quarta-feira, maio 27, 2015

Vítima de 19 arrombamentos no Parque Municipal cobra mais segurança


 

O que era para ser um espaço de lazer e diversão dentro da cidade tem se tornado um local onde só quem fica realmente à vontade são os criminosos. É o que garante um empresário (que pediu para não ter o nome divulgado) que tem um quiosque dentro do Parque Municipal, no distrito de Itaipava. O estabelecimento foi alvo de 19 arrombamentos nos últimos dois anos e meio. A maior parte dos casos aconteceu neste ano. Mesmo depois de uma série de medidas para reforçar a segurança, no sábado mais de R$ 2 mil em mercadoria (latas de cerveja e refrigerante) foram levados pelos criminosos. E o problema ele afirma que é a falta de segurança no espaço, “que vem afastando até mesmo os frequentadores”.

O empresário conta que o primeiro arrombamento aconteceu em dezembro de 2012. “Eles entraram pelo telhado, arrancaram as telhas, quebraram o forro e conseguiram levar algumas mercadorias”, lembra. Ele informa também que a partir do episódio houve uma sucessão de crimes. “Três meses depois, eles arrombaram novamente e aí foi um atrás do outro”. Depois do quinto arrombamento, ele decidiu reforçar a segurança do quiosque.

Uma das medidas foi a de reforçar o telhado com uma grade de vergalhões. Mas, a solução não resolveu. “Eles passaram a arrombar as janelas e portas”, destaca o empresário, que diz ainda que mesmo uma grade de ferro não tem evitado que os invasores entrem no quiosque. Ontem, quando nossa equipe esteve no espaço e conversou com um dos funcionários, foi fácil ver que as grades precisaram ser remendadas, reforçadas com mais aço. “Na porta, que foi quebrada no último arrombamento, colocamos um reforço”, mostrou o funcionário.

Ainda de acordo com o empresário, há a promessa por parte da administração do parque de que o local será fiscalizado 24 horas por dia. No entanto, nem mesmo a Guarda Civil, que tinha um posto fixo no parque, é vista com regularidade (vale destacar que ontem, quando nossa equipe esteve no parque pela manhã, havia uma viatura estacionada próximo ao portão principal). “A guarda não fica mais no parque durante o dia. Os agentes aparecem esporadicamente. Mesmo assim, o grande problema é a noite, quando o espaço fica totalmente acessível, mesmo quando deveria estar fechado. Eles entram e fazem o que querem, a ponto de cortar uma grade, arrombar uma porta, fazendo barulho, e não serem interrompidos”, desabafa o empresário.

Os crimes relatados por Sandro, alguns deles pelo menos foram registrados na delegacia de Itaipava, a 106ª Delegacia de Polícia, que fica próximo ao Parque Municipal. Os suspeitos de serem os autores dos crimes, diz o empresário, são alguns rapazes e adolescentes que estão morando no parque. “Eles moram aqui dentro. É fácil de entrar, passam pelo rio, por uma trilha antiga que dá acesso a uma fazenda. Até mesmo pelo portão a câmera já flagrou eles passando à noite. Eles intimidam as pessoas que estão se afastando do parque”, salienta.

 

Falta de segurança tem afastado frequentadores

A camareira Jussara Pitzer gosta de passar o horário de almoço descansando no Parque Municipal, mas garante que não se afasta muito da entrada. “Desde o início do ano está mais estranho. Tem os relatos de furto e eu não vou muito longe, fico onde está mais movimentado. Ainda assim, quando estou no celular, por exemplo, fico de olho para ver se tem alguém por perto”, destaca.

O aposentado Venceslau Nascimento gosta de se exercitar no espaço, mas tem evitado os horários menos movimentados. “De manhãzinha, ou ainda no fim do dia, por volta das 19h, quando já está escuro e o parque está próximo de fechar, eu evito porque quase não tem ninguém e acho perigoso”, destaca o empresário, que vem notando uma queda no movimento. “No domingo, que é o dia que mais enche, passei por aqui e estava bem vazio. Mesmo hoje (ontem), dia de semana, deveria estar mais cheio”, ressalta.

Fonte: Tribuna de Petrópolis

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