O vereador Márcio Arruda (PMDB) anunciou ontem que vai pedir a instalação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para examinar as razões que levaram o Ministério dos Transportes e a Agência Nacional do Transporte Terrestre (ANTT) a permitirem, tantas vezes, o adiamento do início das obras de construção da nova pista de subida da Serra de Petrópolis.
Segundo Arruda, as obras já estavam previstas no contrato inicial de concessão, que permitiu o inicio da cobrança do pedágio na rodovia.
"Inicialmente, a Concer deveria entregar a nova pista de subida até cinco anos depois do início da cobrança, mas sequer iniciou os estudos para elaboração do projeto. Quando o prazo terminou, a concessionária ganhou de presente um novo prazo e isto tem sido feito até agora, quando anunciam que a obra começa em três anos e só fica pronta em 2013", denuncia o vereador
Márcio Arruda diz que Petrópolis só teve prejuízos com a entrega da estrada à administração da Concer. "Quem paga a maior parte do pedágio é o petropolitano, ou o visitante, que vem Petrópolis a turismo ou negócio. Com esse dinheiro, a rodovia melhorou um pouco na Baixada, mas nada foi feito para melhorar a vida dos petropolitanos", queixou-se. Ele acrescenta que, nos últimos anos, a concessionária apenas arrecada e não faz uma obra sequer de porte na estrada. "Vamos ver se isso não é enriquecimento ilícito", promete.
A CEI deverá analisar outras omissões da Concer que causam grande prejuízo aos petropolitanos. Márcio Arruda diz que, entre elas, está o fato de não ter sido construída sequer uma passarela de pedestres em Petrópolis, embora haja várias áreas de risco. Outro tema que Arruda pretende ver abordado pela CEI é o dos retornos nos distritos de Petrópolis, que foram fechados pela Concer, causando grandes transtornos aos moradores.
O vereador questiona também a total ausência da Concer para evitar um outro problema que provoca prejuízos econômicos sérios para Petrópolis: a segurança na rodovia. "A concessionária lucra com o pedágio, mas faz de conta que não tem nada a ver com os assaltos que acontecem na rodovia. Nem mesmo faz o óbvio, que é iluminar o trecho mais perigoso da serra", acusa.
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