As contas de luz de
abril vão incluir a bandeira vermelha, o que vai implicar na cobrança de taxas
extras para todos os consumidores do País. A decisão foi anunciada nesta
sexta-feira, 31, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com a
bandeira vermelha, que será aplicada em seu primeiro patamar, será adicionado
R$ 3,00 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
O sistema de
bandeiras é atualizado mensalmente pela Aneel, que avalia a situação dos
reservatórios em todo o País para tomar uma decisão. Em março, as chuvas já
tinha ficado abaixo das expectativas, o que levou à necessidade de acionar mais
termelétricas para abastecer o País.
Na avaliação da
agência, a situação se agravou. A preocupação agora é poupar água nos
reservatórios para garantir que não haja escassez depois do fim do período
chuvoso. Para guardar essa água, é necessário ligar mais usinas termelétricas.
Há mais de um ano a
bandeira vermelha não era acionada. O recurso ficou acionado durante todo o ano
de 2015 e janeiro e fevereiro de 2016. De lá para cá, as contas mensais
oscilaram entre bandeiras verdes e amarelas.
A bandeira vermelha
possui dois patamares de cobrança. Quando o custo das termelétricas ligadas
supera R$ 422,56 por megawatt-hora (MWh), a Aneel utiliza o primeiro patamar da
bandeira vermelha, que adiciona entre R$ 3,00 a cada 100 kWh consumidos. Se o
valor for superior a R$ 610,00 por MWh, o sistema atinge o segundo patamar da
bandeira vermelha, cujo acréscimo é de R$ 3,50 a cada 100 kWh.
Em março, esse custo
ficou entre R$ 211,28 por MWh e R$ 422,56 por MWh, nível em que é aplicada a
bandeira amarela, que adiciona R$ 2,00 para cada 100 kWh consumidos.
De dezembro a
fevereiro, havia vigorado a bandeira verde, sem nenhuma cobrança adicional na
conta de luz, porque o custo das térmicas acionadas ficou abaixo de R$ 211,28
por Mwh.
Fonte: Diário de Petrópolis
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