quarta-feira, julho 09, 2014

Uso do cerol preocupa frequentadores do Parque de Itaipava

Foro: reprodução
Soltar pipa é uma brincadeira bem antiga e aparentemente inocente quando é feita com segurança. O problema acontece quando alguns praticantes resolvem aplicar o 'cerol', na linha. É uma mistura de cola com vidro moído (ou limalha de ferro), tornando a linha extremamente cortante que pode trazer riscos, inclusive de morte. A venda e a produção deste material é proibida por lei desde 2009, mas infelizmente ainda hoje é utilizado.

Muitos acidentes fatais ocorrem principalmente com motociclistas que passam por áreas onde crianças e adolescentes empinam papagaios. Geralmente nos casos fatais, é o pescoço do motociclista ou pedestre que entra em contato com a linha de pipa com cerol. São também vítimas do cerol: aeronaves, pedestres, ciclistas, motociclistas, paraquedistas, skatistas e outros.
Atualmente, em alguns municípios brasileiros, existem leis que proíbem o seu uso e venda. O vendedor de cerol pode ser preso, além de pagar multa.
Neste fim de semana, uma moradora de Petrópolis passou por um caso de estar no mesmo local onde crianças soltavam pipas. Precisou ir embora e acabasse seu passeio por medo de algum acidente.
“Estava com meu filho de sete anos no Parque Municipal de Itaipava, ele está aprendendo a andar de bicicleta. Ficamos em um espaço onde as pessoas fazem piquenique, mas perto de nós haviam também alguns meninos que estavam soltando pipa. E eles afirmaram que estava com com cerol, ainda fui reclamar com um deles, mas ele desdenhou do meu pedido de não fazer aquilo no local público, onde tinham crianças brincando”, contou Marcela Baffa. 
Segundo ela, não estava ventando suficiente para a pipa ficar no alto e a linha ficava na altura de onde as pessoas estavam. 
“Quando perguntei a ele se tinha cerol, ele me respondeu que se não colocasse o material iria perder a pipa. Não perdi mais meu tempo e acabei com o meu passeio. Além disso não encontrei ninguém para reclamar”, contou.
Nestes casos, as pessoas devem procurar autoridade militar e fazer a denúncia. Geralmente pelo 190. A venda deste material é proibida em todo estado do Rio e quem o fizer pode ter de pagar multa, além de pena de até dois anos de reclusão.

Essa brincadeira pode ser extremamente perigosa, pois quando a linha está totalmente esticada, dificilmente tem-se a visão da mesma e, ao passar em velocidade (ou não) por ela, funcionará como uma perfeita “guilhotina”, um verdadeiro instrumento cortante, podendo produzir lesões perfuroincisas de grande profundidade. São inúmeros os casos de lesões corporais e até mortes de motociclistas, ciclistas, transeuntes e até mesmo de animais que são simplesmente degolados ao terem a linha enroscada em seu corpo.
Apesar de ter casos recentes de acidentes e até mortes em todo estado, como no caso da menina de seis anos que morreu em março deste ano após ser atingida no pescoço por uma linha de pipa com cerol enquanto andava de bicicleta no Engenho de Dentro, subúrbio do Rio. Em Petrópolis, não há recentes casos. 
Fonte:Tribuna de Petrópolis 

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