quarta-feira, julho 23, 2014

Pista estreita coloca em risco usuários da ciclofaixa da Barão do Rio Branco

Desde a implementação da ciclofaixa na Barão do Rio Branco surgiram muitas reclamações por parte das pessoas que utilizam o local para caminhar, correr e andar de bicicleta. Isso porque, de acordo com eles, os motoristas não respeitam os espaços demarcados e até estacionam nestas áreas. Já os condutores alegam não ter opção em determinados pontos, principalmente nas curvas, onde os desvios são praticamente impossíveis devido à largura da pista, que é considerada estreita.
Os motoristas de ônibus, alvo de parte das queixas, também se defendem e afirmam enfrentar grandes dificuldades devido à ciclofaixa. Por ser de grande porte, para conseguir manter o veículo na pista correta o condutor é obrigado a passar em cima do espaço destinado aos esportistas da cidade. Muitos alegam temer possíveis acidentes, levando em conta a dificuldade para desviar dos pedestres e automóveis comuns. 
“Todos os dias faço esse trajeto várias vezes e isso me preocupa muito. Quando não tem nenhum carro do meu lado consigo facilmente evitar a ciclofaixa. O problema é quando o tráfego está intenso e para não colidir ou até mesmo fechar o outro automóvel inevitavelmente utilizo a minha pista inteira, o que será um problema quando tiver algum ciclista. Por isso ando o mais devagar possível e fico muito atento para conseguir evitar uma tragédia”, confidenciou um motorista de ônibus que não quis se identificar. 
Já para o esportista Paulo Carius, a implantação de uma ciclofaixa na cidade foi uma ótima ideia. “O que está faltando é uma fiscalização efetiva do poder público porque ninguém respeita o espaço que foi destinado para nós, amantes do esporte. Há três anos corro e ando de bicicleta no local e agora estou ainda mais inseguro, pois em duas ocasiões quase fui atropelado. As pessoas praticam atividades no local sempre tensas”, afirmou. 
O estudante João Paulo Neto defende a não utilização da ciclofaixa. “Eu também pratico exercícios e acho muito importante, mas do jeito que está sendo feita na Barão é perigoso. Quando passo de carro pela região vejo os riscos em cada curva. As pistas são estreitas e sempre há muitos acidentes. Se não tornarem pista única ou substituírem as calçadas pela ciclofaixa, não vejo um jeito seguro de se realizar esse projeto”, opinou.
O Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis, o Setranspetro, informou que até o momento não foi constatada nenhuma reclamação por parte dos motoristas dos coletivos no departamento operacional das empresas que atuam na Barão do Rio Branco – Cascatinha, Turb e Cidade das Hortênsias. Apesar disso, as informações denunciadas na reportagem serão apuradas e, se houver a necessidade, repassadas para a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes, CPTrans, responsável pelo projeto. O Setranspetro afirmou ainda que, assim como as empresas, apoia a iniciativa e solicitará apenas alguns ajustes na medida, caso seja necessário. Durante a apuração inicial já foi relatado um risco maior no lado direito da Barão devido à pista estreita.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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