O período de estiagem
começou e moradores de alguns bairros de Petrópolis já estão preocupados com as
tradicionais queimadas. O fenômeno climático é devido a fala de chuva por
períodos prolongados, mas pode alcançar grandes proporções. Nas ocorrências não
houve feridos e nenhuma casa foi atingida.
Segundo informações
dos militares de plantão do Corpo de Bombeiros, viaturas do 15º GBM saíram em
ocorrências na noite de sexta-feira (8) para apagarem focos de incêndio no
Caxambu e Samambaia.
“Não se pode limpar
terrenos com a - prática de queimadas” – Rafael Simão
No mesmo dia,
ocorrências semelhantes foram verificadas no Loteamento Samambaia e Estrada
Mineira, segundo o vereador Silmar Fortes, que postou fotos em sua conta
pessoal do Facebook. Um morador do Caxambu informou que na manhã deste sábado
(9) seu carro amanheceu coberto por fuligens, confirmando a informação do Corpo
de Bombeiros.
O secretário de
Proteção e Defesa Civil, Rafael Simão, destaca a importância de a população se
conscientizar sobre os perigos que as queimadas representam para Petrópolis.
Além de ser um crime ambiental, com pena de prisão e multa para o autor, as
queimadas colocam em risco moradores e casas de áreas próximas à mata e ainda
prejudicam o meio ambiente.
- É importante que os
moradores saibam que não se deve limpar terrenos com a prática
da queimada ou colocar fogo no lixo. Além de ser crime ambiental, é
muito fácil perder o controle do fogo neste período de poucas chuvas. Então,
com essa prática, o autor pode acabar gerando um incêndio florestal de grandes
proporções - disse o secretário Rafael Simão.
Simão lembrou que,
desde 2015, Petrópolis conta com o Plano de Contingência de Incêndios
Florestais, elaborado pela Prefeitura com a colaboração de cerca de 20 órgãos
municipais, estaduais, federais, privados e ONGs. O documento define o que cabe
a cada órgão quando há uma queimada, em relação a socorro, assistência e
reabilitação. O objetivo da Prefeitura com o Plano de Contingência de Incêndios
Florestais – disponível no site da Prefeitura (www.petropolis.rj.gov.br) – é fortalecer a integração entre
diferentes instituições para que Petrópolis esteja cada vez mais preparada para
a prevenção e a resposta a esse tipo de ocorrência. O Plano de Contingência de
Incêndios Florestais está sob a forma de matriz, ou seja, em tabelas, definindo
de forma clara e rápida quem faz o quê durante um incêndio florestal.
Fenômeno climático
é diferente da seca
A estiagem é um
fenômeno climático que tem como principal consequência a falta de chuva por
períodos prolongados. Diferentemente da seca, que tem duração permanente, a
estiagem é sazonal. Por conta da falta de água, principal impacto negativo da
estiagem, a prioridade de abastecimento passa a ser o ser humano. É aí que a
agropecuária, as indústrias e os serviços passam a ficar comprometidos.
Os meses de setembro
e outubro foram historicamente mais secos, o que, como são meses de transição
para a época das chuvas, não é um bom sinal. Um sistema de alta pressão
atmosférica que vem do oceano impediu que as frentes frias trouxessem umidade
do Sul.
Atipicamente, este
fato ocorreu durante o verão (de janeiro a março) e ficou parado na região,
impedindo as nuvens carregadas de chuva de se aproximar. Quando abril acabou,
levou com ele a temporada de chuva.
Um relatório recente
da ONG WWF Brasil apontou o desmatamento da Amazônia como possível causa do
fenômeno. Com o fenômeno climático obviamente o setor agropecuário brasileiro
sofre as consequências.
Nos casos de redução
da oferta de produtos agropecuários, há um aumento de preços, causando ainda
impactos no PIB dos municípios. Os pastos foram prejudicados, o que tornou os
efeitos da entressafra sobre os preços de bovinos mais agudos.
Vale lembrar que
crimes ambientais podem ser informados à Linha Verde, do Dique Denúncia. O
telefone de contato é: 0300-253-1177. O anonimato é garantido.
Fonte: Diário de Petrópolis
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