domingo, janeiro 11, 2015

Descarte de “lixo tecnológico” é pouco acessível, reclamam petropolitanos

Descartar uma pilha ou um celular que não funciona mais é um desafio para quem quer se livrar de um bem tecnológico usado. A falta de conhecimento em relação aos pontos de coleta, distribuídos na cidade, faz com que muitas pessoas acabem jogando esse tipo de material, que possuí substâncias poluentes, junto com o lixo comum.
Kamila Kassinow, que trabalha em uma pousada, diz que o estabelecimento possui um trabalho de consciência ecológica, separando o lixo, especialmente as pilhas. “Mas, há grande dificuldade em encontrar local para descarta esse tipo de material”, explica.
Já a estudante Juliana de Souza, diz que acabou de trocar a bateria do celular, mas não sabe onde descartar a velha. “Eu sei que a bateria é altamente poluente e se for jogada em qualquer lugar pode poluir, atingir lençóis freáticos. Mas, onde eu descarto?”, questiona.
Aprovada em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos define regras para a gestão de toda a sucata, na qual se encaixa também o lixo eletrônico. O projeto de lei, que tramitou por mais de 20 anos no Congresso Nacional, responsabiliza as empresas pelo recolhimento de produtos descartáveis. Mas, não só as empresas. Os consumidores também têm responsabilidades perante o novo código.
Assim, desde que a lei entrou em vigor, os fornecedores de produtos eletrônicos, passaram a ter que estimular os revendedores a criar postos de arrecadação desses materiais, para poderem posteriormente serem recolhidos. Na tradicional Casa Carlos, que fica na Rua Irmãos D'Ângelo, no Centro Histórico e que vende equipamentos eletrônicos, as pilhas são descartas diariamente. “Muitas pessoas vem aqui exclusivamente para isso”, informa o vendedor Ricardo Cabral.
Já o também vendedor Marcelo Sixel, acha que é necessário mais divulgação. “quando o cliente vem aqui, comprar uma pilha nova ou trocar uma bateria, nós perguntamos o que ele vai fazer com a velha e orientamos a deixá-la aqui, para que possamos encaminhá-la para o destino correto”, explica.
Duas vezes por semana, um caminhão da Companhia Petropolitana de desenvolvimento – Comdep, passa no estabelecimento para recolher o material, que é enviado para pontos de reciclagem em toda a cidade. “Levamos esse material para pontos depósitos no bairro Carangola, Cascatinha, na Estrada Mineira e no Independência. Lá, esse material é separado e segue para postos de reciclagem no Rio”, informa o funcionário da Comdep, Marcelo Maia, que foi até a Casa Carlos, buscar o material arrecadado.
Já a secretaria de ciência e tecnologia, por meio da assessoria de imprensa do governo municipal, informou que recebe qualquer tipo de lixo eletrônico no Centro de Excelência e Referência Tecnológica (Cert), que fica na Rua Bingen, nº 520. Ainda de acordo com a secretaria, “todo o material recolhido é destinado a um programa de metareciclagem ou para um reciclador homologado e que ainda tenha licença ambiental para o serviço”. Segundo dados da secretaria, de 2013 até agora a secretaria registrou o recolhimento de mais de 5 toneladas de lixo eletrônico.
Fonte: Tribuna de Petrópolis 

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