O índice varia de zero (mínimo) a 1
ponto (máximo) e classifica o nível de cada cidade em quatro categorias
de desenvolvimento: baixo ( de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6),
moderado (0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1). Quanto mais próximo de 1,
maior o desenvolvimento do município.
O evento contou com a participação da
presidente da Regional da Firjan Waltraud Keupper, que mencionou o
momento difícil que o país está passando. “Estamos vivendo um momento
que não sabemos bem para onde ir. O que vemos são empresários
angustiados e um dos papéis dos índices é mostrar o contexto onde
estamos. O IFDM é um importante indicador da evolução dos municípios em
áreas prioritárias. Pretendemos, com o estudo, contribuir com a
administração pública, apontando a necessidade de políticas públicas
eficientes em determinados setores e deixando claro onde há necessidade
de mais investimentos”, disse.
Jonathas lembrou que o IFDM foi criado
em 2008, para acompanhar as três vertentes dos 5.565 municípios do país.
“O desenvolvimento econômico vai além, do que se observa no PIB per
capita. O IFDM é uma ferramenta que permite que a própria sociedade
possa cobrar o governo. Ele revela se o básico é oferecido pelo
município”, comentou.
Na área de educação, o índice avalia o
número de matrículas na educação infantil, abandono, distorção
idade-série e docentes com ensino superior, média de horas aula diárias e
resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), no
ensino fundamental. A análise engloba a geração de emprego formal,
absorção de mão de obra local, geração de renda formal, salários médios
do emprego formal e desigualdade. Enquanto na área de saúde o IFDM
considera o número de consultas pré-natal, registro de óbitos por causas
mal definidas, óbitos infantis por causas evitáveis e internação
sensível à atenção básica.
Jonathas explicou que, com estes dados,
foi possível verificar que o número de trabalhadores com carteira
assinada dobrou no país, assim como diminuiu a taxa de abandono no
ensino fundamental. “Agora almejamos novos desafios, expectativas e
conquistas de desenvolvimento. Conforme passa o tempo, maiores são as
exigências da população”, afirmou.
Ele também comparou a situação nacional
com a de outros países. “O número de docentes com ensino superior no
Brasil é de 74%. Já nos Estados Unidos, este número é de 100%”,
observou. Da mesma forma, ele mostrou que a taxa de abandono em ensino
fundamental no Brasil é de 3,1% e no Chile é de 1,3%. Enquanto a
população com carteira assinada no Brasil é de 30,4% e no Chile de 34%.
Ainda a nível nacional, ele ressaltou
que 35 municípios passaram para a posição de alto desenvolvimento em
2011. Na área de educação, 81% dos municípios apresentaram melhora e na
saúde, 65%. E, com relação a emprego e renda, foi registrado um recuo
23% inferior aos anos anteriores. “Verificamos que a vertente emprego é o
calcanhar de aquiles de muitas prefeituras”, comentou.
Um dos motivos que leva os municípios a
recuar em algumas vertentes pode ser, segundo o especialista, porque as
políticas públicas, não são voltadas para aquela área específica.
A cidade do Rio de Janeiro se destacou
na área da saúde, onde 32 municípios tem alto desenvolvimento. Enquanto
21 cidades tiveram alto desenvolvimento com relação a educação. Já
emprego e renda, apareceu com índice intermediário.
O coordenador da Frente Pró Petrópolis,
Philippe Guédon, acredita que os baixos índices tem a ver com as
políticas nacionais e estaduais. “Sabemos como Petrópolis foi tratada na
crise que viveu em 2011, ano em que sofreu uma tragédia natural”,
disse, referindo-se a falta de repasses dos governos.
Na ocasião, o Secretário de Planejamento
Eduardo Áscoli, ressaltou a importância do IFDM. “Estamos vivenciando
uma fase de construção de indicadores próprios, que nos levam a
reflexão”, comentou.
A apresentação contou ainda com a
participação do prefeito Rubens Bomtempo, que afirmou que esta discussão
é de interesse do município, uma vez que, com essa ferramenta é
possível fazer uma avaliação para melhoras as condições da cidade. “A
Firjan cumpre um papel importante no sentido de exercitar a democracia e
gerar uma discussão mais ampla”, declarou. Ele ressaltou ainda que é
preciso tratar o empresário como patrimônio da cidade e fortalecer a
indústria nacional e o que é produzido no país.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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