quinta-feira, janeiro 31, 2008

quarta-feira, janeiro 30, 2008

terça-feira, janeiro 29, 2008

Oferta de emprego

Um desempregado comparece ao SINE para ver se havia algum emprego para ele.
Chegando lá, viu um cartaz escrito "Precisa-se de assistente de ginecologista".
Ele foi ao balcão e perguntou pelo trabalho.
- "Pode me dar mais detalhes?"
E o funcionário:
- "Sim senhor. O trabalho consiste em aprontar as pacientes para o exame. Você deve ajuda-las a se despir e, cuidadosamente, lavar suas partes genitais. Depois você faz a depilação dos pelos púbicos com creme de barbear e uma gilete novinha. Depois esfrega gentilmente óleo de amêndoas doces, de forma a que elas estejam prontas para o ginecologista.
O salário mensal é de R$ 4.500,00 com carteira assinada e demais benefícios, mas você deve ir até Nova Iguaçu".
- "Puxa, é meio longe ; são quase 60 km do Rio! É lá o emprego?"
- "Não, é onde está o fim da fila "...

segunda-feira, janeiro 28, 2008

105oDP abre inquérito contra licitação dos pardais

A instalação de radares virou caso de polícia. O Ministério Público determinou e o delegado titular da 105a DP, José Renato Magnani Chernicharo, mandou registrar o inquérito contra o presidente da CPTrans. A polícia vai investigar se houve os crimes previstos pelos arts. 89 e 93 da Lei no 8.666/93, que trata de dispensa ilegal e fraude à licitação, na contratação na empresa paulista Engebrás, para instalação e manutenção de radares em 20 pontos da cidade – cinco em funcionamento e outros 15 em fase de instalação e testes.

A determinação do Ministério Público atende representação do ex-vereador Paulo Pires. "Na primeira contratação da empresa paulista, relativa ao radar da Rua Ipiranga, a CPTrans dispensou ilegalmente o certame de licitação e contratou diretamente aquela empresa", disse o ex-vereador. Na outra contratação, para a colocação de 10 outros pardais (Itaipava, Correas, Barão do Rio Branco, Coronel Veiga, Washington Luiz e Monsenhor Bacelar), "ocorreu licitação fraudulenta", segundo consta da representação que o ex-vereador endereçou ao Ministério Público.

A representação se baseia no fato de a CPTrans ter adotado a modalidade de licitação por tomada de preço, que a lei reserva para contratações no valor máximo de 1,5 milhão de reais, enquanto o contrato com a Engebrás terá um custo final bem superior a este limite, pelos cálculos do ex-vereador usando como parâmetro dados divulgados pela própria empresa. "A empresa recebe R$ 38,00 (trinta e oito) reais por multa efetivamente paga à CPTrans", disse o ex-vereador Paulo Pires, completando. "É só fazer a conta".

Além desta representação criminal, Paulo Pires também ajuizou ação popular pleiteando a anulação das multas emitidas pelos pardais e ao ressarcimento do prejuízo sofrido pela CPTrans e pelo Município. O processo está tramitando na 4a Vara Cível de Petrópolis e o ex-vereador Paulo Pires tem absoluta certeza que seu pedido será deferido: "É impossível que a Justiça não reconheça a fraude destas contrações. Ela é gritante e indisfarçável", garante ele.

Na 105a DP, as informações são que o presidente da CPtrans será intimado a prestar depoimento e apresentar a documentação dos contratos com a Engebrás logo após o Carnaval. O prazo para a conclusão do inquérito é de 60 dias e termina no próximo dia 7 de março.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Termina hoje desconto para pagamento de cota única do IPTU 2008

Quem pretende pagar o Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU – 2008 com cota única só tem até a tarde de hoje para conseguir o desconto de 15%. Esse prazo vale também para os comerciantes da Rua do Imperador que tem direito a descontos no imposto. A Secretaria de Fazenda informou que já foram entregues mais de 96 mil carnês, entretanto, quem não tiver recebido poderá imprimir o talão pela Internet, através do site da Prefeitura, ou procurar um dos quiosques espalhados pela cidade. Os donos de lojas do lado ímpar da Rua do Imperador que tiverem em dia com as obrigações fiscais terão isenção total do imposto de 2008, e os comércios de galerias devem receber desconto de 50%, desde que eles façam o pagamento da cota única carnê até hoje, dia do primeiro vencimento. Conforme declarou a Secretaria de Fazenda, a medida serve para diminuir possíveis transtornos causados pelas obras de reurbanização do Centro Histórico.

Contudo, a procura por informações na sede da Secretaria de Fazenda está bem menor do que a encontrada antes do Natal, quando estava sendo feito recálculo e parcelamento de dívidas antigas. Para Marcelo Quintanilha, diretor de arrecadação, isso ocorre devido à facilidade das pessoas em conseguir o carnê.

"Naquela época, as pessoas tinham que vir aqui, porque precisavam fazer parcelamento, recálculo e assinar o termo de compromisso com o pagamento da dívida com o novo valor. Mas agora só quem receber o carnê e não tem Internet mesmo que vem aqui. E as pessoas ainda podem procurar os quiosques espalhados pela cidade.", explicou Marcelo.

De acordo com ele, ainda não é possível ter uma estimativa de quantas pessoas aderiram ou ainda devem aproveitar o desconto. "A gente só deverá ter uma posição lá para o dia 28, quando os bancos enviarão um relatório dos pagamentos.", revelou. Além disso, os proprietários de imóveis ainda podem fazer o pagamento com 10% de desconto até o dia 25 de fevereiro. Outra opção é o parcelamento das cotas em até 12 vezes.

Para outras informações sobre a quitação do IPTU acesse o site da Prefeitura - www.petropolis.rj.gov.br, ou comparecer na Secretaria de Fazenda, na Rua 16 de Março no. 183, das 10h às 18h30.

Coordenada 1: Próximo ano terá mais descontos

Em 2009, os comerciantes da Rua do Imperador devem ter novamente isenção no pagamento da cota única do IPTU. Mas dessa vez eles terão que trabalhar um pouquinho mais. Segundo a lei municipal número 6488, publicada no dia 22 de novembro de 2007, recebem os benefícios os donos de lojas ou sobrados de ambos os lados da Rua do Imperador que pintarem a fachada e adaptarem os imóveis para a ligação do sistema subterrâneo para entrada da rede elétrica, telefônica e de dados.

As reformas deverão ser realizadas até 14 de março, dia em que também vence o prazo para que os comerciantes solicitem o desconto na Secretaria de Fazenda. Entretanto, será preciso comprovar, através da apresentação de recibos fiscais, que "a aquisição de material e mão de obra foram realizadas com empresas e/ou profissional estabelecido do Município de Petrópolis".

Além do mais, ficarão fora da isenção os imóveis em que forem exercidas atividades bancárias, onde estão situadas instituições financeiras e similares, assim como os estabelecimentos no qual a empresa responsável não tenha matriz estabelecida no município.

Ainda para quem adquirir o primeiro imóvel próprio nesse ano de 2008, e comprovar que ele será usado para moradia do dono, será concedido desconto de 50% no IPTU pelo período de cinco anos. Além da isenção de 100% do Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis e Direitos a Eles Relativos – ITBI.

Coordenada 2: Imóveis com dívida ativa poderão ser leiloados pela Prefeitura

Os donos de imóveis da cidade que estão com o pagamento de IPTU atrasado precisam ter mais atenção. A Prefeitura de Petrópolis já cedeu 12 estagiários para o Tribunal de Justiça, a fim de agilizar ainda mais o sistema de cobranças da dívida ativa. Essa medida foi tomada depois de convênio firmado entre o prefeito Rubens Bomtempo e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, José Carlos Murta Ribeiro.

"É todo um processo de cobrança, penhora, leilão, que antes levava um ano e agora deverá demorar apenas cerca de alguns meses", explicou o diretor da Fiscalização Tributária, Delmir Custódio da Silva.

Com isso, o Município espera realizar o leilão de cerca de 300 imóveis em que os proprietários estão inadimplentes com o pagamento de impostos municipais. Entretanto, de acordo com ele, os proprietários ainda podem dividir as dívidas de IPTU atrasados. É que o prazo para o parcelamento com desconto de 100% nos pagamentos à vista foi prorrogado até o dia 30 de abril.

Sendo assim, o procurador-geral do Município, Sebastião Médici, recomenda às pessoas que evitem a cobrança judicial, porque além de correrem o risco de perderem o imóvel, elas ainda terão que arcar com as custas do processo, como os honorários dos advogados. Conforme ele informou, a Secretaria de Fazenda permite o pagamento sem juros e parcela o débito em até 20 anos. São 240 meses com parcelas mínimas de R$ 15,00.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Vacinação Febre Amarela

Secretaria de Saúde não registrou nenhum caso de febre amarela até agora na
cidade de Petrópolis

Mesmo com a declaração do ministro da Saúde, José Temporão, de que não há
epidemia de febre amarela no país, cresce a preocupação da população com a
doença, fazendo com que muitas pessoas procurem os postos de saúde. A
Secretaria Municipal de Saúde informou que faz o acompanhamento diário da
doença no município e até o momento não foi registrado nenhum caso da
doença.
De acordo com a secretaria, em Petrópolis a vacinação é feita no Instituto
da Mulher, da Criança e do Adolescente (Centro de Saúde), na Rua Santos
Dumont, no Centro. A vacina é aplicada apenas para os cidadãos que vão
viajar para áreas de risco, e crianças acima de nove meses podem ser
vacinadas levando a carteira de vacinação.
Uma norma do Ministério da Saúde recomenda a vacinação, no mínimo, dez dias
antes da viagem, para os que se deslocarem para todos os estados e
municípios das regiões Norte e Centro-Oeste, para todos os municípios do
Maranhão e Minas Gerais, para os municípios localizados ao sul do Piauí,
oeste e sul da Bahia, norte do Espírito Santo, noroeste de São Paulo e oeste
dos estados do Paraná, de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Esta medida
foi tomada desde 2003, quando o ministério implantou a vigilância de
epizootias.
A febre amarela pode ser transmitida por dois vetores, o Aedes aegypti e o
Aedes haemagogus. Nas regiões urbanas, a doença, que tem preocupado as
populações de Goiás e do Distrito Federal, é transmitida pelo mosquito Aedes
aegypti, o mesmo transmissor da dengue. O haemagogus é um inseto que mantém
o ciclo do vírus apenas nas regiões silvestres do país. Por este motivo,
quem for acampar ou viajar para regiões onde há risco da doença deve tomar a
vacina. O professor Paulo Zanotto, do Instituto de Ciências Biomédicas da
Universidade de São Paulo (USP), explicou que nas florestas brasileiras os
macacos são contaminados pelo haemagogus e que transmissão do vírus para
humanos é mediada pelo Aedes aegypti, podendo levar a um surto urbano.
Não existe nenhum risco de epidemia de febre amarela no Brasil, nem do
retorno da febre amarela urbana, segundo afirmou o ministro da Saúde, José
Gomes Temporão. "A situação está absolutamente sob controle, não existe
nenhum risco de epidemia", garantiu ele durante entrevista no Ministério da
Saúde.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, desde 1942 o país não tem caso
de febre amarela urbana. "Existem apenas casos de febre amarela silvestre, e
as autoridades sanitárias, o Ministério das Saúde, as secretarias estaduais
e as secretarias municipais estão acompanhando, monitorando, controlando,
vacinando, informando adequadamente", explicou o ministro Temporão.

terça-feira, janeiro 22, 2008

segunda-feira, janeiro 21, 2008

400 assinantes ficam sem telefone devido a furto de cabos

Quatrocentos assinantes da empresa de telefonia Oi Fixo (antiga Telemar) ficaram sem telefone devido ao furto de 20 metros de cabo, na BR-040, próximo à entrada do Bairro Duques, Quitandinha. A fiação foi retirada na madrugada de ontem e até à tarde, os moradores não tinham linha telefônica. A Relacon – que faz a manutenção da rede - informou que a empresa teve um prejuízo de R$ 700, só para as trocas de cabo. Esse já é o segundo furto no bairro em menos de uma semana.

Segundo Carlos Fernandes, supervisor da Relacon, o prejuízo é alto. "Eles roubaram 20 metros, só sobrou 10 por que era um lance de 30. Além do dinheiro dos cabos, temos que deslocar funcionários que estavam de folga, o que aumenta as despesas. E também 400 assinantes ficaram sem telefone. Mas já estamos acostumados. Esses furtos são muito comuns na cidade. Temos chamados quase que dia sim dia não. Normalmente são em bairros como Duarte da Silveira e Fazenda Inglesa, eles roubam para vender o cobre em ferros-velhos", informou.

Devido ao furto, todos os moradores do Castelo Country Club, que tem em torno de 50 casas, ficaram sem telefone. "Isso é um absurdo. Ano passado teve 11 ocorrências só aqui no bairro. Em 2008 já são dois, em um espaço pequeno de tempo. Liguei de meu celular para o 0800 da empresa e o telefone não aceitava ligação de aparelhos móveis. Não sabia de onde ligar então, se o fixo não estava funcionando. Já informei diversos órgãos públicos, polícia, e eles não fazem nada. Estão prejudicando muita gente, temos médicos, advogados e pessoas aqui com profissões que exigem um telefone à disposição. Estão perdendo pacientes e clientes. Além disso, alguém pode passar mal e não vai ter como pedir ajuda, por que muitos ainda não usam celular. Já fomos até entregar uma carta ao coronel do 26o Batalhão (de Polícia Militar), para tentar resolver o problema", disse, indignada, a síndica do Castelo, a aposentada Eliana Scheurer.

Já outro morador, o médico Luís Augusto Veríssimo, informou que a alternativa seria acabar com os diversos fatores que propiciam os furtos. "O mato próximo à entrada do Castelo é muito alto, refúgio fácil para os bandidos. Iluminação também é muito ruim, parece que tudo está abandonado. Ninguém toma providencia. As pessoas já estão fazendo um motel barato na rua, parando os carros nos lugares mais escuros. Ficamos até com medo, por que não sabemos qual a finalidade dos carros parados lá. Pode ser até para assaltar", completou.

domingo, janeiro 20, 2008

Mais acidentes na BR-040


Uma pancada de chuva foi o suficiente para que, em menos de 30 minutos, três novos acidentes fossem registrados na pista sentido Rio e Janeiro da BR-040, na altura da Fazenda Inglesa. Os acidentes aconteceram entre os quilômetros 69 e 72 e mobilizaram as equipes de resgate da Concer. O primeiro chamado foi registrado por volta de 16h20, quando a Picape, branca, modelo S-10, placa ANH 5586, de uma empresa que presta serviços para a distribuidora de energia Light capotou na altura do quilômetro 69 da descida da serra. De acordo com a concessionária, o motorista teve ferimentos leves e foi encaminhado ao Hospital Santa Teresa (HST).

Minutos depois, na altura do quilômetro 72 da mesma pista, o motorista da Fiorino branca, placa KQR 0697, a serviço da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, perdeu o controle do veículo, que também acabou capotando. No carro, estavam o motorista e uma mulher; os dois tiveram ferimentos leves e foram levados para o HST. O terceiro acidente aconteceu na altura do quilômetro 71 e envolveu um Fusca, bege, sem placa. Três homens que estavam no veículo foram atendidos e liberados no local. Em todos os casos, as identidades das vítimas não foram divulgadas pela concessionária.

No início da noite de anteontem a chuva, que pegou de surpresa os motoristas na serra, já havia causado três acidentes consecutivos na altura do quilômetro 68 da pista sentido Juiz de Fora. Os acidentes, que aconteceram por volta das 18h nas proximidades do Colégio Adventista, envolveram um Fiat Pálio, um Volkswagen Santana e um Peugeot. Na ocasião a Concer também não forneceu a identificação dos veículos e dos ocupantes dos carros, que de acordo com a concessionária saíram ilesos dos acidentes.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Queda de árvores, acidentes e engarrafamento na BR-040

A forte chuva que atingiu a cidade no início da noite de ontem provocou queda de árvores e acidentes ao longo da BR-040. Na altura do quilômetro 68 da pista sentido Juiz de Fora, três acidentes consecutivos foram registrados. As ocorrências, que envolveram um Fiat Pálio, um Volkswagen Santana e um Peugeot aconteceram por volta de 18h, nas proximidades do Colégio Adventista. A Concer não forneceu a identificação dos veículos e dos ocupantes, que de acordo com a concessionária saíram ilesos dos acidentes.

A intensidade das chuvas provocou ainda queda de árvores nas pistas de subida e descida da serra. Na altura do quilômetro 97, algumas árvores caíram e em conseqüência disto, por volta de 18h30 o trânsito ainda fluía pelo acostamento no trecho. Na pista sentido JF, árvores caíram na altura do quilômetro 99. Com isso, por volta de 19h o transito ainda era intenso no trecho entre os quilômetros 99 e 103 da pista em direção a Juiz de Fora.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Pardais!!!

Devido ao grande número de multas que meus amigos e
familiares sofreram busquei algumas informações, porém
estas só valem para a Estrada União e Indústria. Já
entrei com alguns recursos (defesa prévia) no fim de
outubro de 2007, e até o momento não recebi a
confirmação das multas através da cobrança.
Segue abaixo parte da minha sustentação.

A aplicação da autuação, no caso, perde seu fundamento
legal, considerando as circunstâncias e a motivação,
pois, segundo o DNIT trata-se de uma Estrada Federal
cuja responsabilidade é do Governo Federal, sendo
assim a CPTRANS e a Prefeitura Municipal não podem
intervir sem o devido respaldo da Justiça.

Além dos fatos expostos, existe também a
possibilidade, segundo o CTB da conversão da infração
em advertência por escrito, em caso de infração média
conforme art. 267 do CTB:

"Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de
advertência por escrito à infração de natureza leve ou
média, passível de ser punida com multa, não sendo
reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos
doze meses, quando a autoridade, considerando o
prontuário do infrator, entender esta providência como
mais educativa."

Diante do exposto, requer o cancelamento da infração,
por ser medida de justiça.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Audiência para discutir instalação de condomínio em Itaipava

No próximo dia 23 será realizada uma audiência pública para apresentação e discussão do relatório de Impacto ambiental (RIMA), com relação ao requerimento de licença prévia para a instalação de um empreendimento de grande porte na altura do quilômetro 56 da pista sentido Juiz de Fora da Br-040. O empreendimento denominado "Terras de Itaipava" está sendo desenvolvido pela empresa Fazenda Itaipava Ltda. De acordo com o edital publicado no Diário Oficial do Estado, a intenção da empresa é implementar um condomínio residencial unifamiliar composto de 80 lotes, condomínio multifamiliar com cerca de 72 unidades, condomínio residencial Eco-Resort com cerca de 72 unidades, restaurante, centro de convenções e Heliponto.

O edital publicado pela Comissão Estadual de Controle Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente diz que a audiência será presidida por Antônio Carlos Freitas de Gusmão e secretariada por Fernando Villela Mafra Moreira Lopes. A reunião está marcada para as 19h do dia 23, na Arcádia Pousada de Lazer, situada na Estrada União e Indústria 10.126, em Itaipava.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Comissão não dá conta de analisar recursos de multas

Foi publicado no Diário Oficial do dia 28 de dezembro, a resolução do diretor-presidente da CPTrans, Eduardo Áscoli, em que aumenta de três para cinco o número de membros da Comissão de Análise de Defesa de Autuação. Há rumores de que a alteração foi feita devido a um suposto aumento da quantidade de multas aplicadas pelos pardais, e que os antigos membros da comissão não estariam dando conta de avaliar os recursos dos motoristas.

A junta é constituída de um presidente, quatro membros e mais dois suplentes. Foram nomeados para os cargos: Roberta da Costa Fonseca (presidente); Mauro de Oliveira França, Fernanda de Oliveira Mussel, Luana Soliani Castro e Maria Cristina Barbosa dos Santos (membros). Solange da Silva e Luana de Nazaré Farias, são, respectivamente, primeira e segunda suplente.

Apesar de questionada sobre o possível aumento das multas, e a dificuldade que a comissão estaria tendo para fazer a avaliação de todas elas, a assessoria de Imprensa da Prefeitura não respondeu até o fechamento dessa edição.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Cidade imperial

Adesivo em Petrópolis depois da instalação de muitos pardais de multas de trânsito (nada contra): “Conheça Petrópolis... de charrete!”

sexta-feira, janeiro 11, 2008

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Petropolitanos aderem aos adesivos contra multas

Não são apenas os turistas que andam colocando adesivos nos carros e entram em comunidades de sites de relacionamento contra os radares da cidade. Uma cidadã petropolitana colou no carro dela um adesivo com os dizeres "Visitei Petrópolis e fui multado". No orkut, são duas as comunidades dedicadas ao assunto: Petrópolis – capital da multa, e Ganhei uma multa em Petrópolis.

Moradora do bairro Castelânia, Sueli Prado, de 44 anos, revelou que ganhou o adesivo do cunhado, mas não sabia onde ele tinha conseguido, ou se existaia alguma organização por trás da distribuição. As multas recebidas por ela foram de Itaipava, logo que os pardais teriam sido instalados.

"Tinha uma placa, mas estava no canto. E como costumo passar sempre pelo mesmo lugar nem reparei. Um dia não tem nada, e no outro tem um pardal e a gente recebe uma multa", contou.

Ela disse ainda que um amigo chegou a receber R$ 600,00 de multas, e já até teria perdido a carteira. E se mostrou contra a forma como foram colocados os radares, dizendo que deveria ter sido feita uma campanha antes, avisando os motoristas.

Coordenada - Radares já têm histórico de descontentamento

O problema dos pardais não é de hoje. Desde a colocação, em outubro do ano passado, eles vêm causando polêmica entre turistas, moradores da cidade, taxistas e políticos. Alguns são a favor, dizendo que eles ajudam a diminuir os acidentes nas ruas da cidade, outros são contra, e consideram que esta seria apenas uma medida para Prefeitura arrecadar mais dinheiro, e chamam os pardais de ‘indústria de multas’.

Avaliando que o projeto dos pardais é absurdo, e chegando a afirmar que a licitação para a escolha de empresa responsável pelos radares foi fraudada, o ex-vereador Paulo Pires entrou com uma ação pública, na Justiça, ainda durante o plantão do dia 29 de dezembro. No processo ele pede o cancelamento do contrato entre a CPTrans e a Engebrás S/A, além da suspensão das multas aplicadas, até que a haja o resultado do julgamento.

Devido à polêmica, o prefeito Rubens Bomtempo chegou a dizer que os radares serão retirados da cidade, caso não haja nenhuma mudança nos índices de acidentes de trânsito do município. Contudo, não apresentou a pesquisa em que o projeto foi baseado, para justificar a escolha de ruas e velocidades.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Petropolitanos estão pagando caro para abastecer o carro

O gás veicular é vendido a todos os postos de combustíveis do estado a R$ 1,34 pela Companhia Estadual de Gás – CEG, e chega aos motoristas de Petrópolis a R$ 1,59 e até R$ 1,65, enquanto em Magé, por exemplo, o preço final é de R$ 1,40 cerca de 20% mais barato. A gasolina, também vendida pelo mesmo preço para todos os postos em todo o estado, cerca de R$ 1,00 o litro, chega aos motoristas com um ágio de até 170%. A diferença de preços dos combustíveis, além de afetar o bolso do consumidor, leva taxistas da cidade a suspeitarem de formação de um suposto cartel, já que a maioria dos postos de Petrópolis pratica preços semelhantes e com diferenças muito grandes em relação a outros municípios. "Nós já identificamos quem está comandando esse cartel: dois postos grandes e os donos são de outra cidade", denuncia o diretor da Associação dos Taxistas de Petrópolis – Astape, Sidnei Cardoso.

Segundo o sindicalista, a desconfiança é de que os postos de maior porte estariam conseguindo pressionar os postos menores a aumentarem o preço, impedindo a livre concorrência. "Ao que parece, está havendo uma chantagem porque, como eles têm dinheiro, eles podem falir qualquer outro posto da cidade abaixando radicalmente o preço dos combustíveis", denuncia Cardoso. Até o momento, não há informações sobre a denúncia de proprietários de posto de que estariam sendo pressionados.

Enquanto em Petrópolis, a gasolina comum é vendida em média a R$ 2,65 (há postos que vendem a R$ 2,70), em Três Rios, a média é de R$ 2,55. Além disso, os clientes ganham, além do cafezinho, lavagem do carro, troca de óleo e calibragem de pneus. "O dono de posto tem que conquistar o cliente", receita o dono do posto de gasolina Auto Posto Mil, Anderson Kleber Aquino, de Três Rios, que se surpreende com o preço praticado em Petrópolis. "Se eu vendesse gasolina a R$ 2,70 já estaria rico", disse o empresário que compra gasolina da Ale do Rio de Janeiro. "O frete que eu pago é incluído no preço final do combustível. O frete em Petrópolis deve ser de uns R$ 200, enquanto eu pago aqui R$ 300", disse Aquino - que vende a gasolina por R$ 2,55 - ao saber que donos de postos de Petrópolis põe a culpa no frete pelo alto preço.

O gás natural veicular em Petrópolis custa de R$ 1,59 a R$ 1,65. Já no Rio de Janeiro, custa R$ 1,34. Não há custo de frete, já que o gás é distribuído por gasoduto. "O mesmo gás vendido em Petrópolis, é vendido em todo o restante do estado e pelo mesmo preço", informa a assessoria de Imprensa da Companhia Estadual de Gás. O preço final depende da concorrência.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Feliz ano novo

Contar o tempo é uma grande ilusão, como
sabemos, mas – e se não contássemos?

Roberto Pompeu de Toledo

E lá fomos nós, outra vez. Assistimos à queima dos fogos, tomamos champanhe, trocamos beijos e abraços, dissemos feliz ano novo. Os mais entusiasmados aderiram ao coro da contagem regressiva: dez, nove, oito, sete, seis... E ao toque da meia-noite havia gente com lágrimas nos olhos. Era a emoção da virada, da ultrapassagem, da volta ao marco zero, do recomeço, de se encontrar no exato ponto em que começa o futuro. Claro que era tudo mentira e que depois de uma noite maldormida por causa da vigília até tarde, das bebidas e da comilança, com os músculos doendo e gosto ruim na boca, se perceberia que estava tudo igual, cada coisa em seu devido lugar, inclusive as aflições que azucrinam a cabeça, as doenças que castigam o corpo, as obrigações, os trabalhos, os motivos de chateação e os de alegria. Mas somos incorrigíveis, que fazer? Assim como já fizemos infinitas vezes no passado, na virada para o próximo ano repetiremos a dose. Não é pelo detalhe de saber que não funciona, que não há recomeço só porque se passou de um ano para o outro, se é que há recomeço, seja quando for, que vamos mudar um ritual para o qual nos programaram desde sempre.

Contar o tempo é uma grande ilusão, como todos sabemos, mas – e se não contássemos? Estaríamos como num deserto, todo plano, só areia, e sem estrelas no céu. Não é que, numa situação dessas, não se acha o caminho; é que não há caminho. Contar o tempo é o estratagema mais ardiloso já concebido pelos homens. A natureza ajudou, ao fazer os dias se suceder às noites, e o sol e a lua cumprir trajetos previsíveis. Com base nesses escassos dados, os homens fizeram do tempo um salame que se mede, depois se demarca, depois se retalha em porções que o tornam digerível. Em outras palavras, perpetraram a grande proeza de transformar o tempo em espaço.

O estratagema equivale a tornar visível o invisível, a dar forma ao que é informe, a conferir descontinuidade ao que é contínuo. Ou seja: é uma mágica, pela qual se transforma a coisa em seu contrário. Equivale a, do vento, produzir-se uma construção de complexa arquitetura. Estamos diante da mãe de todas as façanhas. Tomou-se de algo que não se pode ver nem pegar e transformou-se em objeto tão concreto e assentado no espaço como um armário. Inventaram-se gavetas para esse armário – 2005, 2006, 2007, 2008... O interior de cada gaveta foi, por sua vez, subdividido em escaninhos chamados janeiro, fevereiro, março... Pronto. Estavam criados espaços nos quais ancorar a memória e fixar a agenda do futuro. Sem tais âncoras, nem a memória teria as condições ideais para se desenvolver nem o futuro para ser planejado. Sem uma memória confiável, nem uma plataforma para a agenda do futuro, a inteligência encontraria insuperáveis dificuldades para prosperar.

Se a imagem do armário soa grosseira, fique-se com outra, mais delicada, ainda que óbvia – a do calendário. O tempo, esse ente assustadoramente impalpável e elusivo, nele aparece singelamente traduzido em papel, como se tivesse sido decifrado e dominado. Dominado é bem a palavra. É a palavra que se usa contra os inimigos, e o tempo é um inimigo. Sua especialidade é provocar desgaste e envelhecimento. No limite, mata. E é um inimigo ladino, nesse seu jeito de não se deixar ver nem apalpar, sorrateiro, em sua inconsistência, como um fantasma. No calendário – vingança – ei-lo capturado e trancafiado como passarinho na gaiola. Como gênio na lâmpada. Ou, para recorrer a imagem ainda mais delicada, e ainda mais óbvia, ei-lo, quando submetido à contagem que lhe impomos, aprisionado no âmago dessa maquininha esperta e fiel a que chamamos relógio.

Domar o inimigo é o mais capcioso dos efeitos da contagem do tempo. Mantê-lo domesticado dentro do calendário ou do relógio significa que, agora, mandamos nós.

As vozes que na noite do dia 31 entoavam a contagem regressiva comandavam o andamento do tempo como um jóquei comanda o cavalo. Ao chegar a meia-noite, ficou estabelecido que acabava de falecer o pedaço do salame de número 2007, e passava a vigorar o pedaço de número 2008. Foi uma perfeita e sincronizada operação no corpo do inimigo subjugado.

Todos conhecem o fim desta história. Ele sempre vence. Nossa mágica de capturá-lo e contá-lo, como todas as mágicas, não passa de ilusão. É ele quem, impassível como nunca deixou de ser, mais dia menos dia vai abater, uma a uma, todas as pessoas que, em coro, imaginaram comandá-lo na noite do dia 31. Não há como escapar de suas garras. Mas é melhor não pensar nisso. A ilusão de que de alguma forma dominamos o salame, a ponto de tornar distintas suas diferentes partes, é que nos mantém vivos. E que produz essa outra ilusão, a de que a cada 365 dias se ganha a oportunidade de retornar ao marco zero. Incorrigíveis que somos, daqui a um ano quem viver nos verá de novo no ritual de entoar em coro a contagem regressiva, tomar champanhe, trocar beijos e abraços, dizer feliz ano novo e derramar lágrimas ao saudar, com emoção e esperança, a chegada de 2009.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

domingo, janeiro 06, 2008

Buemba! Pede pra sair, Galvão!

Adorei aquelas peruas cafonas dançando "Tropa de Elite" e fazendo mímica de cachorra!

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta!
É que na São Silvestre, na esquina da Brigadeiro com a Paulista, um tiozinho levantou o cartaz: "Pede pra sair, Galvão!".
Esse é o slogan pra 2008: Pede pra sair, Galvão! Rarará!
E adorei aquelas peruas bem cafonas no Réveillon dançando "Tropa de Elite", fazendo mímica de cachorra! E no morro deviam estar cantando "Adeeeeus Ano Velho, Feeeeliz Ano Novo".
E essa notícia do caderno Ciência: "Macho de mosca que bebe todo dia passa a cortejar outros machos". Isso prova que fiofó de bêbado não tem dono. É a ciência comprovando a sabedoria popular. A mosca gay!
E uns leitores estão propondo que, em vez da Operação Tapa-Buraco, seja lançada a Operação Tapa-Pedágio e Operação Tapa-Radar.
A Anhangüera não tem buraco, mas em compensação tem 45 pedágios e 208 radares. Dos buracos, pelo menos, a gente consegue desviar!
E 2008 é o ano do inferno fiscal. O Lula vai ter que lançar um novo PAC: O Plano de Ajuda ao Contribuinte! E começou a pergunta clássica: "Onde você vai passar o Carnaval?". Responde que vai passar no retiro: retiro e ponho, retiro e ponho, retiro e ponho.
E um outro vai passar no pão, porque a manteiga tá cara. E um amigo foi passar o fim do ano em Fortaleza e teve uma vida sexual agitadíssima: comeu quatro caranguejos. Rarará!
Pior aquele que foi passar férias no interior e fez cem novos amigos; 99 eram cobradores de pedágio. Rarará!
É mole? É mole, mas sobe! Ou, como diz aquele outro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece! Antitucanês Reloaded, a Missão.
Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha "Morte ao Tucanês". Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Salgueiro, Pernambuco, tem um inferninho chamado Boca Nervosa! Rarará. Mais direto, impossível! Viva o antitucanês! Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante.
"Burguesa": companheira que come hambúrguer. Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês.
Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno.
E quem não tiver colírio, pode pingar água-viva com caipirosca!
Acorda, Brasil!
Que eu vou dormir.

sábado, janeiro 05, 2008

Mude !

Mude.
Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção os lugares por onde você
passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço
alguns dias.
Tire uma tarde inteira pra passear livremente na
praia, ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de TV, compre outros
jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia,
o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo
jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida, compre pão em outra
padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas,
troque de carro, compre novos óculos, escrevas outras
poesias.
Jogue fora os velhos relógios,
quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros
teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se que a vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um novo emprego,
uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais
prazeroso,
mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa,
se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas.
Mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o
dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!


(Clarice Lispector)

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Idosas desafiam o tempo e querem fazer exame de Ordem

Brasília, 03/01/2007 - Cursar uma faculdade é principal objetivo da maioria dos jovens, principalmente porque o diploma é um dos requisitos para a inserção no mercado de trabalho. Para essas quatro mulheres, no entanto, a situação é bem diferente. Todas na chamada "melhor idade", elas resolveram estudar simplesmente para realizar um sonho ou para alcançar uma satisfação pessoal. Benedicta Sônia de Campos Oliveira Paes, 80, está no quinto ano do curso de direito na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Após terminar a graduação, dona Benedicta não pensa em parar de estudar. "Pretendo prestar o exame da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] e fazer uma especialização em direito civil", afirmou a estudante.

Como casou-se muito nova, parou de trabalhar como técnica contábil para cuidar do filho e de três irmãs mais novas depois que sua mãe morreu. Proporcionou estudo para todos eles e aos 72 anos achou que era hora de correr atrás de um antigo sonho, que teve que deixar para trás: prestou faculdade para o curso de direito e passou na primeira chamada. "Decidi estudar porque nunca fiz faculdade. Como eu morava perto do cursinho, não tive dificuldades. Aproveitei que a minha nora era estudante e me inscrevi para as aulas junto com ela. Prestei o vestibular na PUC-Campinas e fui aprovada na primeira chamada. Foi um presente dos céus", disse.

Segundo dona Benedicta, o mais difícil da graduação foi ter de trancar matrícula por um período por problemas de saúde e depois não conseguir estágio para complementar o curso. "Tudo para mim era novidade, mas eu me habituei à rotina dos jovens estudantes. Também fui muito bem aceita pelos colegas e professores. A única coisa que não consegui fazer foi estágio, nenhum escritório me aceitou, embora eu tenha me candidatado várias vezes. Acho que por isso perdi uma parte importante do aprendizado do direito, mas faz parte do processo", contou. No final do ano passado, Benedicta defendeu a monografia de conclusão de curso e alcançou nota 9. "Fiquei realizada. Agora só faltam três disciplinas para eu me formar e vou cursá-las em 2008", disse.

Formada em pedagogia e aposentada desde 1974, a mineira Elisa de Castro Tito, 90, decidiu voltar a estudar e conseguiu: prestou vestibular para o curso de direito na Faculdade Arnaldo Jansen, em Belo Horizonte, e foi aprovada. Ela já se matriculou e voltará para a sala de aula em fevereiro de 2008. "A inércia nos leva à falta de disposição, falta de vontade de viver. Eu leio jornais, revistas, estou sempre em atividade. Desde que me aposentei eu me dedico às artes, faço aulas de crochê, cerâmica, porcelana. Não podemos viver no marasmo, isso não nos acrescenta nada. Por isso, decidi procurar uma outra ocupação e quis voltar a estudar", disse.

Quando decidiu se inscrever no vestibular, Elisa só contou para um dos netos e pediu que ele guardasse segredo. "A família toda só soube quando saiu o resultado e eu disse que estava aprovada. Foi uma euforia quando eu contei". Questionada sobre como vai lidar com a diferença de idade entre ela e os demais estudantes, Elisa afirmou que não se preocupa com isso. "Eu vou enfrentar o desafio. Já trabalhei com adolescentes porque eu era diretora de escola e o aprendizado foi muito bom. Quero levar o convívio numa boa e acho que estou à altura deles", afirmou a nova estudante, que tem nove filhos, 22 netos e três bisnetos.

Elisa disse que já comprou uma mochila e que está preparada para a volta às aulas. "Só não vou participar dos chopinhos com a turma porque não gosto. Minha saúde está ótima, minha pressão também, não tenho nada no coração. Sou uma fortaleza", disse.

Nascida em Quebrangulo, no sertão de Alagoas, terra de Graciliano Ramos, a dona de casa Eliete Soares Calixto, 88, conhecida como dona Nina, teve uma infância complicada e por isso só cursou dois anos do ensino fundamental: a segunda e a quarta série. Parou de estudar muito nova e depois que se casou, não pôde mais pensar nos estudos, pois o marido não queria que ela saísse de casa. Mãe de três filhos, seis netos e três bisnetos, ela tinha que se dedicar aos afazeres domésticos. Apesar da proibição do marido, dona Nina se matriculou num curso de supletivo para terminar o 1º e o 2º grau e freqüentava as aulas escondida dele. Dizia que ia visitar amigas doentes. "Ele achava ruim, mas eu me esforçava. Teve um período que eu tinha que estudar sozinha em casa porque não dava mais para ir às aulas", conta.

Só seis anos depois de ficar viúva é que a dona de casa conseguiu realizar o sonho de prestar vestibular. "Meus filhos e netos me apoiaram. Prestei o curso de história na Faculdades Integradas Abeu, em Nilópolis [Rio de Janeiro] fiquei em sétimo lugar", conta orgulhosa. O único problema é que dona Nina não sabe se conseguirá cursar. "A mensalidade custa cerca de R$ 300. Não sei se conseguirei pagar", disse.

Jorgina Célia Corrêa Bertocco, 60, que mora em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, está indo para o quarto ano de arquitetura e urbanismo na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Casada e mãe de quatro filhos, ela é formada em matemática e pedagogia, mas desde criança sonhava em ser arquiteta. Como o curso era integral e em outra cidade, não teve como cursar. Para entender um pouco da área, fez o curso de design de interiores pelo Senai. Quando soube que a Unesp abriria o curso de arquitetura e urbanismo em Presidente Prudente, não pensou duas vezes e decidiu voltar a estudar.

"Surgiu a oportunidade e eu pensei: agora é a hora. Prestei no meio do ano e não passei. Aí me preparei melhor e prestei novamente no final do ano e passei. Essa é uma realização pessoal que estou cumprindo, é o que eu sempre quis fazer. Estou completamente realizada", disse a estudante, que pretende trabalhar na área depois de formada.

Jorgina teve de trancar um ano de curso por causa de problemas de saúde, mas isso não a desanimou. Segundo ela, a recepção em sala de aula sempre foi muito boa, apesar da diferença de idade. "Eu sou a mais velha da turma, mas não tenho problema nenhum com isso. Até para fazer trabalho em grupo sempre foi fácil", disse.

E Jorgina não parou por aí. Ao mesmo tempo que cursava arquitetura, ela e o marido resolveram estudar língua espanhola na Unesp, em um curso voltado para alunos da terceira idade. As aulas eram uma vez por semana e duraram três anos. A colação de grau foi no dia 7 de dezembro. "Eu gosto muito de estudar e estou muito feliz. Agora, com esse diploma, posso dar aulas de espanhol", contou. (Globo.com)

terça-feira, janeiro 01, 2008