Volta do trem a Petrópolis pode acontecer em dois anos

O secretário de Planejamento, Agnaldo Goivinho, participou do evento “Rio de Janeiro de Volta aos Trilhos”, para assistir à apresentação do projeto do Expresso Imperial, de autoria do pretropolitano Antonio Pastori.
O projeto prevê o restabelecimento da ligação ferroviária entre o Rio e Petrópolis, mediante a recolocação dos trilhos no trecho de apenas seis quilômetros, entre o Alto da Serra a a Raiz da Serra. Os trilhos foram implantados em 1883 e retirados em 1964. Da Raiz da Serra até a Estação da Leopoldina, no centro do Rio de Janeiro, são apenas 49 km. Nesse trecho, os trilhos não foram retirados, apesar de serem subutilizados. O projeto está orçado em R$ 50 milhões, sendo R$ 33 milhões para as obras de colocação de trilhos, reformas das estações e sinalização. Os R$ 17 milhões seriam destinados à aquisição de material rodante, com destaque para três modernos trens suíços, com capacidade para até 100 passageiros sentados em cada um.
Ao final da apresentação, Goivinho pediu a palavra e disse que a PMP vai apoiar o projeto e pôr em prática o cronograma de eventos que foi sugerido pelo autor do projeto, Antônio Pastori, que é pesquisador ferroviário e especialista em transportes no BNDES.
Segundo Pastori, o cronograma recomenda, como primeira ação, promover uma reunião com os municípios de Magé, Caxias e Rio e, também, com a Secretaria de Transportes do Estado e o Ministério das Cidades, além da Supervia, que opera trens no trecho da Raiz da Serra ao Centro do Rio. De acordo com o cronograma – e havendo vontade política –, em dois anos esse trem pode estar operando no trecho Rio-Petrópolis.
Antônio Pastori lembrou no encontro que o Brazão de Petrópolis é ladeado por trilhos, como forma de prestar uma justa homenagem à nossa primeira ferrovia. “Ou reativamos essa ferrovia ou retiramos os trilhos do Brazão”, diz o pesquisador.
Fonte: Tribuna de Petrópolis