Subiu para 13 o número de casos
de dengue que foram confirmados em Petrópolis desde o início do ano. Entre
janeiro e abril, em todo o estado do Rio de Janeiro, 12.207 pessoas foram
infectadas pelo vírus transmitido pelo Aedes Aegypti, número quase três vezes
maior do que no mesmo período do ano passado, quando haviam sido registrados
3.654 casos. Os dados foram apresentados neste mês pelo Ministério da Saúde.
A moradora da Posse, Cristina
Rabello, contraiu a doença no início do mês. “Eu comecei com uma leve dor de
cabeça e dor na nuca. Aí depois foi dando muita queimação nos olhos, e assim
fiquei durante dois dias. Logo após isso começaram as dores em todo o corpo.
Uma sensação horrível. Somente quando completei uma semana de dengue é que
começaram a aparecer as manchas no corpo, muito vermelhas, parecendo as de
rubéola. Fiquei com muita coceira e queimação”, contou. Cristina ressaltou
ainda que foi preciso insistir e realizar três exames de sangue para que o
diagnóstico fosse comprovado. “Eu fui três vezes ao hospital. No primeiro exame
não deu nada. O segundo apontou uma queda na taxa de leucócitos, que são as
células de defesa do corpo. E só na terceira análise médica é que veio o
resultado”, explicou Cristina, frisando que muitos de seus amigos também estão
com dengue. “Aqui na Posse tem muita gente com dengue. Vários conhecidos estão
com o mesmo sintoma e foram diagnosticados”, concluiu.
Conforme já havia sido
publicado pela Tribuna, o último Levantamento de Índice Rápido de Infestação
por Aedes Aegypti (LIRAa) feito no fim de março, em Petrópolis, quando cerca de
cinco mil imóveis foram visitados por agentes em 59 bairros da cidade, apontou
um índice de 1,36% de infestação – o que é considerado de médio risco pelos
especialistas. O coordenador de Vigilância Sanitária, Eduardo de Lucena, frisou
que é muito importante o apoio do petropolitano para que o combate à doença
seja eficaz. “A população precisa trabalhar incessantemente no combate ao
mosquito da dengue para evitar o aumento do índice, uma vez que grande parte
dos focos foi encontrada dentro dos domicílios. É preciso que a população
permita o ingresso dos agentes de endemias nas residências”, alertou.
Areal tem 20 casos da
doença
A cidade de Areal, de pouco
mais de 10 mil habitantes, segundo a última pesquisa do IBGE, tem 20 casos
confirmados da doença, desde o início do ano. A cidade com um clima
relativamente mais quente do que Petrópolis possui muitos focos do mosquito
transmissor da doença. Cerca de 80% dos moradores contaminados são do bairro Gaby,
divisa com o distrito da Posse.
Segundo o Coordenador de
Vigilância em Saúde do município, Anderson Vieira, algumas medidas estão sendo
tomadas pela Prefeitura para que os focos do mosquito sejam reduzidos. “A
Prefeitura criou um centro de hidratação no Hospital Municipal Nossa Senhora
das Dores (HMNSD) e está realizando palestras em várias escolas para
conscientizar a população. Além disso, carros de som estão circulando por toda
Areal e um mutirão foi realizado na área mais afetada pela doença, no município,
com capacitação de moradores e agentes da comunidade para mostrar a importância
de evitar os focos”, explicou.
Segundo o coordenador, novos
boletins devem ser divulgados nos próximos dias com dados atualizados sobre os
índices da doença no município.
Sintomas da doença
O tempo médio do ciclo é de 5 a
6 dias e o intervalo entre a picada e a manifestação da doença se chama período
de incubação. É só depois desse período que os sintomas aparecem. Geralmente os
sintomas se manifestam a partir do 3° dia depois da picada do mosquitos. O
Ministério da Saúde divulgou por meio de uma cartilha na internet uma lista com
os principais sinais da dengue. Confira.
- Febre alta com início súbito;
- Forte dor de cabeça;
- Dor atrás dos olhos, que
piora com o movimento dos mesmos;
- Perda do paladar e apetite;
- Manchas e erupções na pele
semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores;
- Náuseas e vômitos;
- Tonturas;
- Extremo cansaço;
- Moleza e dor no corpo;
- Muitas dores nos ossos e
articulações.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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