sábado, dezembro 11, 2010

Viagem cada vez mais demorada

Mais de 1,1 milhão de veículos pesados trafegam pela rodovia BR-040 entre os trechos do Rio de Janeiro e Juiz de Fora – do total de 2,1 milhões de veículos que passam pelo trecho por mês. Em função do trânsito intenso agravado pelos pontos de alagamento, deslizamentos de terra nas pistas de subida da serra e as carretas constantemente tombadas, a viagem entre Petrópolis e o Rio de Janeiro tem se tornado cada vez mais demorada. No último domingo, por causas das fortes chuvas que atingiram todo o estado, os ônibus que saíram do município às 19h só chegaram ao seu destino final na capital à 1h30.
O estudante Bernardo Silva é um dos milhares de petropolitanos que mora em Petrópolis mas todos os dias desce e sobe a Serra para trabalhar no Rio de Janeiro. Segundo ele, os pontos de alagamento na capital fazem o tempo da viagem maior. “Normalmente, embarco no ônibus das 6h30 e antes das 9h estou no centro do Rio, mas na época das chuvas fortes sou obrigado a adiantar em uma hora o meu embarque para muitas vezes ainda chegar atrasado ao trabalho. Para voltar é ainda pior, saio do Rio às 18h e só chego em casa depois das 21h. Acredito que esse transtorno seja em função da queda de pequenas barreiras na subida da serra, deixando o tráfego em meia pista. Já em Petrópolis, os alagamentos me impedem de chegar em casa”, contou.
Apesar das reclamações dos usuários dos ônibus fretados, os quais transitam pelo Centro Centro Histórico para o embarque e desembarque dos passageiros, devido aos atrasos durante o percurso, no Terminal Rodoviário Leonel Brizola, no Bingen, ainda não foi registrada nenhuma reclamação. “Durante o verão do ano passado, tivemos muitos problemas com o atraso no percurso devido às enchentes e alagamentos na capital, mas neste ano ainda não contabilizamos queixa de nenhum passageiro por conta do atraso no percurso”, disse o supervisor da rodoviária, Fábio Henrique dos Santos.
De acordo com o gerente administrativo da Única, José Antônio Peixoto, a chuva forte é a principal causa de acidentes na rodovia, o que acarreta em retenções no tráfego e consequentemente acréscimo no tempo da viagem. “Com a tempestade do último domingo, quem saiu de Petrópolis às 19h em direção ao Rio de Janeiro só chegou depois da 1h30 em função dos pontos de alagamento. Os acidentes na Serra, Washington Luís, Avenida Brasil e Linha Vermelha também aumentam no período das chuvas. Na serra, os tombamentos de carretas e a demora da Concer em liberar totalmente a pista é o que mais atrapalha o tráfego. Outro dia, a pista demorou quase cinco horas para ser liberada”.
A assessoria da Concer informou que a reclamação sobre a liberação da pista após o tombamento de carretas não procede. “Em qualquer ocorrência do gênero, a Concer mobiliza todos os recursos necessários para, inicialmente, atender eventuais vítimas e restabelecer o fluxo do tráfego, mesmo que em caráter parcial. Em seguida, ou mesmo simultaneamente, adota os procedimentos para a desobstrução e limpeza total da pista. Entretanto, esse tipo de ação também depende da Polícia Rodoviária Federal e do acionamento da transportadora responsável pelo veículo acidentado, além da seguradora do mesmo, para o serviço de transbordo de carga”. Mas, admitiu que há situações mais complexas, como a da carreta que transportava óleo lubrificante e que tombou recentemente na subida da Serra de Petrópolis, derramando parte da carga na pista. “Nesse caso, o tempo de desobstrução total da pista foi um pouco maior em razão do tipo de carga que vazou na pista”.
Fonte: Tribuna de Petópolis

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