segunda-feira, setembro 21, 2015

Novo Código de Obras é considerado mais justo


O novo Código de Obras de Petrópolis (COP), entregue essa semana à Câmara Municipal pelo prefeito Rubens Bomtempo, está sendo considerado por técnicos da área uma lei moderna e que promoverá a justiça social na cidade, beneficiando a maioria da família petropolitana que ganha até três salários-mínimos. Ao ser aprovado pelos vereadores e sancionado pelo Executivo, o novo Código de Obras vai permitir que 85%dos imóveis, que hoje não estão legalizados, possam ser legalizados, gerando receita para a Prefeitura. Essa receita, segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Petrópolis (Sinduscon), Ricardo Francisco, será gerada sem punir o cidadão petropolitano, com multa por apresentar projeto fora da legislação. “O novo Código vai permitir menos dificuldades na elaboração de novos projetos, permitindo a regularização dos imóveis”. Assim como o secretário municipal de Planejamento e de Obras, Robson Cardinelli, o presidente do Sinduscon, Ricardo Francisco e o presidente da Associação Petropolitana dos Engenheiros e Arquitetos (Apea), Luiz Amaral, consideram como um avanço importante a Assistência Técnica Municipal. O secretário explicou que o objetivo é ofertar projeto padrão de construções de até 40m² para famílias com renda de até três salários-mínimos ou faixa maior que caracterize habitação de interesse social. Os projetos seguirão as premissas de acessibilidade, conforto ambiental e eficiência energética dispostas no código. Para Luiz Amaral, que há muito tempo defende algo semelhante, a Assistência Técnica Municipal vai cumprir um papel social importante, lembrando que muitas pessoas constroem suas casas sem nenhuma orientação técnica e com isso colocam em risco suas vidas e de vizinhos. Esta atuação faz parte também do conceito de prevenção de riscos e desastres defendida pela atual administração municipal, desde que transformou a antiga Coordenadoria de Defesa Civil em Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil. Ricardo Francisco também avaliou como positiva a criação da Assistência Técnica Municipal para atender as famílias petropolitanas. Na sua opinião, as famílias carentes sempre foram punidas pelo atual Código de Obras e agora a sua revisão e atualização permitem promover uma justiça social. Esse acompanhamento técnico é fundamental para evitar construções irregulares e em risco. De acordo com o projeto, a Prefeitura manterá acervo de projetos padrão de edificações. Para ter direito à Assistência Técnica, o cidadão terá que apresentar requerimento à Prefeitura, assinado pelo titular da propriedade do terreno. O deferimento do pedido dependerá da comprovação do caráter social do projeto, devendo o Poder Executivo municipal emitir alvará de licença para a construção sob sua assistência e responsabilidade técnica. O novo código também muda os prazos de validade dos alvarás de licença, que passa a variar de acordo com o porte da intervenção, e prevê a certidão de conclusão da obra no mesmo processo de licenciamento. “É menos burocracia, o que sem dúvida garantirá celeridade aos processos”, enfatizou Robson Cardinelli. O texto prevê, ainda, a possibilidade de afastamentos laterais nulos para terrenos com larguras inferiores a 10 metros e de estacionamento nos afastamentos laterais, frontal e de fundos. O Código em vigor possui apenas 53 artigos e o atual terá 350 artigos, dez capítulos e dois anexos, sendo que um é um glossário e o segundo trata das normas e procedimentos para instrução e análise dos processos de consulta prévia, simples aprovação e licenciamento de obras.

Fonte: Tribuna de Petrópolis

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