Com um acervo de quase 3 mil títulos, a
instituição trabalha com a conversão de textos para áudio, que é feita
no próprio local, por voluntários, em cabines especiais. O local conta,
principalmente, com fitas cassetes. Ao todo, são 2.300 áudios nessa
modalidade e cerca de 250 em CD.
O administrador do local, Sérvio Túlio
Cardoso, explica que o público para quem é enviado os áudios é muito
pobre e ainda utiliza esta plataforma de áudio. “Enviamos os arquivos
pelos Correios, em uma modalidade chamada Cecograma, que é gratuita. A
pessoa que recebe o arquivo, fica com ela durante 30 dias e depois manda
de volta, da mesma forma”, declarou.
Para fazer a solicitação, o usuário
precisa entrar em contato com a entidade, seja por meio do site
www.audioteca.org.br/www.audioteca.org.br/, e-mail ou carta. São pelo
menos 500 empréstimos por mês, mas, esse número já foi maior. “Antes,
era, em média, 2 mil empréstimo ao mês, mas a situação tem ficado
difícil. Atualmente, só duas pessoas trabalham lá, para dar conta do
material que está sendo devolvido”, declarou.
Uma solução para que o espaço volte a
funcionar plenamente parece estar perto de acontecer. A entidade está em
negociação e pode vir a pertencer a outro grupo, que, segundo Túlio,
dará continuidade ao trabalho. “Os donos do prédio, onde o espaço
funciona, está interessado em administrar o espaço. Mas ainda não está
definido. Esperamos que essa seja a resolução para que este trabalho
seja retomado”, contou.
Sobre os voluntários leitores, ou seja,
aqueles que fazem a gravação dos textos, Túlio conta que tem uma grande
demanda, mas como só há quatro salas de conversão, não dá para aceitar a
todos. “Quando as pessoas se voluntariam, fazemos um cadastro, porque
precisamos passar o treinamento para elas. Nesse caso, damos aula de
dicção, entonação, voz e sistema”, explica.
O trabalho é filantrópico e tem como
objetivo levar a leitura para aqueles que não conseguem enxergar. O novo
desafio da instituição, é fazer a conversão de material orientado para
concursos públicos, mas que pode não acontecer, caso a entidade deixe de
funcionar.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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