Com forte suspeita de que o surto de microcefalia no Brasil esteja
sendo causado pelo Zika vírus, transmitido pelo Aedes Aegypit, o Ministério da
Saúde tem recomendado o uso de repelentes como uma importante arma para se
proteger contra as picadas, especialmente para as gestantes. Porém, ainda
existe uma grande dúvida sobre quais repelentes são eficazes contra o Aedes
Aegypit e o uso com segurança.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda
três princípios ativos para se proteger do mosquito, que transmite o Zika
vírus, a dengue e a Chikungunya, entre eles está o IR3535 - presente nos
rótulos das loções repelentes como Ethyl Butylacetylaminopropionate -, o único
recomendado para bebês a partir dos 6 meses, tendo a mesma eficácia em todas as
idades. A substância se diferencia dos demais repelentes por possuir estrutura
química semelhante à beta-alanina, um aminoácido encontrado no corpo humano,
por tanto muito bem tolerado pelo organismo.
Embora sejam seguros quando usados nas quantidades recomendadas,
a maioria dos repelentes são substâncias tóxicas, classificadas como
pesticidas. Se usados em excesso, podem causar neutoxicidade. Por isso, a
quantidade de aplicações diárias também é um fator relevante, ao qual se deve
prestar bastante atenção e seguir a recomendação do fabricante. Já o IR3535, é
um biopesticida, com melhor perfil de segurança e sem restrições quanto à
reaplicação, podendo ser usado inclusive por pessoas com pele sensível, idosos
e gestantes.
Como usar o repelente:
· Apenas as áreas expostas do corpo
devem receber o repelente. O produto deve ser reaplicado conforme a indicação
de cada fabricante e em caso de suor excessivo ou contato com água.
Porém, é importante atentar para o limite de aplicações diária de cada
produto.
· Apenas o IR3535 não possui restrição
de aplicações diárias e pode ser usado em crianças a partir dos 6 meses.
· Existem repelentes específicos
recomendados para as crianças, com formulações menos tóxicas.
· O tempo de ação varia de acordo
com a concentração de princípio ativo na fórmula.
· Os bebês com menos de 6 meses
devem ser protegidos com roupas adequadas e frescas, e proteção na casa e no
berço. As mães devem ter cuidado redobrado para evitar que os mosquitos entrem
em casa.
· Nenhum repelente é 100% eficaz, e,
sendo assim, todas as medidas acima, bem como as que são apresentadas
regularmente pelo Ministério da Saúde, devem ser seguidas.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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