Ainda não há previsão para o
início das obras de recuperação da Estrada União e Indústria. Inaugurada em
1861, por Dom Pedro II, atualmente, apresenta um estado precário aos usuários.
Por toda a estrada os acostamentos são escassos. Um exemplo é o trecho conhecido
como Jacuba, entre Barra Mansa e Posse. O local é conhecido pelo alto índice de
acidentes e é ainda mais arriscado para os pedestres que circulam pelo trecho.
A situação do asfalto, que está ruim, e a falta de sinalização também são
reclamações constantes dos usuários da estrada. Por determinação do Ministério
Público Federal (MPF), as obras de recuperação devem ser feitas pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), que ainda não
finalizou o edital da nova licitação para as intervenções no local.
Em janeiro do ano passado, foi
feita uma licitação para definir a empresa responsável pela recuperação
da via. Mas, na época, a empresa – União Norte Engenharia - que ganhou, entrou
com um pedido para não assinar o contrato. Com isso, foi chamada a Contek, que
havia sido a segunda colocada. Segundo o Dnit, a empresa também declinou de
apresentar a documentação.
Um novo processo com toda a
documentação para que aconteça uma nova licitação ainda não foi concluído. Em
agosto do ano passado, o Dnit havia dito que estava em fase de elaboração e
confirmou ontem que ainda está nessa fase e que não há previsão para ser
concluído. Só após a licitação é que o Departamento poderá contratar outra
empresa para realizar as obras. O valor total das intervenções, segundo o Dnit,
só será conhecido, após o lançamento do novo edital.
Construída entre 1856 e 1861, a
Estrada União e Indústria possui 144 Km de extensão. O processo para a
realização das obras teve início em 2011, quando o MPF obrigou, por meio de
Ação Civil Pública (ACP), que o departamento realizasse a recuperação de cerca
de 25 Km da estrada - trecho entre o Retiro e a Posse. O projeto prevê
melhorias no asfalto, revisão da drenagem e troca de sinalização.
Além das condições da estrada
outra reclamação constante dos usuários é com relação ao excesso de
quebra-molas no trecho. O petropolitano Adilson Paz contou um por um. Segundo
ele, do Retiro até a Posse são 70. Ele reclamou que além de serem altos, não há
sinalização.
O tempo de deslocamento para
quem faz o trajeto Posse – Petrópolis também é motivo de indignação. Quem sai
do 5º distrito no ônibus executivo, por exemplo, leva cerca de 1h30 até o
centro, sem trânsito. Mas, se o passageiro embarcar na linha TURB-700, leva,
pelo menos 2 horas, porque além do tempo de deslocamento, tem ainda a demora
para embarcar em um ônibus para o bairro. Ou seja, por dia são, pelo menos, 4
horas dentro do ônibus. E as condições dos coletivos não são das melhores.
Ônibus lotados, com excesso de passageiros em pé, principalmente nos horários
de pico, tanto de manhã, quanto à tarde na volta para casa, são problemas
constantes enfrentados por quem faz o deslocamento.
A Tribuna entrou em contato com
a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) a fim de saber se
existem projetos principalmente no que diz respeito a mobilidade urbana. Porém,
até o fechamento desta edição, não obteve retorno.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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