sexta-feira, março 12, 2010

Linhas 600 e 700 geram reclamações

Os petropolitanos que necessitam de transporte coletivo estão vivendo um interminável drama por conta dos constantes atrasos, falta de ônibus e o precário estado de conservação dos veículos que atendem as linhas 600 e 700, Terminal Corrêas e Itaipava, da Viação Autobus, causando ainda dificuldades de acesso dos distritos para o Centro Histórico. A professora Carmem Rosa Cândido de Lima, de 50 anos, é uma das usuárias dessas linhas que sentiu na pele esta situação. Ela fala sobre o problema. “Eu estou fazendo tratamento médico e preciso do ônibus para me deslocar. Hoje (terça) acordei cedo e fui para o Terminal Itaipava e fiquei aguardando a condução. Permaneci esperando por mais de uma hora pelo 700 e nada, e tinha ainda aquelas filas enormes com mulheres grávidas aguardando pelo ônibus. As pessoas reclamavam de que deveriam chegar ao trabalho no horário”. Carmem resolveu falar com a fiscalização da empresa, mas diz ter sido repreendida. “Fui reclamar com o fiscal e ele falou para sair mais cedo de casa”, criticou, revoltada.
Segundo a professora, durante o tempo em que ficou dentro do terminal, constatou situações inusitadas. “Os ônibus chegavam, as pessoas desciam e os carros iam para a garagem. Eu vi os funcionários da empresa empurrando um dos veículos, que não pegou no tranco”, disse ela. Carmem relata ainda que quando conseguiu sair de Itaipava teve a oportunidade de observar quatro ônibus quebrados durante o trajeto pela Rua Barão do Rio Branco. Na observação da educadora de 50 anos, o transporte coletivo de Petrópolis está uma vergonha e ela não vê solução para isso.
“De cinco às seis horas da manhã não tem ônibus, e quando tem há filas quilométricas e as pessoas entram nos carros umas empurrando as outras. Eles não fazem a manutenção e não tem mais veículos com acesso para Petrópolis. Os ônibus são todos velhos e engatilhados. Acho isso um absurdo, pois você chega atrasado ao emprego e o patrão desconta no salário. Eu dependo de transporte coletivo para poder trabalhar, mas sempre que chega o outro dia penso na agonia de ter que esperar pela condução”, reclamou Carmem Rosa Cândido de Lima.
Nos pontos correspondentes às linhas 600 e 700, localizados na Rua Paulo Barbosa, é possível notar a formação de imensas filas, principalmente por volta das 17h, quando muitas pessoas encerram o expediente e retornam para suas casas, mas devido a este problema nos veículos acabam chegando bem mais tarde. “É uma loucura, pois chegamos às 21h porque não tem carro”, criticou a usuária Luiza Tavares. O mesmo pensa a doméstica Neuza Jacinta. “Sempre atrasam tudo, e tem vezes que nem tem ônibus”, comentou.
A assessoria de comunicação do Setranspetro informou que as empresas não deixam de promover a manutenção dos veículos e estão fazendo de tudo para continuar as operações, mesmo diante da escassez financeira. O Setranspetro ressaltou que os atrasos das conduções ocorrem devido aos engarrafamentos na cidade e estes, por sua vez, acontecem por causa dos estacionamentos irregulares e a falta de planejamento viário nos últimos cinco anos.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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