sexta-feira, abril 17, 2015

Recompensa para quem ajudar a combater balões


O Linha Verde do Disque-Denúncia lançou ontem a campanha anual “Disque Balão”, que até setembro pretende combater a prática de confeccionar, comercializar e soltar balões. A escolha do período da campanha não é por acaso. É nesta época de estiagem que a vegetação fica mais seca e mais vulnerável a incêndios. E são os balões um dos principais causadores. No ano passado, eles podem ter contribuído para o incêndio florestal que durou 13 dias em outubro e devastou uma área de 5.150 hectares. Parte dessa devastação aconteceu no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), onde a vegetação levará uma década para se recuperar. Na Reserva Biológica – Rebio de Araras animais silvestres foram as grandes vítimas. Petrópolis possui uma das maiores áreas de Mata Atlântica preservada no estado, mas vem sofrendo com a degradação causada pela ação do homem. As queimadas causadas pelos incêndios florestais no ano passado atingiram uma área, de acordo com o Ibama, onde há um ecossistema rico, com diversas espécies da flora e da fauna, que só existem nesses locais. Durante a operação de combate aos incêndios, no fim do ano passado, restos de balões foram encontrados tanto na Rebio Araras quanto no Parnaso. E a presença dos balões é comum nas regiões. Sem controle, depois de soltos, eles muitas vezes acabam caindo nas reservas florestais. Em 2012, o Corpo de Bombeiros de Itaipava, o 15º/2 GBM, apreendeu um exemplar de 25 metros de comprimento. O balão estava em uma propriedade particular na Rua Bernardo Coutinho, em Araras. Para resgatar o balão, os bombeiros precisaram, na ocasião, do apoio da Polícia Militar, porque populares queriam o artefato e cercavam o local na tentativa de pegá-lo. Para combater esse crime, o Linha Verde vai oferecer, como estímulo, recompensas que podem variar entre R$ 300 e R$ 2 mil, dependendo da informação fornecida. Essas denúncias podem ser feitas pelo número do Linha Verde, o 0300 253 1177, que tem custo de ligação local.

Fonte: Tribuna de Petrópolis

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