quinta-feira, janeiro 07, 2016

Após cavalo morrer eletrocutado, população organiza cavalgada contra Ampla


No dia 9 de janeiro será realizada uma cavalgada no distrito de Secretário contra a empresa de energia elétrica Ampla. A iniciativa começou a ser organizada depois que um cavalo de estimação, que estava montado por seu dono, um arquiteto nascido na cidade do Rio de Janeiro, de 58 anos, morreu eletrocutado no último sábado, depois de pisar em um cabo de média tensão que estava caído no meio da rua, ainda com uma carga de 13,8 mil volts circulando por ele. 

Relatos nas redes sociais apontam que devido ao choque o cavalo caiu no chão, derrubando o dono em um canteiro, e morreu após alguns minutos de tremendo sofrimento devido à descarga elétrica. O equino, que tinha o nome de Gaúcho, estava com 12 anos, era da raça manga-larga marchador, premiado em provas de macha e tambor, e custava de R$ 15 a R$ 20 mil. Em sua página no Facebook, o dono do animal lamentou a morte do cavalo de estimação e agradeceu por ter sobrevivido ao incidente, o que foi um verdadeiro milagre.

De acordo com especialistas, a corrente de 13,8 mil volts é muito superior ao que um homem ou animal de grande porte pode suportar. Acredita-se que a sela em que o arquiteto estava montado tenha servido de isolante e evitado que ele levasse uma forte descarga elétrica e tivesse o mesmo destino de Gaúcho. Nas redes sociais o homem informou a amigos e familiares sobre seu estado de saúde e disse estar aliviado do fato de não ter ocorrido com uma criança ou outra pessoa. 

“Pessoal, gostaria de dizer que estou imensamente triste com a perda de Gaúcho, mas fisicamente bem. Acho válido alertar às pessoas da região desse risco real e absurdo”, desabafou.

A notícia contou com diversos compartilhamentos e comentários contra a empresa responsável pelo equipamento de energia. “Hoje presenciei uma das cenas mais tristes que já vi. Um belo animal morto pela inépcia envolvendo a Ampla. Fios arrebentados por quase 24 horas matando um cavalo e levando à tristeza de perder um amigo fiel para um homem que se feriu de forma não fatal. Não o conhecia, mas dei um abraço. Um absurdo o risco que tantos corriam. Seu cavalo não merecia essa morte burra”, afirma um trecho do comentário de uma testemunha do acidente, que fez questão de relatar de forma indignada nas redes sociais. 

Testemunhas afirmam ainda que o cabo de média tensão estava no chão desde a última sexta-feira e que a Ampla foi informada sobre o problema, mas só realizou os devidos reparos após o acidente. O arquiteto pretende processar a empresa pelo ocorrido. 

Fonte: Tribuna de Petrópolis

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