quarta-feira, setembro 02, 2015

Reajuste da tarifa do pedágio vai ser revisto pela ANTT


 A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) admite que vai rever, para menos, a tarifa do pedágio praticado na Rio-Petrópolis-Juiz de Fora.  O percentual que será reduzido vai ser recalculado levando em conta a inflação dos últimos 12 meses em 8,89% contra um reajuste de 24,44%, garante Viviane Esse, superintendente de Exploração de Infraestrutura Rodoviária da ANTT.  Em reunião,realizada hoje (01), em Brasília, com o deputado estadual licenciado Bernardo Rossi (PMDB) e vereadores de Petrópolis e Areal, Viviane Esse, garantiu a revisão da tarifa, hoje em R$ 11,20.

“Este valor vai ser reformulado reduzindo o impacto para o usuário”, afirmou Viviane Esse. “É um avanço a ANTT admitir a revisão, mas queremos mais. Vamos continuar cobrando uma tarifa mais justa”, antecipa Bernardo Rossi. Viviane Esse recebeu na reunião os presidentes da Câmara de Vereadores, Paulo Igor (PMDB) e de Areal, Álvaro Lima Freitas (PP), além dos vereadores de Petrópolis, Maurinho Branco (PTC) e Marquinhos Carestia (PMDB). Viviane Esse descartou apenas que a chamada Lei do Caminhoneiro, que isenta do pedágio os eixos suspensos, repassado ao cálculo tarifário seja suprimido.

“O aumento de 24,4% na tarifa de pedágio vem impactando a economia das cidades fluminenses e mineiras, em especial Petrópolis. Hoje, o petropolitano paga uma das tarifas mais caras do país em comparação aos 40 quilômetros de subida e descida da serra. E a tarifa de pedágio penaliza a todos que precisam da estrada até Minas”, pontuou Bernardo Rossi.

Um dos parâmetros apresentados à superintendente da ANTT foi o índice de inflação  acumulada de 1996, quando a tarifa de R$ 1,91 entrou em vigor, até agosto deste ano, quando foi autorizada a cobrança de R$ 11,20 pela tarifa básica. “São 485% de reajuste tarifário contra uma inflação acumulada de 248%. Só isso já é motivo para a revisão do valor do pedágio, mas ainda há descumprimento do contrato penalizando os usuários com obras atrasadas e más condições das pistas”, afirmou. Bernardo Rossi evidenciou ainda acórdão de 2011 do Tribunal de Contas da União (TCU) que já indicava a necessidade de revisão, para menos, da tarifa.

As novas concessões de estradas federais, com contratos em vigor a partir de2014, mostraram que o pedágio do trecho de 180 quilômetros da BR-040 entre Rio e Juiz de Fora é um dos mais caros do país sem a contrapartida para os usuários. Cinco novas concessões de estradas federais leiloadas ano passado ficaram com valor de pedágio muito abaixo das rodovias já sob administração privada desde o final de década de 90. O pedágio mais caro entre as novas concessões é o da BR-050 (R$ 4,53 a cada 100 km).

“O usuário deve pagar uma tarifa justa e hoje os R$ 11,20 praticados não são condizentes com a estrada, principalmente na serra. Trazemos uma reivindicação que é de toda a indústria, comércio e turismo de Petrópolis, extensiva também de outras cidades mineiras”, afirmou Bernardo Rossi.

Paulo Igor e Maurinho Branco também apresentaram ao diretor da ANTT a preocupação dos petropolitanos com a execução da nova pista de subida da serra. “Precisamos garantias de que não haverá impacto tarifário com a nova pista”, apontou Paulo Igor. “Prazos da obra e também paralisações constantes dos funcionários que reclamam de direitos trabalhistas também precisam ser acompanhados”, completa Maurinho Branco.  

Fonte: Tribuna de Petrópolis

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