Procura por imóveis aumenta em janeiro e eleva índice em toda a cidade
O mercado imobiliário petropolitano pode estar vivendo um momento de
calmaria que antecede o “furacão” que promete chegar à cidade em janeiro
de 2015. É nesse período que a procura por um imóvel para alugar cresce
consideravelmente em conseqüência à abertura de novas turmas nas
faculdades do município, principalmente para o curso de medicina.
Segundo Onésio Mariano Henrichs, advogado especializado em direito
imobiliário, da Adjuve, esse cenário pode provocar o reajuste de até 10%
no valor dos aluguéis na cidade. Ele revela, contudo, que o índice
poderia ser ainda mais alto.
Conforme explicou, o grande número de lançamento de imóveis na cidade
nos últimos dois anos, principalmente na região dos distritos, ajudará a
absorver essa demanda mais facilmente. Ele afirma também que o valor do
aluguel varia de acordo com a localização.
- Está havendo uma oferta maior, então os preços não devem subir
tanto esse ano. Acredito que o reajuste seja de 6% a 7%, no máximo 10%
em relação ao ano passado. Isso de acordo com o tipo de imóvel e da
localização. Em Petrópolis há uma oscilação muito grande de acordo com a
localização. Na Rua do Imperador, por exemplo, do Obelisco pra cá é um
valor, e do Obelisco pra lá outro – esclareceu.
Retração no fim do ano
No entanto, nos últimos meses o mercado da cidade passa mesmo por uma
pequena retração, segundo Onésio e André Pacheco, gerente da AICA
Imobiliária. Este explicou que os números registrados em Petrópolis no
último ano eram uma conseqüência da bolha criada pela especulação
imobiliária no Rio de Janeiro e em São Paulo. Mas ele acredita que essa
oscilação não chegou a afetar a economia municipal.
- Estamos queimando um pouco de gordura e ainda temos uma margem boa
para gastar. A gente estava naquela bolha especulativa e estava demais
mesmo. O que estamos vendo agora é uma estabilização do mercado em geral
– ponderou.
De acordo com André, a redução no valor do aluguel registrada no período é de pouco mais de 5%.
- Em imóveis novos, um aluguel que girava em torno de R$ 2.000 hoje
temos que negociar, chegamos a, no máximo, R$ 1.900 – ilustrou.
Aluguel não inflacionou IPC-S
Onésio Henrich, afirmou, por último, que é irreal dizer que a alta de
1,06% no valor dos aluguéis no Rio de Janeiro tenha contribuído para a
alta do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), divulgado nesta
segunda-feira (8) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Conforme lembrou, o
índice de reajuste do aluguel é calculado de acordo com o Índice Geral
de Preços - Mercado (IGP-M).
- Eu absolutamente acho que o aluguel não pode ser considerado um dos
fatores que esteja inflacionando o IPC-S. Outros itens tiveram
reajustes muito mais altos. No Rio de Janeiro, só a energia elétrica
aumentou quase 17%. Fora o aumento dos combustíveis. E isso tem uma
abrangência muito maior, e muito mais impacto no custo de vida da
população.
O IPC-S na capital fluminense ficou em 1,34%, acima da taxa de 1,02%
registrada na semana anterior, e o maior entre as sete capitais
pesquisadas. Segundo dados da fundação, o desempenho foi puxado pela
alta nos preços da tarifa de eletricidade residencial, que ficou 16,89%
mais cara, da batata inglesa (56,17%), do condomínio residencial
(4,78%), do aluguel residencial (1,06%) e da alcatra (10,39%).
Fonte: Diário de Petrópolis
quarta-feira, dezembro 10, 2014
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