quarta-feira, julho 07, 2010

Pipas e objetos na rede de energia provocaram 559 apagões na cidade

Rabiolas, linhas e enfeites, como os da Copa, são causas de acidentes. / ROQUE NAVARRO

Petrópolis ocupa a nada honrosa segunda posição entre os municípios com número maior de interrupções de energia elétrica, provocadas por pipas emaranhadas na rede elétrica. A concessionária Ampla, que fez a pesquisa, recomenda que se redobre a atenção para o risco de soltar pipas perto da rede e, muito mais, com a tentativa de crianças de resgatar as pipas ou outros objetos presos na fiação.
Em 2009, o lançamento de objetos como sapatos, bolas, cadarços, marimbas, bandeirinhas, balões e pipas na rede provocou 9.699 interrupções no fornecimento de energia elétrica, o que representou um crescimento de 22% em relação a 2008. De janeiro a maio deste ano, a distribuidora já registrou nos 66 municípios de sua área de concessão 3.205 ocorrências, afetando 881.017 mil clientes, montante 2,5% superior ao verificado em igual período de 2009.
No ano passado, seis pessoas morreram ao tentar retirar pipas da rede e outras 38 ficaram feridas. Os municípios que apresentam maior incidência de interrupção no fornecimento de energia por causa de pipas e objetos estranhos na rede este ano são: São Gonçalo (673 interrupções / 184.175 clientes interrompidos); Petrópolis (559 interrupções/126.428); Magé (453 interrupções/ 104.244 clientes); Niterói (384 interrupções/117.055); Campos dos Goytacazes (311 interrupções /78.928 clientes); Araruama (206 interrupções /41.500 clientes); Cabo Frio (166 interrupções/42.160 clientes); Macaé (115 interrupções / 63.332 clientes); Itaperuna (111 interrupções / 32.957 clientes); Angra dos Reis (85 interrupções / 34.308 clientes) e Teresópolis (72 interrupções / 28.178 clientes). Dependendo do tipo do problema, o tempo médio de restabelecimento dessas interrupções pode girar em torno de 1h e 30 minutos.
Em época de festejos juninos também é preciso redobrar a atenção com os balões. Eles respondem por muitos acidentes na rede elétrica, já que podem cair acesos em florestas, residências e indústrias e até oferecer perigo à aviação. Além disso, o que antes era considerado uma brincadeira hoje é crime. De acordo com a nova Lei de Crimes Ambientais, Lei Nº 9.605, de fevereiro de 1998, não somente soltar balões agora é crime, como também fabricar, vender ou transportar. A pena prevista é de um a três anos de detenção ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Caso a rede de energia elétrica seja afetada pela queda de balões, a população pode entrar em contato com a central de relacionamento da Ampla no 0800-28-00-120.
Vale ressaltar que outros acidentes também contribuem muito para a falta de energia e acidentes, como tentativa de poda de árvore, construções irregulares e uso de vergalhões na rede.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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