“Este valor vai ser reformulado
reduzindo o impacto para o usuário”, afirmou Viviane Esse. “É um avanço a ANTT
admitir a revisão, mas queremos mais. Vamos continuar cobrando uma tarifa mais
justa”, antecipa Bernardo Rossi. Viviane Esse recebeu na reunião os presidentes
da Câmara de Vereadores, Paulo Igor (PMDB) e de Areal, Álvaro Lima Freitas
(PP), além dos vereadores de Petrópolis, Maurinho Branco (PTC) e Marquinhos
Carestia (PMDB). Viviane Esse descartou apenas que a chamada Lei do
Caminhoneiro, que isenta do pedágio os eixos suspensos, repassado ao cálculo
tarifário seja suprimido.
“O aumento de 24,4% na tarifa
de pedágio vem impactando a economia das cidades fluminenses e mineiras, em especial
Petrópolis. Hoje, o petropolitano paga uma das tarifas mais caras do país em
comparação aos 40 quilômetros de subida e descida da serra. E a tarifa de
pedágio penaliza a todos que precisam da estrada até Minas”, pontuou Bernardo
Rossi.
Um dos parâmetros apresentados
à superintendente da ANTT foi o índice de inflação acumulada de 1996,
quando a tarifa de R$ 1,91 entrou em vigor, até agosto deste ano, quando foi
autorizada a cobrança de R$ 11,20 pela tarifa básica. “São 485% de reajuste
tarifário contra uma inflação acumulada de 248%. Só isso já é motivo para a
revisão do valor do pedágio, mas ainda há descumprimento do contrato
penalizando os usuários com obras atrasadas e más condições das pistas”,
afirmou. Bernardo Rossi evidenciou ainda acórdão de 2011 do Tribunal de Contas
da União (TCU) que já indicava a necessidade de revisão, para menos, da tarifa.
As novas concessões de estradas
federais, com contratos em vigor a partir de2014, mostraram que o pedágio do
trecho de 180 quilômetros da BR-040 entre Rio e Juiz de Fora é um dos mais
caros do país sem a contrapartida para os usuários. Cinco novas concessões de
estradas federais leiloadas ano passado ficaram com valor de pedágio muito
abaixo das rodovias já sob administração privada desde o final de década de 90.
O pedágio mais caro entre as novas concessões é o da BR-050 (R$ 4,53 a cada 100
km).
“O usuário deve pagar uma
tarifa justa e hoje os R$ 11,20 praticados não são condizentes com a estrada,
principalmente na serra. Trazemos uma reivindicação que é de toda a indústria,
comércio e turismo de Petrópolis, extensiva também de outras cidades mineiras”,
afirmou Bernardo Rossi.
Paulo Igor e Maurinho Branco
também apresentaram ao diretor da ANTT a preocupação dos petropolitanos com a
execução da nova pista de subida da serra. “Precisamos garantias de que não
haverá impacto tarifário com a nova pista”, apontou Paulo Igor. “Prazos da obra
e também paralisações constantes dos funcionários que reclamam de direitos
trabalhistas também precisam ser acompanhados”, completa Maurinho Branco.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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