domingo, outubro 12, 2014

Queimadas causam prejuízos

Vieira
Nos meses de julho e agosto é comum ocorrerem alguns problemas que podem afetar as espécies de vida livre ou mantidas em cativeiro. As queimadas causadas pelo clima seco se transformam em incêndios, comprometendo o ambiente natural de muitos animais.

“Alguns são lentos, não conseguem fugir, e acabam sofrendo queimaduras, provocando ferimentos extensos e graves, podendo até levar à morte”, explica o médico veterinário Francisco Vilardo, especialista em animais silvestres, da Clínica Amigo Bicho, em Petrópolis.
Segundo o profissional, um fator de grande preocupação é a forma como o ser humano vem eliminando material orgânico de seus terrenos. “É fundamental não deixar lixo na natureza durante um passeio ecológico, por exemplo, porque o mesmo pode entrar em combustão espontânea e provocar problemas de maior proporção na vegetação nativa”.
Quanto aos animais de cativeiro, deve-se protegê-los de friagem, principalmente à noite e de madrugada, como também de correntes de ar, às quais alguns deles ficam expostos, evitando assim maiores danos à saúde.
“Neste período, algumas espécies diminuem bastante a sua atividade física em função das baixas temperaturas, o que é bastante normal”, garante.
A estiagem também afeta peixes que habitam em rios e lagos de nossa região, cágados de água doce, aves, répteis e mamíferos, como gambás, ouriços e bichos-preguiça, que dependem da disponibilidade de água para matar a sede, buscar alimentos, se esconder ou como local de reprodução.
Com a diminuição da vegetação nativa e ocupação desordenada de áreas naturais, aumenta, inclusive, o número de animais silvestres que se aproximam de casas.
“Se estiverem dentro do terreno, o ideal é manter cães e gatos afastados e não tentar capturar ou se aproximar destes animais, sobretudo se precisarem de cuidados, porque ao se sentir ameaçados podem atacar para se defender, sendo que, em caso de dúvida, o melhor é entrar em contato com o Corpo de Bombeiros ou Secretaria Municipal de Meio Ambiente”, esclarece Dr. Vilardo, salientando que por maior boa vontade que se tenha, é necessário experiência e conhecimento técnico suficientes para se aproximar, aprisionar e acondicionar adequadamente esses animais, sem causar ferimentos às espécies e para que não machuquem os seres humanos.
Fonte: Tribuna de Petrópolis 

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