O Linha Verde do Disque-Denúncia lançou
ontem a campanha anual “Disque Balão”, que até setembro pretende combater a
prática de confeccionar, comercializar e soltar balões. A escolha do período da
campanha não é por acaso. É nesta época de estiagem que a vegetação fica mais
seca e mais vulnerável a incêndios. E são os balões um dos principais
causadores. No ano passado, eles podem ter contribuído para o incêndio
florestal que durou 13 dias em outubro e devastou uma área de 5.150 hectares.
Parte dessa devastação aconteceu no Parque Nacional da Serra dos Órgãos
(Parnaso), onde a vegetação levará uma década para se recuperar. Na Reserva
Biológica – Rebio de Araras animais silvestres foram as grandes vítimas.
Petrópolis possui uma das maiores áreas de Mata Atlântica preservada no estado,
mas vem sofrendo com a degradação causada pela ação do homem. As queimadas
causadas pelos incêndios florestais no ano passado atingiram uma área, de
acordo com o Ibama, onde há um ecossistema rico, com diversas espécies da flora
e da fauna, que só existem nesses locais. Durante a operação de combate aos
incêndios, no fim do ano passado, restos de balões foram encontrados tanto na
Rebio Araras quanto no Parnaso. E a presença dos balões é comum nas regiões.
Sem controle, depois de soltos, eles muitas vezes acabam caindo nas reservas
florestais. Em 2012, o Corpo de Bombeiros de Itaipava, o 15º/2 GBM, apreendeu
um exemplar de 25 metros de comprimento. O balão estava em uma propriedade
particular na Rua Bernardo Coutinho, em Araras. Para resgatar o balão, os
bombeiros precisaram, na ocasião, do apoio da Polícia Militar, porque populares
queriam o artefato e cercavam o local na tentativa de pegá-lo. Para combater
esse crime, o Linha Verde vai oferecer, como estímulo, recompensas que podem variar
entre R$ 300 e R$ 2 mil, dependendo da informação fornecida. Essas denúncias
podem ser feitas pelo número do Linha Verde, o 0300 253 1177, que tem custo de
ligação local.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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