O verão já chegou com
temperaturas muito altas. Por isso, a maior parte das pessoas procura sair nas
ruas com roupas leves e que deixam partes do corpo, como pernas e braços, à
mostra. Além disso, o tempo firme faz com que as atividades realizadas ao ar livre
ocorram com mais frequência. O problema é que neste período a radiação solar
incide com mais intensidade sobre a Terra, aumentando o risco de queimaduras,
câncer da pele e outros problemas. Por isso, é importante que os indivíduos não
esqueçam de se proteger, principalmente no início do ano, período em que grande
parte das pessoas aproveita para viajar.
Uma das principais dicas é
nunca esquecer o filtro solar, que de acordo com a dermatologista Ana Paula
Bonvini, deve ser aplicado diariamente. Aconselha-se que pessoas com pele muito
clara utilizem todos os dias FPS 30, e FPS 45 ou mais para uso recreacional, ou
seja, quando há exposição ao sol por mais tempo. A aplicação do produto deve
ser feita 30 minutos antes de se expor ao sol e ele deve ser reaplicado a cada
duas horas. Apesar disso, o tempo da reaplicação pode mudar caso a pessoa
transpire muito ou entre na água.
Outra questão que precisa ser
levada em consideração é o mito de que o fator do protetor não interfere na
proteção. “O fator de proteção refere-se ao tempo que cada um pode ficar
exposto sem causar eritema. Varia de indivíduo para indivíduo, mesmo dentro do
mesmo FPS. Uma pessoa com a pele muito clara pode precisar reaplicar mais cedo
um FPS50 do que alguém com a pele morena. Por isso, se o dermatologista
recomendou para o paciente determinada proteção, o ideal é que isso seja
respeitado”, aconselhou a médica.
Usar chapéus e óculos escuros e
barracas de tecido grosso, de preferência com FPU (filtro solar no tecido da
barraca), e roupas com filtro solar também é muito útil. Outro hábito saudável
que também não pode ficar de fora é a hidratação por dentro e por fora. O ideal
é que se aumente a ingestão de líquidos no verão, principalmente água, suco de
frutas e água de coco. Já com relação à pele, o ideal é que se utilize um
hidratante de qualidade, que ajude a manter a quantidade de água ideal na pele.
“Não há necessidade de aumentar o fator do protetor que já é utilizado
diariamente por causa do verão, exceto se você aumentar a exposição solar
diária. Apesar disso, quem tem problemas de manchas e melasma deve sim,
aumentar a atenção e reaplicar o produto mais vezes”, explicou a especialista.
Estudos ainda apontam que
alguns alimentos também podem ajudar na prevenção dos danos que o sol causa à pele,
como cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba, pois contêm carotenoides,
substância que se deposita na pele e retém as radiações ultravioletas. Esta
substância é encontrada nas frutas e legumes de cor alaranjada ou vermelha. Já
no banho, use sabonetes compatíveis com o tipo de pele. Além disso, a
temperatura da água deve ser fria ou morna, para evitar o ressecamento.
Mas se mesmo assim a pele ficar
queimada, ou seja, avermelhada e dolorida, é impossível reverter o quadro.
Porém, os sintomas na pele podem ser aliviados com cremes hidratantes e banhos
mais frios. “Com relação aos hidratantes, é importante tomar alguns cuidados.
Isso porque os que contêm muito perfume podem provocar alergias, e atrair
insetos e mosquitos, incluindo o Aedes Aegypti”, salientou a dermatologista.
Micoses também são um
problema
Outra reclamação de grande
parte das pessoas é sobre as micoses, que também costumam aparecer com mais
frequência nesta época do ano. E, para evitar esse problema, basta seguir
algumas recomendações. “Evitar ficar muito molhado/úmido, principalmente na
região da virilha. As “micoses de praia” que deixam manchas esbranquiçadas nas
costas, também chamadas de pano branco, ocorrem pela proliferação de um fungo
que existe no couro cabeludo e entra em desequilíbrio pelo aumento da
oleosidade da pele. Deve-se evitar o uso de óleos ou cremes muito oleosos em
pessoas propensas. O uso de cremes no cabelo também aumenta a população dos
fungos. É importante ressaltar que não se “pega” a micose na praia. Ela aparece
devido ao bronzeamento da pele ao redor de onde o fungo se prolifera”,
explicou.
A melhor forma de evitar as
micoses é mantendo hábitos de higiene, como: se secar após o banho,
principalmente áreas de dobras da pele, como virilha, entre os dedos dos pés,
axilas. Não andar descalço em pisos constantemente úmidos (lava-pés,
vestiários, saunas). Usar somente o seu material de manicure. Evitar usar
calçados fechados, trocando-os pelos mais largos e ventilados. As micoses podem
se manifestar na pele, no couro cabeludo e nas unhas. Vale lembrar que ninguém
está livre delas, crianças, jovens, adultos e idosos. Os pés, a virilha e as
unhas são os lugares mais comuns em que elas aparecem, mas isso não significa
que outras partes do corpo estejam livres das terríveis micoses. São infecções
causadas por fungos que se alimentam da queratina presente nesses locais.
Quando encontram condições favoráveis ao seu crescimento, como: calor, umidade,
baixa de imunidade ou uso de antibióticos sistêmicos em longo prazo, esses fungos
se reproduzem e passam então a causar a doença.
Brotoejas também
incomodam
Sabe aquelas pequenas bolinhas
na pele que aparecem nos dias de calor, e que surgem principalmente em bebês?
Pois é. Elas são causadas por conta do contato da pele com o suor nas
“dobrinhas” da pele ou das roupas. Elas aparecem quando há entupimento das
glândulas sudoríparas. Podem ser bolhas transparentes e podem não coçar quando
a obstrução for superficial; ou avermelhadas e coçarem muito quando a obstrução
dos canais das glândulas for mais profundo. Usar roupas frescas no calor,
evitar locais muito abafados que propiciam a sudorese excessiva, são algumas
dicas para evitar brotoejas, principalmente em pessoas predispostas a
desenvolver o problema.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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