segunda-feira, dezembro 14, 2015

Produtos da ceia de Natal estão 16,12% mais caros


A todo mundo, devido à crise econômica, os comentários são que “este ano a festa de Natal será mais magra” e um dos motivos, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o preço da ceia de Natal subiu 16,12% este ano comparado com 2014. Uma senhora dentro do ônibus, que pediu para não ser identificada, disse que “muita gente este ano não vai ter o que comer no Natal”, lamentando o preço dos alimentos. Muitas pessoas, devido ao preço do chester da marca Perdigão, que está custando de R$ R$ 13,98 a R$ 18,99, devem escolher o frango, que na sexta-feira estava entre R$ 4,79 e R$ 8,99. O peru também está ficando longe da mesa da maioria dos consumidores e o motivo é o preço do produto que em Petrópolis está de R$ 13,38 a R$ 17,98. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro variou 1,01% e ficou 0,19 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,82% registrada em outubro. Desde 2002, quando atingiu 3,02%, não havia registro de IPCA mais alto num mês de novembro. Com o acumulado no ano em 9,62%, bem acima dos 5,58% de igual período de 2014, constitui-se no mais elevado acumulado com referência ao período de janeiro a novembro desde 2002, que ficou em 10,22%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 10,48%, resultado superior aos 9,93% dos 12 meses imediatamente anteriores. Considerando o índice acumulado em períodos de 12 meses, desde novembro de 2003 (11,02%) não havia registro de taxa maior do que os 10,48% deste mês. Em novembro de 2014 o IPCA havia registrado 0,51%. Pelo segundo mês consecutivo, os combustíveis, detendo parcela significativa das despesas das famílias (5,14% de peso no IPCA), lideraram o ranking dos principais impactos. Mais caros em 4,16%, o impacto foi de 0,21 p.p. O preço do litro da gasolina ficou 3,21% mais caro para o consumidor, exercendo impacto de 0,13 p.p. Levando em conta outubro e novembro, a alta foi de 8,42% nas bombas, motivada pelo reajuste de 6,00% vigente ao nível das refinarias desde 30 de setembro. Em relação ao acumulado no ano, os preços subiram 18,61%, indo dos 10,40% registrados em Campo Grande até os 24,35% de Recife. No caso do etanol, os preços subiram 9,31%, exercendo 0,08 p.p. de impacto no mês. A alta chegou a 26,10% no ano, com a menor variação em Fortaleza (12,71%), e a maior ( 33 , 14%) em Curitiba . Quanto ao óleo diesel, os preços aumentaram 1,76% e, junto com a taxa de outubro, acumularam 5,08%, refletindo, nas bombas, o reajuste de 4,00% nas refinarias, também desde 30 de setembro. Em relação ao ano, a alta está em 12,75%. Nos alimentos, grupo que de tem 25% de peso no índice, sobressaem os produtos adquiridos para consumo em casa, cuja alta chegou a 2,46%. Foi em Goiânia onde os preços mais subiram, atingindo 4,37% no mês. Outras regiões, como Campo Grande (3,80%), Brasília (3,47%) e Salvador (3,32%) mostraram aumentos bem acima da média nacional (2,46%). Consumidos fora de casa, a alta da alimentação foi de 0,70%, com destaque para Porto Alegre (1,98%), Salvador (1,64%) e Fortaleza (1,30%). Considerando o ano de 2015, o grupo alimentação e bebidas apresenta variação de 10,37%, sendo 10,75% o aumento dos produtos consumidos em casa e 9,67% o aumento da alimentação fora de casa. Foram vários os produtos que, de outubro para novembro, apresentaram fortes aumentos, destacando-se a batata-inglesa (27,46%), o tomate (24,65%), o açúcar cristal (15,11%) e o refinado (13,15%). Foram poucos os produtos que ficaram mais baratos de um mês para o outro, sobressaindo as carnes industrializadas (-0,79%) e o leite (-0,76%).

Fonte: Tribuna de Petrópolis

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