quarta-feira, dezembro 10, 2014

Reajuste de aluguéis pode chegar a 10%

Procura por imóveis aumenta em janeiro e eleva índice em toda a cidade
O mercado imobiliário petropolitano pode estar vivendo um momento de calmaria que antecede o “furacão” que promete chegar à cidade em janeiro de 2015. É nesse período que a procura por um imóvel para alugar cresce consideravelmente em conseqüência à abertura de novas turmas nas faculdades do município, principalmente para o curso de medicina. Segundo Onésio Mariano Henrichs, advogado especializado em direito imobiliário, da Adjuve, esse cenário pode provocar o reajuste de até 10% no valor dos aluguéis na cidade.  Ele revela, contudo, que o índice poderia ser ainda mais alto.
Conforme explicou, o grande número de lançamento de imóveis na cidade nos últimos dois anos, principalmente na região dos distritos, ajudará a absorver essa demanda mais facilmente. Ele afirma também que o valor do aluguel varia de acordo com a localização.
- Está havendo uma oferta maior, então os preços não devem subir tanto esse ano. Acredito que o reajuste seja de 6% a 7%, no máximo 10% em relação ao ano passado. Isso de acordo com o tipo de imóvel e da localização. Em Petrópolis há uma oscilação muito grande de acordo com a localização. Na Rua do Imperador, por exemplo, do Obelisco pra cá é um valor, e do Obelisco pra lá outro – esclareceu.

Retração no fim do ano

No entanto, nos últimos meses o mercado da cidade passa mesmo por uma pequena retração, segundo Onésio e André Pacheco, gerente da AICA Imobiliária. Este explicou que os números registrados em Petrópolis no último ano eram uma conseqüência da bolha criada pela especulação imobiliária no Rio de Janeiro e em São Paulo.  Mas ele acredita que essa oscilação não chegou a afetar a economia municipal.
- Estamos queimando um pouco de gordura e ainda temos uma margem boa para gastar. A gente estava naquela bolha especulativa e estava demais mesmo. O que estamos vendo agora é uma estabilização do mercado em geral – ponderou.
De acordo com André, a redução no valor do aluguel registrada no período é de pouco mais de 5%.
- Em imóveis novos, um aluguel que girava em torno de R$ 2.000 hoje temos que negociar, chegamos a, no máximo, R$ 1.900 – ilustrou.

Aluguel não inflacionou IPC-S

Onésio Henrich, afirmou, por último, que é irreal dizer que a alta de 1,06% no valor dos aluguéis no Rio de Janeiro tenha contribuído para a alta do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), divulgado nesta segunda-feira (8) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Conforme lembrou, o índice de reajuste do aluguel é calculado de acordo com o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M).
- Eu absolutamente acho que o aluguel não pode ser considerado um dos fatores que esteja inflacionando o IPC-S. Outros itens tiveram reajustes muito mais altos. No Rio de Janeiro, só a energia elétrica aumentou quase 17%. Fora o aumento dos combustíveis. E isso tem uma abrangência muito maior, e muito mais impacto no custo de vida da população.
O IPC-S na capital fluminense ficou em 1,34%, acima da taxa de 1,02% registrada na semana anterior, e o maior entre as sete capitais pesquisadas. Segundo dados da fundação, o desempenho foi puxado pela alta nos preços da tarifa de eletricidade residencial, que ficou 16,89% mais cara, da batata inglesa (56,17%), do condomínio residencial (4,78%), do aluguel residencial (1,06%) e da alcatra (10,39%).
Fonte: Diário de Petrópolis

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