Vadinho quer plebiscito para emancipar distritos

O vereador Vadinho (PSB) defendeu, na sessão de ontem da Câmara, um plebiscito para discutir a emancipação dos distritos. Segundo o parlamentar, os distritos de Pedro do Rio, Itaipava e Posse estão sendo "esquecidos" pelo poder público. Ele ainda afirmou que até hoje o secretário de Obras do município, Stênio Nery dos Santos, ainda não esteve em Pedro do Rio e que não sabe o que responder quando é cobrado pela população.

"Nós, dos distritos, não temos o que responder aos moradores. Nós não temos o que passar para a população sobre obras e projetos, porque nós não sabemos o que será feito com a região. O secretário de Obras nunca foi lá. Como o poder público não quer assumir os distritos, temos que fazer um plebiscito", sugeriu Vadinho.

A sugestão teve o apoio de Gil Magno (PSB) e Paulo Igor (PMDB). De acordo com Gil Magno, vereador com base eleitoral em Itaipava, o seu distrito e os de Pedro do Rio e Posse vêm "sofrendo destrato por parte das autoridades".

Wagner e Vadinho discordam sobre atuação do governo

Depois que o vereador Dudu (PSDC), no mês passado, migrou da bancada de oposição para a de situação em relação ao governo de Paulo Mustrangi (PT), o líder do governo na Casa, vereador Wagner Silva (PPS), passou a travar duelos diários com o parlamentar de Pedro do Rio, atualmente o maior crítico do prefeito no Palácio Amarelo.

Vadinho, por exemplo, voltou a alegar que o prefeito não vem recebendo os vereadores. Depois de Wagner ter dito que se encontrou com Mustrangi, Vadinho disparou:

"Eu, como muitos vereadores, estou com inveja de vossa excelência por sempre se encontrar com o prefeito. Ele (Mustrangi) não quer ouvir os vereadores, está alheio a todo mundo, já que são os vereadores que ouvem a população", frisou Vadinho.

O líder do governo respondeu que é o vereador Vadinho que não comparece às reuniões agendadas com o prefeito.

"Não tenha inveja, vereador, porque inveja é pecado. Sabemos que a sua empresa ocupa muito o seu tempo e que, quando os encontros foram marcados, era o senhor que não estava presente", analisou Wagner.

Roberto Naval (PMDB) também disse não estar sendo atendido pelo prefeito. Segundo ele, está faltando diálogo, o que é preocupante, pois "ninguém consegue governar uma cidade inteira sozinha". Naval acredita que a Câmara não está tendo o que discutir, já que Paulo Mustrangi não estaria enviando à Câmara projetos para serem votados.
Fonte: Diário de Petrópolis