Em nota divulgada ontem à imprensa, o Consórcio Novo Rio, responsável pela administração da rodoviária Novo Rio, informa que a ocorrência de roubos durante as viagens está ligada à postura de cada empresa de ônibus. Ainda de acordo com o consórcio, há detectores de metais nas áreas de embarque de passageiros, no entanto, eles não funcionam por falta de policiais para efetuar revistas ou dar voz de prisão.
No último domingo, um ônibus da Única, que fazia a linha Rio-Petrópolis foi assaltado. Dois homens embarcaram armados dentro do terminal. Eles anunciaram o assalto na altura da Linha Vermelha e levaram os pertences de 24 passageiros, incluindo bolsas, equipamentos eletrônicos e até tênis. Os assaltantes desembarcaram na altura de Duque de Caxias. De acordo com a Única, o terminal já foi notificado pelo Ministério Público por causa das ocorrências.
Leia abaixo a nota encaminhada pelo Consórcio Novo Rio:
"O Consórcio Novo Rio, administrador do Terminal Rodoviário Novo Rio, sob regime de concessão estadual onerosa, esclarece que as matérias sobre o assalto ocorrido na linha Rio-Petropolis foram geradas com base em declarações equivocadas e inverídicas propagadas pelo Sr. Luiz Assumpção, gerente de operações da empresa Única Fácil.
Em 1990 (7 anos antes, portanto, do Decreto n.º 23.053/97), já havia sido instalado nos setores de embarque da Rodoviária Novo Rio portais detectores de metais como forma de propiciar à Polícia Militar (BPtur, 4º e 5º Batalhões), na qualidade de corporação detentora do chamado “poder de polícia”, condições de efetuar as revistas dos passageiros que fossem ocasionalmente detidos por estarem portando armas e outros artefatos. Os equipamentos funcionaram inicialmente, porém, gradativamente e ao longo dos anos seguintes passaram a não ser mais utilizados, visto que já não existia mais nenhum efetivo da Polícia Militar destinado a esta tarefa. Cabe ressaltar que o terminal rodoviário de Petrópolis (operado por Consórcio formado pela Sinart e a Empresa Única Fácil) possui detectores mas que, não funcionam devido a ausência da autoridade policial para devida revista.
A ocorrência de roubos durante o percurso de viagem está intimamente ligada a postura de cada empresa de ônibus. O decreto (23.053/97) também proíbe que as empresas de ônibus embarquem passageiros fora dos terminais rodoviários, prática esta que, lamentavelmente, tem sido regular pela Única Fácil. As companhias de ônibus também devem reforçar mecanismos internos de revista como o uso de raquetes manuais nas bagagens e penalizar aqueles motoristas que realizam paradas fortuitas durante o percurso. Piorando a situação, não há a conferência da documentação de quem embarca. De nada servirão os detectores se instalados (e operados por policiais nas rodoviárias) se os motoristas da Única Fácil continuarem a burlar a lei embarcando estranhos fora dos terminais e, principalmente, sem qualquer registro de identificação.
O Consórcio Novo Rio informa ainda que vem trabalhando em parceria com o Ministério Público visando a reinstalação dos portais, porém, tarefa esta condicionada a presença da Polícia Militar 24h para revista dos passageiros."
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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