Fiscalização dos acessos a Petrópolis deve ser priorizada pelas polícias

A pedido do prefeito Paulo Mustrangi, os membros do Conselho Municipal de Segurança Pública foram convocados para uma reunião extraordinária, com o objetivo de discutir medidas no setor de segurança da cidade, principalmente depois dos casos de roubos e assaltos ocorridos no município nos últimos dois meses. O encontro ocorreu na noite de terça-feira, das 19h às 21h, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), no Centro.

Embora o prefeito Paulo Mustrangi já tenha entrado em contato com o governador Sérgio Cabral, solicitando mais atenção à segurança da cidade, foi aprovado por unanimidade pelos membros do conselho o envio de um ofício ao executivo estadual, para que as promessas feitas pelo próprio governador em suas visitas a Petrópolis sejam cumpridas e também para priorizar a fiscalização de todas as entradas e saídas do município.

O vice-prefeito e presidente do conselho, Oswaldo Costa Frias, explicou as providências que vem sendo tomadas pela Prefeitura e sobre a importância do conselho enviar propostas para a melhoria da segurança na cidade. "Os fatos que vem ocorrendo em Petrópolis são extremamente preocupantes para a segurança pública. No domingo, o prefeito já havia solicitado ao governador que tomasse as medidas necessárias junto à Secretaria de Segurança do Estado para dar mais segurança à nossa população. Temos consciência de que as viaturas da Polícia Militar são obsoletas, mas há de haver um somatório de esforços das entidades que estão envolvidas na segurança de nossa cidade. Precisamos colocar os equipamentos necessários para funcionar, sem culpar ninguém, mas já são oito anos que estamos com nossos pórticos nas entradas da cidade sem funcionar, sem a atuação da Poliícia Militar ", declarou o vice-prefeito.

O secretário de Segurança Pública, Hélio Moura Filho, que antes da reunião do conselho acompanhou o delegado da Delegacia de Roubos e Furtos em sua visita à sede da Prefeitura de Petrópolis para uma verificação das condições do segurança do local, falou da importância de medidas preventivas no município.

Segundo o secretário, uma das questões já conquistadas pelo atual governo é o convênio do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), do Governo Federal, para todo o ano de 2009. O objetivo do projeto é articular políticas de segurança com ações sociais, priorizar a prevenção e buscar atingir as causas que levam à violência. Destaca-se também a valorização dos profissionais de segurança pública e o envolvimento da comunidade na prevenção da violência.

"Eu estive em Brasília na última segunda-feira, por determinação do prefeito Paulo Mustrangi, junto ao Ministro da Justiça, Tarso Genro, para fecharmos o convênio. Apenas as cidades Metropolitanas têm esse projeto. No Estado, além do Rio de Janeiro, apenas Teresópolis e Petrópolis conseguiram o Pronasci que é projeto de medida preventiva do Programa Nacional de Segurança, com ações voltadas à população", explicou o secretário Hélio Moura.

Representando o comandante do 26o BPM, coronel Paulo Mouzinho, o tenente Bastos participou da reunião do conselho e falou sobre as medidas que vem sendo tomadas pela Polícia Militar em Petrópolis. "Algumas pessoas podem pensar que o fato do novo comandante vir do Rio de Janeiro faz com que ele esteja descompromissado com a cidade. Ao contrário. Colocamos seis policiais a pé, vestidos de branco para a população ter mais visibilidade, e mais sete policiais no Centro Histórico esta semana. Para colocar um número maior de homens nas ruas, estamos enxugando o efetivo interno do Batalhão e também pedimos um adiantamento de R$ 15 mil para conserto das viaturas. Já colocamos policiamento no Bingen e também no Alto da Serra, perto do Hipershopping, devido às estatísticas. Em relação ao ocorrido na Prefeitura, todas as guarnições em serviço no dia foram acionadas para o local", explicou.

Também estiveram presentes o comandante da Guarda Municipal, Eliel Silveira; a delegada adjunta da 105a DP, Fernanda Marchesi; representantes de ongs, associações de classes e entidades comerciais.
Fonte: Diério de Petrópolis