sexta-feira, agosto 03, 2007

Aposentada perde 3 mil reais em conto do vigário

Um casal com idade entre 50 e 70 anos foi o responsável pelo golpe que lesou a aposentada M.J.F., de 56 anos, em mais de R$ 3 mil em dinheiro, ontem de manhã, na Rua do Imperador. Ela e a filha foram vítimas do famoso conto do vigário, mas, devido à idade avançada dos bandidos, sequer desconfiaram que pudessem estar sendo vítimas de marginais. Ambas perderam todos os documentos e cartões de banco, além de um telefone celular.

“Pareciam pessoas direitas, e em nenhum momento desconfiamos das atitudes deles”, conta a aposentada. Ela e a filha, uma estudante de 20 anos, foram abordadas pelos golpistas dentro de uma agência bancária, na Rua do Imperador. Na ocasião, o homem que descreveram como sendo branco, alto, cabelos grisalhos e magro, se aproximou perguntando se não haviam encontrado um óculos perdido na área dos caixas eletrônicos.

“Logo respondemos que não, mas no momento em que ele se afastava, a mulher se aproximou de nós com os óculos na mão e pedindo que minha filha devolvesse ao dono, que estava prestes a sair”, lembra a aposentada. Assim que entregou o objeto ao suposto dono, o homem se mostrou muito agradecido e se prontificou a dar uma recompensa tanto à mulher que havia encontrado os óculos quando à estudante. “Disse que o óculos era muito valioso e por isso nos daria um “presentinho”. A princípio não aceitei, mas ele insistiu muito. Chamei a minha mãe e saímos da agência para ir buscar meu presente, que seria um relógio”, conta a estudante.

O grupo parou em frente ao Edifício Arabela, onde o homem disse que seria o dono de uma relojoaria, que fica a menos de 20 metros do local. Ele ainda apontou a loja para a estudante, mas fez com que a comparsa fosse a primeira a ir buscar o presente. “Ele entregou a ela um vale e avisou deveria trazê-lo de volta para que eu pudesse ir buscar o meu relógio. Não demorou muito para que a mulher retornasse com o suposto presente nas mãos”, ressalta. Imediatamente, o casal ordenou que a estudante fosse a relojoaria e ainda lhe entregou uma pequena sacola, pedindo que fosse entregue ao gerente da loja. Logo a menina foi ao local e, enquanto isso, deixou a mãe em companhia dos golpistas. “Nesse instante, a mulher retirou a bolsa do meu ombro e disse para ir rapidamente até a loja enquanto a minha filha ainda estivesse lá, para facilitar. Encontrei com a menina no caminho de volta e me apavorei quando ela disse que não havia encontrado ninguém com o nome na loja. Quando chegamos no ponto de ônibus em frente ao Arabela, não os encontramos mais”. Elas acionaram a Guarda Municipal, mas os bandidos não foram localizados.


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