(Foto: reprodução)
Os números em Petrópolis podem ser ainda maiores. Isso porque pacientes da cidade também são atendidos em municípios vizinhos, como Areal, que já atendeu mais de 200 casos suspeitos de dengue em petropolitanos, na maioria, moradores da Posse (5º distrito de Petrópolis). Os números registrados na clínica da Unimed Petrópolis, em Itaipava, por exemplo, são maiores que os informados pela Secretaria de Saúde do município. De acordo com o diretor técnico da unidade, João Baptista Figueira de Mello, desde fevereiro pelo menos 100 casos de dengue foram diagnosticados no local. A maioria, segundo ele, é de pacientes de São José do Vale do Rio Preto, Areal e Posse. Mas, ele ressaltou que a doença está se disseminando e, nos últimos dias, registrou casos em Nogueira, Bonsucesso, Cascatinha, entre outras localidades. Segundo ele, o movimento na clínica aumentou nos últimos meses. Além dos casos de suspeita de dengue, esse aumento também aconteceu por outros motivos ligados a doenças causadas pela queda de temperatura, como a gripe.
O diagnóstico clínico da dengue, segundo ele, é feito com base nos sintomas dos pacientes, como dores musculares, fotofobia (intolerância à luz), febre alta, coceira no corpo, entre outros. João Baptista explicou que nem sempre o quadro laboratorial é que comprova a doença. Muitas das vezes o diagnóstico é de dengue, apesar de o exame não comprovar. “O quadro clínico da dengue é típico e deve ser tratado como tal. Não podemos receitar qualquer remédio, por exemplo, porque pode ser um caso de dengue hemorrágica”, declarou.
O diretor acredita que a situação reflete o que está acontecendo em todo o país, onde foram registrados mais de 745 mil casos de dengue. Para ele, a epidemia está acontecendo nesse período – geralmente porque houve um longo período de estiagem e agora que começou a chover os ovos dos mosquitos Aedes Aegypti começaram a eclodir. Ele ressaltou ainda que a prevenção é fundamental no combate à
doença e alertou para que a população fique atenta e não deixe água parada.
A Secretaria de Saúde informou que segue orientando a população, ressaltando que para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução. “A regra básica é não deixar a água, principalmente limpa, parada em qualquer tipo de recipiente. Como a proliferação do mosquito é rápida, além das iniciativas governamentais, é importantíssimo que a população também colabore”, informou.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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