segunda-feira, maio 25, 2009

Usuários da Rio - Petrópolis reclamam da Concer



A Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora – Rio (Concer), foi mais uma vez alvo de reclamações de usuários insatisfeitos com o estado precário de conservação de muitos pontos que ligam a cidade do Rio a Petrópolis e é administrada pela concessionária. Um trecho na reta de descida da serra, após o Belvedere, hoje apresenta um desnível nas placas de ligação que compõe a pista de três centímetros, além de várias "emendas" que causam solavancos nos veículos e podem gerar acidentes na estrada.

De acordo com a denúncia do usuário da via, Paulo Cardoso, o problema "já se arrasta por mais de quatro anos e a concessionária não fez nada até hoje para resolver a situação. Outros pontos da pista, tanto de subida quanto de descida, também apresentam defeitos muito graves que podem ocasionar acidentes graves. Os reparos que são feitos são insignificantes e não acrescentam nada para melhorar o quadro ruim da estrada nestes trechos", afirmou.

Além da condição defeituosa da pista, outros fatores que deveriam estar sendo observados pela Concer com relação à segurança do motorista que trafega em direção a serra, parecem que foram esquecidos pela empresa. Muitos usuários reclamam de obras em outros locais, como a duplicação do trecho de 37 quilômetros da BR-040, que atende a duas cidades mineiras, que são Juiz de Fora e Matias Barbosa. A obra consumiu R$ 163 milhões e os 180 quilômetros da concessão possui pista dupla.

Outro questionamento levantado pelos motoristas são os itens de segurança que a concessionária disponibiliza nas estradas. Os telefones (call-box), de acordo com informações repassadas por Paulo Cardoso, só poderão ser instalados após a aprovação do projeto entregue para a Agencia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), fato que já ocorreu há seis anos sem uma resposta do órgão federal. Com a demora, todo sistema destinado à telefonia de emergência da via, instalado previamente, já se encontra completamente deteriorado.

Mais uma reclamação que vem a tona é o procedimento de escape existente nas pistas de subida e descida da serra. Um usuário que preferiu não se identificar ressalta que em casos de acidente, a concessionária responsável deveria adotar um sistema de reversão. "Só que o procedimento de reversão leva pelo menos três horas para ser decidido, além de mais duas horas para realizar a sinalização. É muito tempo para ficar esperando sair da serra. Outro ponto que deveria ser mais bem estudado pela empresa é que o acesso para a área de escape fica logo no início da serra e a maior incidência de acidentes acontece do meio da serra para cima e com isso a dificuldade de retorno é imensa. No trecho entre a Linha Vermelha até a praça do pedágio a situação não é diferente, nunca fui orientado a usar uma via alternativa em caso de acidentes, sempre mofei na pista.", lembrou.
As dúvidas e reclamações são intermináveis. Os usuários lembram que não sabem se alguma das 17 câmeras de monitoramento eletrônico 24 horas ficam instaladas no perímetro da descida e subida da serra. Paulo Cardoso questiona a atuação da ANTT e indaga o porquê de vários detalhes. "São vários os detalhes que nos levam a questionar a ANTT. Porque obras importantíssimas são adiadas? Porque aumentos de tarifas sem a contrapartida? Porque o anexo 16 do contrato, não esta exposto no site com o resto do documento? O trecho do km 115 sofre manutenção constante e fica na área da REDUC, o que dá margem até para desconfiar que existam privilégios. Pagamos um IPVA altíssimo e ainda temos que pagar caríssimas tarifas de pedágios? Para a que? Se a manutenção das estradas não é realizada na mesma proporção. Para onde vai toda essa fortuna?", finalizou deixando uma dúvida no ar.
Fonte: Diário de Petrópolis

Nenhum comentário: