domingo, abril 12, 2015

TV digital: 30% dos petropolitanos já compraram televisores

(Foto: Francisco Xavier/ Tribuna de Petrópolis) 
VINÍCIUS FERREIRA - No desafio de migrar completamente para o sinal digital de TV, Petrópolis tem até o dia 27 de outubro de 2017, para concluir as adaptações necessárias para estar pronta para o novo padrão de distribuição de sinal. Na data anunciada pelo site www.vocenatvdigital.com.br, criado pelo governo federal para esclarecer as dúvidas sobre o novo padrão de imagens para TVs do país, o atual sistema analógica será desligado na cidade. Para os donos de televisores, é hora de comprar os aparelhos adaptados ao novo sistema, assim como as antenas capazes de receber o sinal digital. Para as TVs locais, o momento de investir em equipamentos que permitam a produção de sinal na qualidade exigida pelo novo sistema.

Atualmente em Petrópolis, o sinal da TV digital já pode ser captado do Carangola à Samambaia, do Independência à Itaipava em dois canais. São eles o sinal da TV globo, retransmitido pela filiada regional Inter TV e o sinal da Rede Bandeirantes de São Paulo. Em alguns bairros, como Alto da Serra e Meio da Serra, por exemplo, o direcionamento das antenas para a cidade do Rio de Janeiro, permitem aumentar o número de emissoras com sinal digital captado. “Temos relatos de até 16 canais nessas localidades”, garante o gerente da Eletrônica Teffé, Jorge Martins, que diz que é grande a procura pelos equipamentos que permitem a integração com o novo sistema. “Essas vendas vem sendo aquecidas desde o ano passado e acreditamos que hoje, com base no nosso volume de vendas e com base na procura, cerca de 30% das residências da cidade já estão habilitadas para receber o novo sinal”, destaca.
E para receber o sinal, explica o gerente, o primeiro passo é possuir um televisou adaptado ao sinal digital. “Normalmente, esses televisores já vem com a identificação DTV”, informa. Quando não há essa possibilidade, é necessário a instalação de um conversor, equipamento que, em média custa em torno de R$ 180. “O conversor vale a pena se a pessoa possui um televisor de LCD ou Plasma, de grandes polegadas e que ainda tenha um bom valor de mercado. Se a TV for de tubo ou pequena, é melhor comprar um televisor mais moderno”, avalia o gerente da eletrônica Teffé.
Mesmo com o televisor adaptado ao novo sistema, ainda é necessária uma antena, que capte o sinal. “Hoje, temos duas opções com grande saída de mercado. A que tem vendido mais é a que segue o estilo da tradicional “espinha de peixe”. Ela capta não só o sinal digital, como também o UHF, tem grande amplitude de sinal e custa em média R$ 45. Há ainda, a antena interna com sinal amplificado. Em média esse modelo é mais caro, R$ 125, mas ele tem uma instalação mais fácil”, afirma Martins, que lembra ainda que existem antenas mais simples e baratas. “Tem modelos internos, que custam cerca de R$ 16. Mas, eles não possuem sinal amplificado e carecem de estarem instalados em locais onde o sinal é bem mais forte”, destaca.
E o processo de conversão para o novo sistema tem sido gradativo. Nas principais lojas de eletroeletrônicos da cidade, todos os televisores comercializados já estão aptos ao sinal digital. “Hoje, você só encontra na loja TVs de LED e capacitadas para o sinal digital, quase todas com resolução full hd, de 1080 pixels de resolução. Pode até ser que a pessoa encontre uma TV de LCD ou plasma em alguma loja, mas é bem provável que seja um modelo de algum estoque antigo da loja”, informa o vendedor Fábio Santana.

TVs correm contra o tempo para se integrarem ao novo sistema
Se para o consumidor o novo padrão de sinal demanda um investimento, que em alguns casos pode ser caro, para as TVs locais de Petrópolis, a corrida para a era digital e os gastos já começaram. Marcos Falconi, que é diretor da TVC 16, que tem seu sinal distribuído pela operadora de TV a cabo, Techcable, 
é necessária a adaptação de grande parte da aparelhagem que vinha sendo utilizada até então. “Esse investimento vai desde as câmeras, que precisam captar sinal em alta resolução, com imagens em full hd, assim como nos cartões que armazenam essas imagens, que precisam ser maiores. Além disse, há investimento em mesas de transmissão e computadores mais modernos capazes de processar mais dados”, explica.

Novo sistema cria grande cemitério de televisores
E enquanto nas lojas o consumidor só quer saber da tecnologia digital, o volume de televisores antigos acumula nas lojas especializadas em reparos. No estabelecimento do André Vieira, que fica na Rua do Imperador, muitos dos consumidores que pediram o concerto das velhas TVs de tubo, nunca mais voltaram para buscar os aparelhos. “Quando, principalmente o problema é mais sério e concerto é mais caro, as pessoas simplesmente largam a TV aqui. Teve gente ainda tentando vender o televisor de tubo antigo, na esperança de conseguir mais dinheiro para comprar uma TV mais moderna. Mas, não tem como comprar um televisor desses, até porque já quase não tenho mais espaços aqui”, garante.
Fonte: Tribuna de Petrópolis 

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