Corpo de Bombeiros pede que população denuncie e ajude a identificar baloeiros

Matéria da Tribuna publicada nessa semana mostrou que o número de queimadas na cidade aumentou assustadoramente nesse ano. Nos seis primeiros meses do ano, os registros de incêndios florestais superaram todo o volume de ocorrências em 2009. São 140 registros entre janeiro e junho de 2010, contra 106 no ano passado. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Souza Viana, a maior parte dos incêndios é criminosa, mas os balões também são os grande causadores das queimadas.
Na semana passada, um incêndio em uma área florestal na cidade do Rio de Janeiro, provocado pela queda de um balão, fez com que o Disque-Denúncia aumentasse para até R$ 2 mil a recompensa oferecida por informações que levem à localização de fábricas clandestinas de balões, festivais, soltura e comercialização. A campanha é sazonal e funciona desde 1999, entre os meses de abril e setembro, e já ajudou a Polícia do Rio a apreender mais de 640 balões medindo entre 1 e 65 metros.
O Disque Denúncia funciona 24 horas por dia e recebe ligações anônimas de todo o estado, inclusive Petrópolis. Neste ano, já foram registradas 236 denúncias sobre o assunto, sendo apreendidos 18 balões de tamanhos variados, mais de 500 fogos de artifício, além de cangalhas e material para confecção de balões. Todas as informações são repassadas ao Batalhão de Polícia Florestal e Meio Ambiente (BPFMA) ou para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
A Polícia Militar de Petrópolis não conta com estatísticas sobre denúncia de baloeiros, mas quem quiser denunciar pode ligar para o 190. Denúncias também podem ser feitas no Disque Denúncia (21) 2253-1177, ao Corpo de Bombeiros, pelo 193, ou na Secretaria de Meio Ambiente, pelo telefone 2246-8963. Provocar incêndios florestais ou matas dá cadeia de dois a quatro anos. Já a pena para fabricar, vender, transportar ou soltar balões é de um a três anos, ou multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil, ou ambas as penas, conforme o caso. Provocar incêndios florestais ou em matas também é crime, com pena de dois a quatro anos.
De acordo com o coronel Souza Viana, neste mês de julho há uma incidência maior de balões e a corporação está em alerta. “Na cidade do Rio, há um grande número de baloeiros. Aqui em Petrópolis, não temos muito problemas, mas é preciso que as pessoas denunciem, sempre”, finalizou.
Fonte: Tribuna de Petrópolis