quarta-feira, abril 29, 2015

Atraso na entrega de cartas causa problemas na cidade


Moradores de diversos bairros da cidade estão sem receber correspondências há mais de um mês. Localidades da região do Vale do Carangola, por exemplo, estão sem o serviço desde janeiro. 

De acordo com moradores, os funcionários dos Correios informaram, por telefone, não ter quantidade suficiente de profissionais para atender a todas as regiões da cidade, o que sobrecarrega o serviço. 

Na principal rua da Castelâena a situação não é diferente. Tuane Lopes, de 30 anos, que é analista de sistemas, está há um mês sem receber suas contas em casa. “Em abril simplesmente não recebemos nada. Aí ligamos para a agência dos Correios e o rapaz disse a mesma coisa: estão sem carteiros e não conseguem entregar as correspondências”, contou. O que deixa Tuane indignada é que ela aguarda um documento importante desde o mês passado. “Estou esperando um papel muito importante e não chegou até hoje. Eu fico revoltada porque moro num lugar basicamente central, uma rua de fácil acesso, próximo ao Centro”, explicou. 

Com a ausência do serviço, muita gente está tendo que se virar. No caso de Tuane, a única opção é aguardar a chegada das cartas e emitir as segundas vias das faturas em casa para não pagar as contas com juros. “Tivemos que imprimir vários boletos para que pudéssemos pagar com o menor atraso possível”, concluiu. 

A autônoma Maria Luisa de Castro, de 30 anos, moradora da Estrada da Saudade, está indo até uma das agências dos Correios, no Posto Dois, em Corrêas, para pegar suas correspondências. “É um transtorno ter que ir até lá para buscar minhas cartas. Mas enquanto isso não tenho opção. Só espero que eles contratem profissionais o quanto antes porque a cidade só cresce e tem que ter infraestrutura pra atender a toda essa demanda”, desabafou.

O empresário Maurício Bressan, de 43 anos, que tem comércio no ramo do vestuário, está imprimindo boletos em casa, como faz Tuane da Castelânea, para poder pagar tudo em dia. “Tem dia que preciso pagar mais de mil reais em boletos. E se eu atrasar, as empresas não querem saber se os Correios estão com funcionários ou não. Não tem greve, estão todos contratados. O que está acontecendo então?”, questionou.

A Tribuna entrou em contato com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) questionando sobre esse atraso e também sobre um possível prazo para que o serviço seja normalizado. A empresa pediu o nome de cada rua para que possa apurar o motivo dos problemas na entrega de correspondências. Até o fechamento desta reportagem, os Correios não enviaram uma resposta.

Fonte: Tribuna de Petrópolis

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