terça-feira, dezembro 24, 2013

Deputado denuncia Concer à Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj

"A ideia é que a Comissão abra um procedimento e centralize todas as queixas de usuários da rodovia e possa ingressar com uma ação conjunta", afirma o presidente da Comissão, deputado Bernardo Rossi (PMDB).
A denúncia foi motivada pelo engarrafamento - mais um entre dezenas ao longo de 2013 - de mais de 15 quilômetros registrado na manhã de sábado (21.12) devido ao atraso de três horas que a empresa levou para remover da pista de subida um caminhão com pane mecânica. Os 180 minutos de espera fizeram o engarrafamento chegar até quase a praça de pedágio, em Caxias. Muita gente desistiu de seguir viagem e a quem já havia alcançado a serra, sem opção de retorno, só restou esperar a liberação da pista.
"O último sábado antes do Natal para o comércio é historicamente um dos dias de vendas mais aguardados do ano por conta de consumidores vindos de outras cidades.  E o que a Concer ofereceu a eles nesta data? Um congestionamento sem chance de retorno, sem banheiros ao longo da estrada, sem sequer um sinal de telefone. Irritou mais uma vez quem subia a serra a trabalho ou a lazer, prejudicou o comércio e fortaleceu a imagem de que não cuida do nosso principal acesso", reclama Bernardo Rossi. 
O parlamentar questiona ainda a falta de comunicação com o usuário. "Onde e de que forma as pessoas são avisadas sobre o fechamento da serra para que possam escolher deixar de prosseguir viagem ou buscar a Serra Velha?  Nem mesmo esse aviso é dado a quem tem um dos pedágios mais caros do país. No sábado, os usuários pagaram R$ 8 para ficar, 'confortavelmente', parados por três horas na estrada. Cabe ressarcimento a cada lesado", afirma Bernardo Rossi. 
A Comissão Especial foi implementada pela Alerj para averiguar as obras da nova pista de subida da Serra, mas seus componentes abriram uma segunda frente de trabalho: cobrar melhorias nas pistas atuais, de subida e descida, com pavimentação precária e falta de sinalização. "A previsão é da obra durar três ou mais anos e não podemos contar neste período com o acesso atual em péssimas condições", justifica o deputado petropolitano. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),  a quem cabe a fiscalização da concessão, está sendo intimida a obrigar obras emergenciais. "Também vamos incluir que a agência fiscalize as operações como esta, de sábado, cobre eficiência e multe nos casos de negligência", aponta o deputado petropolitano. 
Em 40 quilômetros nas pistas de descida e subida, a média é de 500 acidentes a cada seis meses segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Este ano, nos três trechos da BR-040 que figuram entre os 100 mais perigosos de estradas federais do país, foram registradas 29 mortes, quatro delas na pista de descida, altura do quilômetro 90.
- A estrada vive hoje duas situações distintas e ambas graves: na pista de subida são caminhões enguiçados, tombados ou que ao tentar ultrapassagem por veículos grandes interrompem toda a estrada em manobras mal feitas. Na descida são acidentes graves, com mortes e feridos, carretas tombadas. E em ambas a situação é a mesma: pistas com defeitos, remendos, sem controle de velocidade, com iluminação insuficiente e nenhuma comunicação com o usuário. Vamos abrir todas as frentes possíveis, e a Defesa do Consumidor é uma delas, para que a concessionária torne a estrada segura e transitável", completa Bernardo Rossi.
Fonte:Tribuna de Petrópolis 

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