segunda-feira, novembro 17, 2008

Pela qualidade rural de Itaipava

Produtores que vendem no Hortomercado aprendem método japonês para otimizar produção

Um método de aumento da produtividade criado por indústrias japonesas no pósguerra da década de 50 está ajudando produtores rurais da região de Itaipava a ter um salto de qualidade na produção de flores, frutas e legumes vendidos no Hortomercado. Dez produtores de comunidades de Itaipava, como Brejal e Santa Mônica, estão fazendo um curso, oferecido pelo Sebrae, no qual aprendem os conceitos do método japonês 5S, de modo a tornar mais eficiente a produção daquilo que é vendido no local. A origem do nome vem de cinco palavras japonesas que designam cada fase deste método. “Seiri” (senso de arrumação); “Seiton” (de ordenação); “Seisou” (de limpeza); “Seiketsu” (de asseio e saúde); e “Shitsuke” (de autodisciplina).

— Visitamos duas vezes cada propriedade, e implementamos, de forma prática, esses conceitos. O produtor aprende a gerir melhor o seu negócio, a reduzir o desperdício. Tanto o de material, quanto de tempo, de trabalho. Eles aprendem a ter um método de trabalho mais eficiente — explica Marlize Porto, consultora do Sebrae. Fotos de Rodrigo Azevedo Nesta semana acontece o último dos seis encontros, e, no Hortomercado, quem freqüenta as aulas garante já perceber a diferença. — Aprendi a me organizar melhor. Dispensar equipamentos que não são importantes, estabelecer um calendário para fazer as coisas.

Parece simples, mas a gente quer várias coisas ao mesmo tempo e não percebe que poderia fazer de um jeito mais eficiente. Acabamos produzindo a mesma quantidade, ou mais, com menos trabalho — diz Henrique da Costa, dono de uma barraca de legumes no Hortomercado.

— Vim para o Brasil nos anos 60, sempre trabalhei na terra. Vi agora que fazia muita coisa desnecessária. Sou japonês, mas não conhecia o método — brinca Shigeharu Katsumoto, o seu Augusto, que divide com a mulher, Ângela, uma floricultura.

Fonte: O Globo Serra

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