sábado, março 27, 2010

Campanha ensina como não pagar o pedágio


Depois de fazer vários pronunciamentos na Câmara contra os serviços prestados pela Concer e contra o valor do pedágio e não ter resposta da concessionária e nem da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o vereador Wagner Silva (PPS) decidiu promover uma campanha pedindo a redução do pedágio e oferecendo vias alternativas para que ninguém o pague. “Para que um manifesto seja bem sucedido, é preciso que as pessoas deixem de prestigiar a Concer e que utilizem caminhos alternativos para não pagar o pedágio”, afirmou o vereador, que mandou confeccionar um adesivo com os dizeres Pedágio caro – Não – Eu sou contra e espera que os usuários da BR-040 participem desta manifestação.
Para quem vai ao Rio diariamente, o vereador sugere aos motoristas as ruas por dentro de Xerém, e quem vai em direção a Juiz de Fora, para fugir do pedágio em Barra Mansa, os motoristas podem passar pela Estrada União e Indústria, passando pela Posse e saindo em Areal, onde retomam a BR-040. “Acredito que só quando doer no bolso a Concer vai, efetivamente, fazer alguma coisa”.
Com objetivo de dar mais visibilidade à manifestação, um blog foi criado para que as pessoas possam participar e aderir ao movimento, manifestando suas opiniões. O endereço do blog é www.pedagiocaro.blog.com. Segundo o vereador, o objetivo desta campanha é fazer com que a concessionária preste mais atenção a Petrópolis e trate quem paga caro o pedágio com um serviço de qualidade. “Não é preciso ir muito longe. Em direção a Juiz de Fora, é possível ver trechos bem cuidados, sem áreas invadidas ao longo da estrada, com sinalização adequada e tudo o mais, mas Petrópolis fica sempre deixada de lado ou posta em último plano nos projetos desta empresa”. Na avaliação do vereador, os petropolitanos sofrem há anos com a falta de conservação e segurança na BR-040. “Como a empresa não promove a troca do piso, já que o mesmo é feito, em sua maioria, de placas de concreto, nem tampouco faz a sinalização vertical e horizontal, tão necessárias nos trechos de forte neblina, o que o motorista enfrenta hoje na subida e descida da serra são longos trechos de pista “costelada”, como dizem os caminhoneiros”, afirma.
Segundo ele, esta situação faz com que tanto caminhões quanto automóveis sofram danos por conta da falta de manutenção da estrada. “Os motoristas são obrigados a conviver com buracos, falta de capina, má iluminação e excesso de água na pista, entre outros problemas encontrados, “piorando quando chove”. Wagner Silva chama atenção para o fato dos call boxes nunca terem sido instalados, “o que obriga os motoristas a ter um celular e torcer para que o mesmo funcione, já que a serra tem dezenas de pontos de sombra”. O vereador do PPS manifestou preocupação com o avanço das invasões na serra, que podem ser vistas à noite por causa dos milhares de pontos de luz que surgem na escuridão.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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