domingo, setembro 27, 2015

Exposição "Nada se perde, tudo se recicla" em Itaipava

Está em cartaz no Parque Municipal de Itaipava a exposição “Nada se perde, tudo se recicla”, de José Filho do Nascimento, mais conhecido como Zé Filho. Com ideal de sustentabilidade, suas obras pra lá de contemporâneas, podem ser conferidas até domingo. 
No total cerca de 50 itens fazem parte da mostra. Tem de tudo um pouco: mesa, trator, helicóptero, máscara, instrumento musical, animal, bugre, robô, moto, abajur, e por aí vai. Os objetos também são de tamanhos variados e criados com os mais distintos materiais, entre eles, parafusos, velas, correntes, cabeçotes de motor, discos de freio, coroas de bicicleta, lona de freio, restos de máquinas de grama ou de costura, ferramentas, e muito mais. 
“Tudo que é resto, sobra na oficina e que vai para o ferro velho eu uso”, conta. 
Aos 38 anos, esta é a segunda exposição no currículo de Zé Filho, que jamais imaginou ser artista.
“Há cerca de cinco anos eu fui para Argentina e ví uma peça parecida com as que faço hoje na vitrine de uma loja. Na época não comprei, mas voltei com ela na cabeça. Tentei então fazer aqui e deu certo”. 
Assim, não parou mais de criar. Hoje seus acervo já conta com 75 obras. 
José Filho do Nascimento, veio de uma cidadezinha no interior Mato Grosso do Sul e sua infância foi na fazenda. Como muitos rapazes, seu sonho era conhecer os grandes centros. E quando isto foi possível, tornou realidade. Passou por São Paulo e acabou chegando ao Rio de Janeiro e, consequentemente, a Itaipava. 
Foto Marco Oddone
Nessas andanças trabalhou como jardineiro, caseiro, taxista e se tornou capoteiro, ou melhor, empresário do ramo de estofamento automotivo. A profissão lhe exigiu criatividade. Muitas vezes, Zé Filho se viu obrigado a inovar para atender as expectativas de seus clientes. Dentro desta área acabou entrando em contato com segmentos próximos, como mecânica, elétrica e lanternagem. Neste mundo viu muitas peças se tornando inúteis e descartáveis. O que lhe incomodou. Nascia aí o desejo de utilizar todo este material de maneira mais produtiva e ecológica. Eis que nasce o artista!

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