quarta-feira, outubro 08, 2014

Dia de Prevenção à Obesidade é comemorado no fim de semana

No dia 11 de outubro é comemorado o Dia nacional de Prevenção da Obesidade. A data foi reconhecida em 1999, pelo Governo Federal e instituída no Brasil, na época, com o nome de Dia Nacional de Combate à Obesidade. Segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde divulgado em 2012, quase metade da população é considerada acima do peso, com diagnóstico de sobrepeso e obesidade, e desse total 12% é obesa de fato. No continente americano por exemplo, o índice de obesidade chega à 26% dos adultos.

Dados da OMS ressaltam ainda que em 2015, cerca de 2,3 bilhões de pessoas estarão com sobrepeso, e mais de 700 milhões serão obesos, indicando um aumento de 75% nos casos de obesidade em apenas 10 anos. O país ocupa a posição de número 77 no ranking da OMS, posição bem atrás de regiões no Pacífico Sul: Nauru, Ilhas Cook, Estados Federados da Micronésia e Tonga. Os Estados Unidos, apesar da notoriedade, ocupam a quinta posição e a Argentina é o país mais obeso na América do Sul, ficando em oitavo lugar.
A situação é tão grave que a obesidade já é considerada uma epidemia nacional e mundial. No Brasil, os números apontam que a doença é um problema de saúde pública, levando em conta que acomete 40% dos brasileiros, aumentando o risco de pressão alta, diabetes, dislipidemias, que é o aumento das taxas de gordura no sangue, infarto, AVC, problemas respiratório entre outros.
“Também já foi identificado o aumento no risco de câncer! O melhor jeito de evitar a obesidade ou tratá-la é adotando um estilo de vida ativo praticando exercícios físicos e alimentando-se de forma correta, em horários regulares, evitando comidas calóricas, ricas em açúcares e gorduras saturadas”, explicou a nutricionista Nathalia Pinho. 
Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comum para detectar o problema é a medição do Índice de Massa Corporal(IMC). Consideram-se obesas as pessoas com IMC superior a 30. Já as que têm IMC entre 25 e 29,9 são e portadoras de sobrepeso. Já o uso deste método em crianças e adolescentes é inadequado.
Obesidade infantil preocupa. Índice de crianças brasileiras com sobrepeso já chega a 36,6%.
“A obesidade infantil é algo preocupante, pois uma criança obesa tem uma tendencia muito grande de ser um adulto obeso, além disso tem chance de se tornar uma criança ou adolescente diabético, com problemas cardíacos, colesterol alto, além de desenvolver maior risco de infarto ou AVC na idade adulta. A obesidade infantil agrava distúrbios respiratórios, muito comuns na infância, pode levar a criança à ter hipertensão arterial e distúrbio do sono”, disse Nathalia.
A obesidade infantil cresce em números alarmantes em todo país, estima-se que nos últimos 20 anos o número de crianças obesas quase dobrou, passando de 15% para 34,6%, esse aumento se deve principalmente ao número de crianças sedentárias, por causa da falta de exercícios físicos e excesso de atividades em computadores e videogames associados à uma dieta à base de salgadinhos, refrigerantes, fast-food e alimentos industrializados, ricos em calorias, açúcares, gorduras e pobre em vitaminas e minerais.
De acordo com a nutricionista existe uma complicação muito grande em adaptar dietas ás crianças, principalmente pela grande rejeição de alimentos do grupo de frutas, verduras e legumes. “O ideal é conversar com os pais para começarem a criar uma consciência alimentar nos seus filhos aos poucos, dialogando e ilustrando, ofertar um grande leque de opções de refeições, e receitas baseado no que a criança gosta de consumir só que fazendo substituições de maneira que fique mais saudável, e negociar trocas”, sugeriu.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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