobre o aquecimento climático global, que ameaça as condições de vida no planeta. Em relação aos desafios sociais, são produzidos sistematicamente dados que indicam a concentração crescente de renda, com o consequente crescimento da pobreza e da fome. Diferente de outros momentos de “crise apocalíptica”, agora os dados vêm das ciências, são alarmantes e públicos. O aumento da fome, bem como sua solução, deveriam ser pensados dentro deste quadro mais amplo”, explica a antropóloga.
Este ano, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia irá explorar o tema "Ciência alimentando o Brasil". Já na FMP/Fase, o objetivo é provocar a sociedade para a questão "Você tem fome de quê?", pois além da nutrição, é possível entender essa fome como a ânsia por uma sociedade mais igualitária, serviços de saúde adequados, dentre outras questões que merecem ser discutidas. Desta forma, a ideia é debater os temas relacionados às condições de vida da população para entender: como a ciência pode contribuir para o desenvolvimento sustentável de uma nação?
“A sociedade humana tem hoje um enorme poder no planeta. Maior do que em qualquer outro período, desde que surgimos como espécie. Alguns cientistas afirmam que vivemos a era geológica do “antropoceno”, onde a forma como nossa espécie se relaciona com o planeta interfere em suas bases geológicas mais profundas. Sendo as causas humanas as responsáveis pelas crises ambientais e sociais que vivemos, somos também os que poderemos encontrar alternativas que mudem o rumo das coisas. Não estamos condenados à destruição, mas uma escolha de mudanças de rumo implica em alterações muito profundas de padrões econômicos, culturais, sociais, espirituais, etc”, ressalta Moema Miranda.
Profissionais de diferentes áreas de atuação estarão presentes no evento para conversar, debater e explicar os assuntos relevantes, tendo como base o tema central proposto para reflexão. Para participar das atividades é necessário realizar a inscrição no site: www.fmpfase.edu.br, onde também é possível ter acesso à programação completa da XXII Semana Científica. 
Fonte: Diário de Petrópolis 

sábado, outubro 15, 2016

No Rio de Janeiro, 286,2 mil meninos serão vacinados contra HPV a partir de 2017

Imunização a partir de 2017 vai reduzir a propagação do vírus no país. Adolescentes de 12 e 13 anos, de ambos os sexos, vão receber ainda vacina contra meningite C. Economia gerada pela gestão do Ministério da Sade permitiu a inclusão desse público
O Brasil será o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunizações. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta terça-feira (11), em Brasília (DF). A partir de janeiro do próximo ano, o Ministério da Saúde passa a disponibilizar a vacina contra o HPV para a população masculina de 12 a 13 anos na rotina do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). No Rio de Janeiro, serão 275,5 mil meninos beneficiados de 12 e 13 anos, além de 10,6 mil jovens entre 9 e 26 anos vivendo com HIV/aids.
“A inclusão dos adolescentes faz parte de um conjunto de ações integradas que o Ministério da Saúde tem realizado com o objetivo de conseguir mais resultados com os recursos financeiros já disponíveis. A ampliação da vacina é mais um avanço que conseguimos fazer, aproveitando essa redução de doses no grupo das meninas para ampliar a oferta também para os meninos. É muito importante a inclusão dessa faixa-etária. Precisamos estimular esta faixa a participar das mobilizações para vacinação”, destacou o ministro Ricardo Barros. 

A faixa-etária do público-alvo será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos os meninos com 9 anos até 13 anos. A expectativa é imunizar mais de 3,6 milhões de meninos em 2017, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos vivendo com HIV/aids, que também passarão a receber as doses. Para isso, o Ministério da Saúde está adquirindo seis milhões de doses, ao custo de R$ 288,4 milhões. Não haverá custos extras para a pasta, já que neste ano, com a redução de três para duas doses no esquema vacinal das meninas, o quantitativo previsto foi mantido, possibilitando a vacinação dos meninos. Assim, o Ministério continua com a mesma determinação, que é de fazer mais com os mesmos recursos financeiros.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante, essa ação mostra a importância do Calendário Nacional de Vacinação para reduzir as doenças imunopreveníveis. "A ampliação do acesso à vacinação, que é uma ação da atenção básica, pode impactar na alta complexidade, com a redução dos casos de câncer. Além disso, essa estratégia vem ao encontro da decisão de tornar a gestão mais eficiente e fazer mais com os mesmos recursos", ressaltou. 
Já a ampliação da vacina contra meningite C para os adolescentes, de ambos os sexos, só foi possível a devido à economia de R$ 1 bilhão nos primeiros 100 dias do governo, a partir da revisão de contratos e redução dos valores de alugueis e outros serviços. Parte desses recursos, R$ 227 milhões, está sendo investida na produção nacional da vacina pela Fundação Ezequiel Dias e, assim, na ampliação da oferta.
Foram adquiridas 15 milhões de doses, a um custo de R$ 656,5 milhões. O objetivo é reforçar a eficácia da vacina meningocócica C, uma vez que, com o passar dos anos, pode haver diminuição da proteção após a imunização, que acontece na infância. A vacinação será ampliada para adolescentes (sexo feminino e masculino) de 9 a 13 anos, gradativamente, entre 2017 e 2020. No próximo ano, serão incluídos adolescentes de 12 a 13 anos e, a cada ano, será acrescida nova faixa etária em ordem decrescente.
A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes. No estado do Rio de Janeiro, o público-alvo será de 542,8 mil meninos e meninas. Além de proporcionar proteção aos adolescentes, a ampliação alcançará o efeito protetor da imunidade rebanho; ou seja, a proteção indireta das pessoas não vacinadas em decorrência da diminuição da circulação do vírus. O esquema vacinal para esse público será de um reforço ou uma dose única, conforme a situação vacinal.
“É muito importante que os pais tenham a consciência de que a vacinação começa na infância, mas deve continuada na adolescência. Pais e responsáveis devem ter, com os adolescentes, a mesma preocupação que têm com as crianças. A proteção vai ser muito maior se nós ampliarmos, cada vez mais, o calendário de vacinação da nossa população”, afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, Carla Domingues.
Atualmente, essa vacina é ofertada no SUS para crianças, aos três, cinco e 12 meses. A média anual de cobertura é de 95%, tendo alcançado em 2015 o índice de 98,2%. A meningite, processo inflamatório das meninges - membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal - é uma doença considerada endêmica no Brasil. Em 2015, foram registrados 15,6 mil casos de diferentes tipos em todo o país.  A meningite C é o subtipo mais frequente da doença, e representa cerca de 60% a 70% dos casos de meningite. A doença é considerada grave e de rápida evolução. A vacina é a principal forma de proteção e é recomendada pelo Comitê Técnico Assessor de Imunizações e das Sociedades Brasileiras.
COMO SERÁ A OFERTA DA HPV - O esquema vacinal para os meninos contra HPV será de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Para os que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.
Atualmente, a vacina HPV para meninos é utilizada como estratégia de saúde pública em seis países (Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá). Portanto, o Brasil assegura a sétima posição e a vanguarda na América do Sul. A vacina é totalmente segura e aprovada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A decisão de ampliar a vacinação para o sexo masculino está de acordo com as recomendações das Sociedades Brasileiras de Pediatria, Imunologia, Obstetrícia e Ginecologia, além de DST/AIDS e do mais importante órgão consultivo de imunização dos Estados Unidos (Advisory Committee on Imunization Practices). A estratégia tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. A definição da faixa-etária para a vacinação visa proteger as crianças antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus. 
A vacina disponibilizada para os meninos será a quadrivalente, que já é oferecida desde 2014 pelo SUS para as meninas. Confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal. Vale ressaltar que os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal são atribuíveis à infecção pelo HPV.
MENINAS DE 14 ANOS – Também a partir de 2017, serão incluídas na vacinação do HPV as meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses. A estimativa que 500 mil adolescentes estejam nessa situação. Atualmente, a faixa etária para o público feminino é de 9 a 13 anos. Desde a incorporação da vacina no Calendário Nacional de Vacinação, em 2014, já foram imunizadas 5,7 milhões de meninas com a segunda dose, completando o esquema vacinal. Este quantitativo corresponde a 46% do total de brasileiras nesta faixa etária.
Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus. O HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da OMS indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do vírus, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18.  Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 265 mil mulheres morrem devido à doença em todo o mundo, anualmente. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima 16 mil novos casos.
Para a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde promoveu Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Butantan. A transferência está sendo feita de forma gradual e tem reduzido o preço ano a ano. Até 2018, a produção da vacina HPV deverá ser 100% nacional.
Fonte: Diário de Petrópolis