quarta-feira, abril 29, 2009

Secretaria de Saúde cria Gabinete Integrado de Emergência para Gripe Suína

O secretário de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, afirmou hoje (28), em entrevista coletiva, que há baixa probabilidade de os dois casos suspeitos de gripe suína detectados no Estado do Rio se confirmarem. Um dos casos suspeitos é de uma mulher residente em Volta Redonda, Região do Médio Paraíba, que chegou de viagem ao México no dia 14/4 e iniciou quadro clínico no dia 24. A outra mulher, que chegou de Nova York no dia 24/4, deu entrada em um hospital particular de Copacabana, Zona Sul do Rio. As duas apresentaram sintomas e estão em monitoramento.

- Temos cumprido na íntegra as determinações do Ministério da Saúde e da Anvisa para lidar com a doença. Disponibilizamos duas ambulâncias do Samu próximo ao Aeroporto Internacional do Rio, na Ilha do Governador, para transferir casos suspeitos aos hospitais sentinelas (Evandro Chagas, da Fiocruz, o Iaserj e o Pedro Ernesto) – afirmou Côrtes.

O secretário afirmou, ainda, que foi criado, no último dia 25, um Gabinete Integrado de Emergência entre as secretarias estadual e municipal de Saúde para tratar do problema no estado. Entre as ações do gabinete estão a requisição de dois leitos de terapia intensiva de cada hospital público situado no Estado do Rio, seja ele da gestão federal, estadual ou municipal, para atender a possíveis casos. Com a determinação, esses leitos deixarão de ser destinados a pacientes de trauma e pós-operatórios, e as cirurgias eletivas poderão ser retardadas. Estão excluídos nesta requisição leitos dos institutos nacionais de Cardiologia, Câncer, Traumatologia e Ortopedia.

Também presente à coletiva, o secretário municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio, Hans Dohmann, acrescentou que estão sendo disponibilizados informes técnicos e canais para esclarecimento da população. Segundo Dohmann, todas as instâncias de saúde devem notificar os casos suspeitos:

- Vale lembrar que não há motivo para pânico. Sintomas como febre e tosse caracterizam a gripe suína, mas podem ser confundidos com os de uma gripe comum, muito frequente nessa época do ano. Há outros fatores associados que nos fazem suspeitar da doença, mas é necessário que essas pessoas tenham passado pelos países de risco ou estado com outras pessoas que passaram por estes países – explicou.

Além de Côrtes e Dohmann, também participaram da coletiva o superintendente estadual de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Victor Berbara, e o superintendente municipal de Saúde e Defesa Civil, José Cerbino Neto.

Mais informações sobre a gripe suína podem ser encontradas no site www.riocontragripesuína.rj.gov.br ou pelo telefone (21) 3523-4025.

Gripe suína

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus tipo A que normalmente causa surtos de gripe entre os suínos. Em geral, este vírus não infecta o homem, mas existem alguns registros de transmissão para seres humanos.

São suspeitos os casos de pacientes que apresentem quadro clínico febril respiratório e que tenham estado nos locais com registro de casos confirmados ou tenham entrado em contato com pessoas doentes nessas áreas nos últimos dez dias.

Os países com casos confirmados da doença até agora são: Estados Unidos, Canadá, México, Espanha, Israel, Nova Zelândia, Reino Unido e Costa Rica.

Algumas medidas do Estado para combater a doença

- Criação do Gabinete Integrado de Emergência

- Centralização dos Centros de Informações Estratégicas em Vigilância de Saúde (estadual e municipal) em plantão 24 horas

- Requisição de leitos pela Central Estadual de Regulação



- Produção de cartazes para orientação de profissionais de saúde dos 92 municípios do estado



- Realização de reunião com representantes da rede hospitalar privada para repassar orientação necessária quanto à conduta dos casos



- Orientação para a rede hoteleira e envio de informações para divulgação entre turistas



- Programa de capacitação por teleconferência para equipes de saúde



Saiba quais são os principais sintomas da gripe suína



Brasília - Com a confirmação de casos da gripe suína no México e, posteriormente, em países como Estados Unidos, Canadá e Espanha, o governo brasileiro adotou medidas preventivas para alertar a população sobre os principais sintomas da doença, que podem ser confundidos com o de uma gripe comum.

Devido ao crescente avanço da gripe suína pelo mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aumentou o nível de alerta.

No Brasil, até o momento, não há confirmação de casos da doença. Segundo o governo, os atendentes do Disque Saúde (0800 61 1997) foram capacitados para esclarecer dúvidas da população sobre a influenza suína.

Esclareça as suas dúvidas sobre a doença:

1. O que é gripe suína e como é transmitida?
É uma doença respiratória aguda altamente contagiosa e que normalmente acomete porcos. Porém, recentemente, o vírus que provoca a gripe suína sofreu mutações e, com isso, ela passou a ser transmitida de pessoa para pessoa. Assim como a gripe comum, a influenza suína é transmitida, principalmente, por meio de tosse, espirro e de secreções respiratórias de pessoas infectadas.

2. Há caso de gripe suína no Brasil?
Até o momento, não há evidências da circulação do vírus da influenza suína em humanos no Brasil.

3. Quais os sintomas da doença?
Pessoas procedentes do México e de áreas afetadas dos Estados Unidos e do Canadá, nos últimos dez dias, devem ficar em alerta para os principais sintomas: febre alta repentina (superior a 38o graus centígrados), acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações.

4. O que o passageiro de vôos internacionais deve fazer se apresentar sintomas?
Ele deve procurar a unidade de saúde mais próxima. Se ainda estiver no aeroporto, deve se dirigir ao posto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O passageiro não deve tomar medicamentos sem indicação médica.

5. Quais as recomendações do Ministério da Saúde para os passageiros de vôos internacionais?
Para quem vai viajar a áreas afetadas:
• Usar máscaras cirúrgicas descartáveis, durante toda a permanência nas áreas afetadas, e substituí-las sempre que necessário;
• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável;
• Evitar locais com aglomeração de pessoas;
• Evitar o contato direto com pessoas doentes;
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
• Evitar tocar olhos, nariz ou boca;
• Lavar as mãos freqüentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar;
• Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países,
• Não usar medicamentos sem orientação médica.

Os passageiros devem ficar atentos também às medidas preventivas recomendadas pelas autoridades nacionais das áreas afetadas.

Para quem está voltando de áreas afetadas, nos últimos dez dias, e que apresente febre alta repentina, superior a 38o graus centígrados, acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações:
• Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima;
• Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.

6.Quais as medidas que estão sendo tomadas nos aeroportos?
Todas as Secretarias de Saúde estaduais foram acionadas para intensificar o processo de monitoramento e detecção oportuna de casos suspeitos de doenças respiratórias agudas. O Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dispõem de um plano de preparação para enfrentamento de pandemia, que estabelece as diretrizes e as ações dos governos para enfrentar essas emergências de saúde pública. Durante o vôo, todos os passageiros que desembarcam no Brasil devem preencher, obrigatoriamente, a Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA), documento a ser retido pela Anvisa e que é fonte de informações para eventual busca de contatos se for detectado caso suspeito na mesma aeronave. Segundo o ministério, todas as providências estão sendo adotadas para que as tripulações das aeronaves orientem os passageiros, ainda durante o vôo, sobre sinais e sintomas da gripe suína. Adicionalmente, a tripulação pedirá que passageiros com esses sintomas se identifiquem. Ao desembarcar, as pessoas procedentes das áreas afetadas, receberão folder educativo com informações, em português, inglês e espanhol, sobre os sinais e sintomas, medidas de proteção e higiene e orientações para procurar assistência médica. Como medida complementar, a Infraero veiculará, nesses aeroportos, informe sonoro.

7. Há uma vacina que possa proteger a população humana contra essa doença?
Não existe vacina contra esse novo subtipo de vírus de influenza suína.

8. Há tratamento para a doença?
Sim. Será indicado pelo profissional de saúde após a confirmação do diagnóstico laboratorial. Não é indicado tomar medicamento sem indicação médica.

9. É seguro comer carne de porco e produtos derivados?
Sim. Segundo o Ministério da Agricultura, não há registro de transmissão da gripe suína para pessoas por meio da ingestão de carne de porco. O vírus causador da doença suína não resiste a altas temperaturas (70oC).

10. Quais os sites internacionais que podem ser consultador para se obter mais informações sobre a doença?
Organização Mundial da Saúde (em inglês) - http://www.who.int/csr/disease/swineflu/en/index.html
Organização Pan-Americana de Saúde (em espanhol) http://new.paho.org/hq/index.php?lang=es


Fonte: Diário de Petrópolis

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