A dona de casa afirma ainda que no
momento em que a Concer foi ao local nenhum documento que ordenasse a
medida foi apresentado aos moradores, que por terem se recusado a
retirar os carros que estavam parados na rua tiveram as placas dos
veículos fotografadas, para serem analisadas pela polícia. O medo é que
os veículos sejam rebocados e a rua que sai direto na BR-040 fechada,
pois uma senhora de 68 anos dependeria desse transporte para ser levada
ao medico nos dias que passa mal.
“Minha mãe sempre tem crise. Por isso
utilizamos esse outro acesso para ir e sair de casa. Dessa forma
poupamos tempo e também temos aonde estacionar. Para muitos, solicitar
que a rua não seja bloqueada pode parecer um pedido descabido, pois
podemos chegar aqui por outra rua, mas ninguém sabe como é ter alguém da
família que precisa de atendimento médico com frequência e cada minuto
perdido pode ser fatal. Do outro lado não teremos onde colocar o
automóvel e demoraremos demais para chegarmos ao hospital”, disse
desanimada a diarista Rosângela da Silva Moreira.
A moradora afirma se preocupar ainda com
os cinco filhos. “Na semana passada mesmo a menina de oito anos passou
mal e precisei levar as pressas ao hospital. Se não tivermos carro e
esse acesso direto na BR-040, tenho certeza que em algum momento uma
tragédia vai ocorrer. São no mínimo oito família que perderão esse
espaço, só a minha tem sete pessoas”, contou.
Para a vendedora Mara Regina da Silva, a
medida deveria ser estudada pela equipe da Concer e conversada com os
moradores que sofrerão diretamente com a modificação. “Não consigo
identificar em que momento passamos a causar problemas, tendo em vista
que essa passagem é usada há 26 anos dessa forma. O maior medo é mesmo
com relação as pessoas que precisam de agilidade para conseguir chegar
há algum hospital da cidade, pois nenhum deles é muito perto e isso é um
problema”, ressaltou.
Há cerca de um ano e meio a rua foi toda
asfaltada pelos próprios moradores. “Mesmo depois de termos asfaltado
tudo só vieram falar alguma coisa agora? Se isso é proibido deveriam
fechar então o acesso de carros desde o início da rua e não a partir da
metade. Dessa forma a determinação valerá para todos”, reclamou Ana
Cristina da Silva Moreira.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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