Para o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de Petrópolis, Almir Schmidt, a pesquisa reflete a realidade. Ele citou algumas áreas, como a Reserva Biológica do Tinguá, a Reserva Biológica de Araras, o Parque Natural da Ipiranga e o Parque Nacional Serra dos Órgãos (Parnaso) como locais de preservação ambiental, que não são devastados pelo homem. O secretário explicou que Petrópolis tem cerca de 60% de área de cobertura verde e a Mata Atlântica é Tropical de Altitude.
Já o estudo informa que 32% dessa cobertura verde está preservada. O levantamento mostra ainda que, dentro dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro que foram analisados, Petrópolis está entre os que possuem a maior área que serve de refúgio para os animais silvestres. Ao todo são 1.420 hectares. A cidade perde para Itatiaia (2.075 ha), Teresópolis (2.015) e Resende (1.621 ha).
Schmidt comentou que a Secretaria de Meio Ambiente investe em rondas diárias que percorrem todo o município, inibindo desmatamentos. Ele mencionou ainda que a secretaria recebe denúncias com frequência e a fiscalização é feita pelo Grupamento de Proteção Ambiental. “A população petropolitana é bastante consciente no que diz respeito à conservação”, disse.
Quando o caso de desmatamento é identificado, Almir diz que o proprietário tem que fazer junto à Secretaria de Meio Ambiente um Projeto de Recuperação de Área Degradada.
Almir comentou ainda que, no caso de obras licenciadas, que envolvem algum tipo de desmatamento, é estabelecido um Termo de Compromisso Ambiental que prevê a regeneração de áreas degradadas. Nesse sentido, ele citou que, recentemente, foram enviadas para o Vale do Cuiabá mil mudas para reflorestamento da área que foi altamente devastada pelas chuvas de 2011. Apesar do que a localidade sofreu, ele disse que a região ainda possui uma cobertura vegetal significativa, uma vez que a ocupação do homem no local é pequena.
Outra área que está sendo reflorestada é o Taquaril, na Posse, próximo à Pedra do Elefante. Segundo Almir, cerca de 25,5 hectares estão sendo reflorestados como Termo de Compromisso Ambiental, para viabilizar a obra de construção da nova subida da serra.
O secretário destacou ainda a importância de preservar a Mata Atlântica. Segundo ele, ela é responsável por fixar a água no solo, alimentando o lençol freático; pela captura de carbono na atmosfera para que sejam mantidos os níveis de gás carbônico, evitando o efeito estufa, e também pela diversidade da vida selvagem, envolvendo tanto a fauna como a flora. “Nesses locais temos a presença de animais como o jacu, ouriço, porco-do-mato e tucanos”, afirmou. Ele também ressaltou que é importante preservar as áreas com nascente.
Sobre as queimadas que atingiram a cidade em outubro e chegaram a invadir áreas da Rebio Araras e do Parnaso, Almir afirmou que ainda está aguardando as estatísticas dos órgãos responsáveis para saber a dimensão real do que aconteceu nas áreas de preservação. Apesar disso, ele declarou que após as queimadas, há uma recuperação natural da área degradada. Na ocasião, o Corpo de Bombeiros informou que mais de 3 mil hectares haviam sido devastados.
Fonte:Tribuna de Petrópolis
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