Copa terminou, mas troca de figurinhas continua

Se o mundial da Fifa foi sucesso de público e crítica, a venda de figurinhas do álbum da Copa do Mundo era sucesso meses antes do início das partidas, no dia 12 de junho. Mesmo agora, após a grande final, a troca, compra e venda de figurinhas de jogadores continua intensa em pontos como a Praça da Inconfidência, no Centro Histórico. Nem a vergonhosa derrota do Brasil para a Alemanha, pela semi-final, desanimou os colecionadores e nem os vendedores de figurinhas, que continuam lucrando bastante com o comércio.

O estudante Pedro Henrique, de 10 anos, foi um dos colecionadores de última hora. Empolgado com o início dos jogos da Copa do Mundo, ele decidiu guardar a lembrança de cada um dos craques que viu nos campos de futebol do país. “Meus amigos estavam colecionando e comentando os jogos. Então resolvi colecionar também”, revela o garoto, que alega não ter desanimado mesmo após a eliminação do Brasil. “Falta pouquinho agora, pouco mais de vinte figurinhas”.

O grande interesse pelo mundial, atraiu não só os colecionadores de figurinhas, como também aqueles interessados em fazer uma renda extra. É o caso do vigilante Diego Xavier que, de férias, resolveu passar algumas horas livres na Praça da Inconfidência ajudando colecionadores a completar álbuns. “Eu comecei a pouco menos de um mês, quando a Copa já tinha iniciado e, mesmo com a queda do movimento após o fim dos jogos, ainda consigo, em um dia ruim, lucrar cerca de R$ 100 por dia, o que é mais do que ganho diariamente no trabalho”, explica.

Há mais tempo envolvido com a comercialização das figurinhas do álbum da Copa, o eletricista Sérgio Alves (que já vendia as figurinhas na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul) acredita que esse é o último mês da venda das figurinhas, que ele estima ter caído cerca de 80% comparado ao movimento registrado nos últimos meses. “O que tem agora é o resquício da coleção, aqueles que estão por poucas figurinhas para completar o álbum”, informa o vendedor que ajudou mais a completar mais de trinta álbuns ao longo dos últimos três meses..

Sérgio também acredita que a derrota do país na Copa não afetou negativamente as vendas. “O que houve foi uma inversão de valores. Se antes as figurinhas dos jogadores da seleção brasileira estavam entre as mais caras, agora não valem tanto assim. Aumentou foi a procura por jogadores da Alemanha e Holanda, por exemplo, em função do bom desempenho no mundial”, garante o eletricista.

Quem não gosta de colecionar as figurinhas comprando uma a uma e trocando, quando necessário, ainda pode adquirir a coleção completa dos vendedores. No entanto, um álbum de capa dura, completo com as 639 figurinhas dos 32 países, é vendido em média por R$ 350.

Fonte: Tribuna de Petrópolis