quinta-feira, janeiro 08, 2015

Taxistas assustados com série de assaltos

Uma nova onda de assaltos a taxistas voltou a ser registrada na cidade. Entre a noite da última sexta-feira e tarde de domingo três casos teriam feito vítimas que atuam no Centro Histórico. Em dois desses casos, os taxistas foram conduzidos pelo bandido para o bairro Carangola, onde foram rendidos e tiveram o dinheiro e pertences pessoais levados. A polícia investiga os crimes.
O primeiro crime aconteceu na última sexta-feira, dia 2, por volta das 23h30. A vítima foi um taxista que atua no ponto da Rua Barão de Teffé, no entorno do Bosque do Imperador. Segundo um taxista que atua no mesmo ponto e que pediu para não ser identificado, o assaltante pegou o táxi do colega de trabalho pedindo para ser levado para o bairro Carangola. No registro policial feito na 105ª Delegacia de Polícia, a vítima relatou que, ao chegar no bairro, o homem pediu para que fosse levado para a localidade do Caetitu, onde ele indicou para entrar em uma rua sem saída.
Sentado no banco de trás do veículo e com um mão dentro da mochila, o homem anunciou o assalto, dizendo estar armado e exigindo que o taxista entregasse o aparelho celular e o dinheiro. Em seguida exigiu que ele saísse do veículo e subisse em um barranco. “O homem fugiu sem levar o carro, mas levou a chave e os documentos”, revelou o colega de trabalho, que conta ainda que na noite de sábado outro taxista teria sido feito vítima no ponto de táxi da Rua Dr. Porciúncula.
Na manhã de domingo, por volta das 10h, novamente um profissional do ponto do Bosque do Imperador foi vítima da ação criminosa. Segundo o taxista, que pediu para não ser identificado, o homem veio e sentou no banco da frente, assim como o assaltante de sexta-feira, pedindo para ser levado para o bairro Carangola. “Chegando lá, ele pediu para que o levasse até a entrada da Rua Vicenzo Rivetti, depois para a entrada do Sertão do Carangola, onde ele anunciou o assalto. Ele disse para passar o dinheiro que nada ia acontecer comigo, colocando a mão no colo, parecendo portar uma arma”, afirma o taxista, que disse ter registrado o caso na 105ªDP.

Polícia pede que taxistas registrem os crimes e reconheçam o suspeito quando necessário
 Nossa equipe entrou em contato com o inspetor-chefe da divisão de Homicídios, Renato Rabelo, que informou que os casos já estão sendo apurados. Mas, o inspetor lembra da importância de que as vítimas compareçam à unidade para registrar os crimes. “Com base nos registros nós conseguimos identificar o modo de operar do assaltante e mapear a área de atuação dele para identificá-lo mais rápido”, informa o inspetor.
Mas, outra atuação importante das vítimas está no processo de reconhecimento, quando o suspeito é  capturado, e que, segundo o inspetor, acaba sendo negligenciado. “No fim do ano passado, nós capturamos um assaltante, que foi reconhecido por foto por muitas das vítimas. Quando ele estava na unidade, por uma prisão temporária de cinco dias, nós entramos em contato com todas as vítimas, mas apenas uma veio reconhecê-lo. E, justamente, essa única pessoa que veio não conseguiu identificá-lo, apontou a pessoa errada e nós tivemos que liberá-lo”, destaca Rabelo.
Questionado se seria capaz de reconhecer o homem que o assaltou no último domingo, o taxista da Rua Barão de Teffé foi taxativo. “Fiquei tão nervoso que minha pressão subiu e não consegui olhar para ele”, afirma.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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