Violência

Dos onze casos registrados na área da 105^a DP, apenas dois foram resolvidos

Em sete meses, pelo menos 15 homicídios foram registrados nas duas delegacias da cidade, deste total apenas três casos foram solucionados. Na maior parte deles (11 casos) as vítimas foram mortas por disparos de arma de fogo. Em alguns as mesmas foram atingidas por tiros no rosto ou na cabeça, o que caracteriza o crime de execução. Chama atenção ainda o fato de cerca de cinco destes crimes terem sido executados por motoqueiros, que em pelo menos quatro dos casos não se intimidaram com a presença de testemunhas.

Dos 15 assassinatos, 11 foram registrados na área da 105^a. DP. Os crimes aconteceram nas localidades de Cascatinha, Estrada da Saudade, Chácara Flora, Independência, São Sebastião, Floresta, Valparaíso, Carangola, Sertão do Carangola e Corrêas. Destes casos causou grande repercussão a morte da arrematadeira Adriana Medeiros, que foi estrangulada pelo companheiro Welinton Costa, de 39 anos, após uma briga entre o casal na noite de 12 de maio. O depoimento de familiares e amigos da vítima aliado ao empenho da polícia culminaram com a prisão do autor menos de 24h após a descoberta do assassinato.

Na área da 106^a. DP, dos quatro assassinatos registrados, o único a ser solucionado foi a morte de um mendigo assassinado com um facão. O crime, a princípio de difícil solução, devido a falta de identificação da vítima, ficou esclarecido um mês após o início das investigações. Partindo do princípio de que a vítima seria um morador de rua, inspetores da 106^a. DP fizeram diligências pela região. Durante a conversa com outros andarilhos da região, os policiais apresentaram fotos da vítima, que foi reconhecida pelos freqüentadores da localidade conhecida como Arranha Céu. As investigações apontaram para dois jovens que teriam se envolvido em uma briga com a vítima. Diante das provas conseguidas pelos policiais, os dois acabaram por confessar o crime.

Histórico de casos

Itaipava

(Resolvido) Um morador de rua, conhecido como "baixinho", de aproximadamente 30 anos, foi morto dia 19 de maio em Itaipava. De acordo com o laudo do I.M.L., ele foi assassinado com um instrumento que possuía uma lâmina larga, tal como um facão ou outro semelhante.

Um mês depois do assassinato os inspetores da 106^a. DP conseguiram prender Henrique da Silva Constantino, o "Xavier", de 23 anos e José Henrique Gonçalves Francisco, o "Riquinho", 20. De acordo com a polícia, aos ficarem diante das provas, ambos acabaram por confessar o assassinato de "Baixinho". Segundo os policiais, o crime teria ocorrido em razão de uma briga durante a qual a vítima teria dito que os acusados estavam marcados para morrer, sem revelar entretanto, quem estava por trás da ameaça. "Eles queriam saber quem faria isso e como "Baixinho" não revelou eles o torturaram e mataram", conta o inspetor Gualter Moreira.

Itaipava

O motorista Durval Ibrahim Raposo da Silva Filho, de 43 anos, foi morto a tiros, por dois homens que usavam uma motocicleta, dia 4 de julho, na Rua Santa Clara, na região da Laginha, em Itaipava. Durval foi morto quando deixava a namorada, A.M.K., em casa. A ação dos assassinos foi rápida e ocorreu quando o casal chegava em frente à residência de A.