No dia 9 de janeiro será
realizada uma cavalgada no distrito de Secretário contra a empresa de energia
elétrica Ampla. A iniciativa começou a ser organizada depois que um cavalo de
estimação, que estava montado por seu dono, um arquiteto nascido na cidade do
Rio de Janeiro, de 58 anos, morreu eletrocutado no último sábado, depois de
pisar em um cabo de média tensão que estava caído no meio da rua, ainda com uma
carga de 13,8 mil volts circulando por ele.
Relatos nas redes sociais
apontam que devido ao choque o cavalo caiu no chão, derrubando o dono em um
canteiro, e morreu após alguns minutos de tremendo sofrimento devido à descarga
elétrica. O equino, que tinha o nome de Gaúcho, estava com 12 anos, era da raça
manga-larga marchador, premiado em provas de macha e tambor, e custava de R$ 15
a R$ 20 mil. Em sua página no Facebook, o dono do animal lamentou a morte do
cavalo de estimação e agradeceu por ter sobrevivido ao incidente, o que foi um
verdadeiro milagre.
De acordo com especialistas, a
corrente de 13,8 mil volts é muito superior ao que um homem ou animal de grande
porte pode suportar. Acredita-se que a sela em que o arquiteto estava montado
tenha servido de isolante e evitado que ele levasse uma forte descarga elétrica
e tivesse o mesmo destino de Gaúcho. Nas redes sociais o homem informou a
amigos e familiares sobre seu estado de saúde e disse estar aliviado do fato de
não ter ocorrido com uma criança ou outra pessoa.
“Pessoal, gostaria de dizer que
estou imensamente triste com a perda de Gaúcho, mas fisicamente bem. Acho
válido alertar às pessoas da região desse risco real e absurdo”, desabafou.
A notícia contou com diversos
compartilhamentos e comentários contra a empresa responsável pelo equipamento
de energia. “Hoje presenciei uma das cenas mais tristes que já vi. Um belo
animal morto pela inépcia envolvendo a Ampla. Fios arrebentados por quase 24
horas matando um cavalo e levando à tristeza de perder um amigo fiel para um
homem que se feriu de forma não fatal. Não o conhecia, mas dei um abraço. Um absurdo
o risco que tantos corriam. Seu cavalo não merecia essa morte burra”, afirma um
trecho do comentário de uma testemunha do acidente, que fez questão de relatar
de forma indignada nas redes sociais.
Testemunhas afirmam ainda que o
cabo de média tensão estava no chão desde a última sexta-feira e que a Ampla
foi informada sobre o problema, mas só realizou os devidos reparos após o
acidente. O arquiteto pretende processar a empresa pelo ocorrido.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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